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sábado, 12 de novembro de 2011

Dificuldade na relação com Planos de saúde.

O INTERESSE DO CONSUMIDOR PREVALECE SOBRE O DO PLANO DE SAÚDE.
Segundo dados fornecidos pela ANS (Agência Nacional de Saúde), hoje 50 milhões de pessoas utilizam os serviços prestados pelos planos e seguros saúde, este número elevado representa o pavor das pessoas perante o precário sistema de saúde público que é enfrentado em nosso país.

Porém, o que presenciamos ao longo dos tempos, é que os planos e seguros de saúde ao invés de assegurarem a tranqüilidade buscada pelos consumidores no inicio da contratação, vem causando sérios desconfortos aos seus usuários, que em diversos momentos, observam os seus direitos de consumidores serem violados por cláusulas contratuais abusivas.
Hoje, com o grande número de usuários de planos e seguros de saúde, o setor de assistência privada a saúde, vem apresentando um número exorbitante de reclamações e demandas judiciais, que dentre elas podemos citar como assuntos principais, os reajustes abusivos nas mensalidades dos usuários, exclusões contratuais ilegais, prazos de carência em situações de emergência e por fim a mais preocupante, as negativas de fornecimento de guias para exames e internações e cirurgias.
Ocorre, que felizmente os citados abusos cometidos pelos planos de saúde, tem sido devidamente sanados através das mais diversas demandas judiciais, que ao final tem colocado consumidores e planos e seguros de saúde (fornecedores de serviço), em nítido equilíbrio contratual.
Nesse sentido, se posicionou o Tribunal de Justiça de SP, em decisão proferida pelo Desembargador Donegá Morandini, na apelação nº990102362302, que declarou nula a cláusula contratual que excluía o tratamento de transplante de medula óssea a uma pessoa portadora de Leucemia, dando assim clara prevalência ao direito à saúde do consumidor perante o interesse financeiro do plano de saúde. 
Para colaborar com a propagação da informação para população peço especial atenção nos abusos que sofremos todos os dias junto aos Planos de Saúde e façam valer seus direitos. Não se deixem levar pelas informações divulgadas na mídia a respeito da justiça brasileira. O caso em questão nesse tipo de ações é a VIDA.

A ESCOLHA DO TRATAMENTO É DO MÉDICO
São cada vez mais freqüentes os problemas envolvendo médicos e planos de saúde, tudo em decorrência de divergência na escolha do tratamento adequado, e o maior prejudicado neste braço de ferro é o paciente. E conciliar tais conflitos não é nada fácil. Se por um lado os planos de saúde visam o equilíbrio financeiro e o lucro, por outro não se pode olvidar a finalidade social de tal atividade que é a cura e prevenção de doenças, através de medidas que assegurem a integridade física e psíquica do ser humano. É exatamente neste aspecto que o profissional médico tem primordial engajamento, sendo fator norteador da escolha do tratamento mais adequado e que proporcione maiores chances de êxito, portanto, o atendimento oferecido não pode se limitar a simples operações financeiras, pois o que se encontra em jogo é vida e dignidade humana, fundamento de toda a ordem jurídica e fonte de todas as leis. É fundamental divulgar que é o médico quem deve determinar o tratamento a ser feito, o material cirúrgico a serem usados, próteses, exames clínicos, remédios e tudo que for necessário. Essa relação de cumplicidade que o medico tem com seu paciente pode determinar o sucesso do tratamento. O judiciário só fará o Plano de Saúde cumprir promovendo soluções em até 48 horas quando feito de forma preventiva na maior parte dos casos. É necessário ser especialista nessa área jurídica para que o êxito seja obtido.
Tais conflitos são ainda mais acentuados nos casos em que o paciente possui contrato de plano de saúde anterior à janeiro/99, quando entrou em vigor a Lei 9656/98 que regulamenta os planos de saúde privados. Contudo isso é mera burocracia que dependo da necessidade do paciente o objetivo desejado pode ser obtido nas mãos de um profissional do direito especialista na área da saúde.
Ademais, neste aspecto o médico possui particular proteção legal que se encontra nos artigos 8º e 16º da Resolução 1246/88 do CFM, os quais estabelecem que nenhuma instituição, seja pública ou privada, poderá limitar a escolha, por parte do médico, para o estabelecimento do diagnóstico ou para execução do tratamento, o que vem sendo roborado pelas decisões dos Tribunais, citando como exemplo decisão recente do STJ onde o ministro Carlos Alberto Menezes Direito Desembargador relator de caso envolvendo tal temática, assim destacou: “Na verdade, se não fosse assim, estar-se-ia autorizando que a empresa se substituísse aos médicos na escolha da terapia adequada de acordo com o plano de cobertura do paciente, o que é incongruente com o sistema de assistência à saúde.”
Se por um lado as leis e as decisões dos Tribunais vem protegendo o paciente e o médico quanto á escolha do tratamento adequado, sabemos que na prática as pressões e negativas continuam acontecendo nos `bastidores´. Logo, percebemos que há muito que avançar neste conflito, o que poderá ocorrer com a união das entidades de classe e das associações e organizações que amparam os pacientes, pois como diz o ditado: “a união faz a força”.. O tempo atual é de agitação, que se constata em todos os setores da saúde. E período próprio de abertura. De liberação de forças que, por terem sido longamente contidas, hoje se revelam conflituosas. O sistema judicial brasileiro precisa acordar para essa realidade. É bom que o faça logo.
CIDADANIA ATIVA e OLHO VIVO esse é propósito desse artigo e em especial uma que abraça a importância de todos nós termos acesso aos nossos Direitos na Área da Saúde. É importante termos em mente que a justiça da na área da saúde é um campo do Direito completamente diferenciado de tudo que todos nós aprendemos ouvindo os constantes noticiários televisivos.
Caso você queira receber mais informações entre em contato através do

Para maiores informações entrar em contato através do e-mail: contato@portalsaude.orgwww.saudeejustica.blogspot.com ou pelo telefone: (11) 5044.2433 / 9905.6373

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sindrome de Down - aconselhamento e conhecimentos básicos

Aconselhamento genético

Pais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras. É calculado que o risco de ter outra criança afetada é aproximadamente 1 em 100 na trissomia do 21 e no mosaicismo. Porém, se a criança tem síndrome de Down por translocação e se um dos pais é portador de translocação (o que ocorre em um terço dos casos), então o risco de recorrência aumenta sensivelmente. O risco real depende do tipo de translocação e se o portador da translocação é o pai ou a mãe.
Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.
 
É importante frisar que um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação irão sempre influenciar positivamente o desenvolvimento desta criança.

Embora as pessoas com síndrome de Down tenham características físicas específicas, geralmente elas têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. As características físicas são importantes para o médico fazer o diagnóstico clínico; porém, a sua presença não tem nenhum outro significado. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características; algumas podem ter somente umas poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais da síndrome.

Alguns sinais clínicos:
achatamento da parte de trás da cabeça,
inclinação das fendas palpebrais,
pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos,
língua proeminente,
ponte nasal achatada,
orelhas ligeiramente menores,
boca pequena,
tônus muscular diminuído,
ligamentos soltos,
mãos e pés pequenos,
pele na nuca em excesso.

Cuidados especiais

As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial. Veja abaixo:
  • Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.
  • Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.
  • Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.
  • Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.
  • Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.
  • Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.
  • Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.
  • Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.
Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Informações aos pais para crianças tratadas pelo método de Ponseti - Pé Torto.

The Ponseti Method for Clubfoot Correction Information for Parents



Como lidar com crianças durante o tratamento do pé torto.
http://www.global-help.org/publications/books/help_cfparents.pdf



sábado, 20 de agosto de 2011

CLAUDICAÇÃO NA CRIANÇA - "puxar da perna"

          A claudicação na criança é uma queixa frequente nos consultórios dos pediatras, dos ortopedistas pediátricos e nos pronto-socorros. Diversas são as causas para essa condição e identificá-las torna-se um desafio. Quanto maior a idade do paciente, melhor é a coleta da anamnese e mais completo se torna o exame físico, facilitando o raciocínio médico na busca da origem do distúrbio.

     Para facilitar a abordagem, três grupos etários podem e devem ser considerados. No grupo etário infantil, de um aos três anos de idade, os diagnósticos mais prováveis incluem: sinovite transitória, artrite séptica, desordens neurológicas (paralisia cerebral (PC) branda e distrofia muscular), displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), coxa vara, artrite reumatoide juvenil (ARJ) e neoplasias (osteoma osteoide, leucemia); no grupo etário escolar, dos quatro aos 10 anos de idade, além dos diagnósticos acima, doença de Legg-Calvé-Perthes, menisco discoide, discrepâncias de comprimento dos membros inferiores e “dor do crescimento”; nos adolescentes, dos 11 aos 15 anos de idade: epifisiólise, DDQ, condrólise, síndromes de overuse, osteocondrite dissecante e coalizão tarsal.



 
Em relação à criança, é preciso observar que elas iniciam a deambulação com apoio em torno dos 12 meses e aos 18 meses, em geral, se tornam independentes para a marcha, porém, com movimentos ainda descoordenados, mantendo um padrão imaturo até por volta dos cinco anos de idade e chegam ao padrão adulto aos sete anos.

Muitas vezes, a claudicação está relacionada com a dor e o padrão antálgico da marcha observado é caracterizado por passos rápidos e descarga mínima do peso na extremidade dolorosa, encurtando a fase de apoio. Esse é o tipo mais comum de claudicação(6,7) e, em geral, é facilmente constatado através do exame físico dinâmico e complementado com a inspeção de sinais de localização como os flogísticos e os pós-traumáticos, muitas vezes presentes, e pela palpação cuidadosa das áreas envolvidas em que a criança acusa a dor.

Outro dado importante e de que não devemos esquecer é que na idade entre 01 e 03 anos, as crianças apresentam um padrão de marcha imaturo, caracterizado pela base alargada, aumento da flexão dos quadris e joelhos e braços ao lado do corpo com o cotovelo estendido, tudo isso para melhorar a fase de balanço, naturalmente desequilibrada. Como não conseguem aumentar o tamanho do passo, em virtude da falta de maturidade neuromuscular, aumentam sua cadência, objetivando ganhar velocidade. Toda essa variação no padrão do caminhar deve ser avaliada e considerada, na hora de determinar se verdadeiramente existe claudicação.

RBO
Julho/Agosto 2009
Santili,C e autores

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dicas para Evitar Acidentes com Crianças


As crianças são particularmente propensas a acidentes. Isto se deve ao fato de normalmente não conseguirem prever o que pode acontecer. Desta forma, não associam o fato de atravessar uma rua ao risco de atropelamento, não ligam o fato de nadarem em uma piscina ao risco de afogamento e assim por diante.
A criança adquire esta "responsabilidade" por volta dos 7 anos. Antes disso, está sempre correndo riscos e cabe a nós, adultos, tentar evitá-los. Deve-se ter em mente que muitos acidentes – se não todos – são evitáveis.
Os tipos de acidentes variam muito de acordo com o local, a classe social, o tipo de moradia e, é claro, a idade. Vamos enumerar algumas das principais causas de acidentes automobilísticos, queimaduras, engasgamentos e envenenamento.


Quedas:
Não deixe a criança sozinha em camas, trocadores, ou sofás;
Coloque barreiras nas escadas para impedir que as crianças brinquem nelas;
Não use
andadores. Eles podem prejudicar a articulação da coxa, além de representar perigo, principalmente em escadas e declives;
Verifique se os brinquedos do
playground são seguros;
Não permita que crianças brinquem em lajes e telhados;
Coloque grades protetoras em janelas, sacadas e varandas. Telas foram feitas para evitar a entrada de insetos e não são resistentes o suficiente para servir de proteção;
Não coloque móveis perto de janelas para evitar que as crianças os usem como escada.


Afogamentos:
Coloque barreiras que impeçam a criança de entrar na piscina de casa sem ser vista;
A criança deve usar bóias ou flutuadores sempre. Nunca a deixe desassisada, mesmo que ela saiba nadar;
Não deixe a criança correr em volta da piscina ou mergulhar em locais perigosos;
Observe se na praia ou no clube existem
salva-vidas;
Tenha cuidado especial com o
mar por causa dos buracos e das correntezas.

Pipas:
Nunca deixe a criança brincar com pipas onde existam fios elétricos; nem no alto de prédios ou de lajes, pois ela pode se distrair e cair;
O
material cortante que certas crianças passam na linha da pipa pode ferir pessoas que estejam andando de bicicleta ou moto, pedestres, e inclusive quem manuseia a linha. Os cortes podem ser profundos.
Fogos de Artifício: Nunca deixe seu filho brincar com fogos de artifício, pois eles podem provocar queimaduras graves, amputações de membros e levar à cegueira.
Asfixia: Cuidado especial deve ser tomado com sacos plásticos. A criança pode querer brincar com eles e se asfixiar. Esse material deve ficar longe de seu alcance.
Correntinhas e Cordões: Muitas vezes utilizadas como enfeites, eles podem se enroscar no pescoço da criança e levar ao enforcamento ou estrangulamento. As chupetas também não devem ser atadas a cordões, pois o bebê pode se virar no berço e se enforcar.

Acidentes Automobilísticos:
Ocupantes: a falta de cuidados dos adultos ao deixar as crianças soltas, correndo o risco de ser facilmente jogadas contra as partes duras dos carros, é uma das principais causas deste tipo de acidente. Existem assentos adequados para cada faixa etária. Outra atitude que deve ser banida é a de levar crianças no banco da frente dos veículos;
Pedestres: crianças desacompanhadas, ou a desatenção do responsável por ela, são as principais causas de atropelamentos. A criança pode achar que está sendo vista pelo motorista, uma vez que vê o carro. Além disso, se ela observar algo interessante do outro lado da rua tentará atravessá-la.
Queimaduras: A causa mais comum de queimaduras não são acidentes com fogo, mas o derramamento de líquidos quentes:
Mantenha os alimentos e bebidas quentes longe da borda dos balcões, mesas e pias. Deve-se evitar o uso de toalha de mesa se nela houver alimentos ou bebidas quentes, pois a criança pode puxá-la e se queimar;
Se você estiver segurando algum alimento quente, não pegue seu filho no colo;
Quando estiver cozinhando, mantenha seu filho afastado da cozinha;
Oriente seu filho – e se tiver empregadas ou babás, também – para o risco das queimaduras;
Não é só na cozinha, porém, que há riscos de queimaduras:
Mantenha seu ferro de passar desligado;
Não deixe a criança regular a temperatura da água e não a deixe entrar no banho sem antes testar a temperatura;
Mantenha tomadas tampadas e fios de extensão fora das tomadas quando estão fora de uso. A criança pode tentar enfiar os dedos ou objetos dentro do buraco da tomada, ou colocar plugs de fios de conexão na boca.
Engasgamentos:  Bebês e crianças tendem a pôr tudo na boca. Por isso, peças e objetos pequenos devem permanecer longe de seu alcance. Os objetos mais comumente implicados em engasgamentos são moedas, pregos, agulhas, lápis, brinquedos com peças pequenas, pedaços de balões de gás estourados, jóias, bijuterias, pilhas e baterias.
Envenenamento: Medicamentos, produtos de limpeza e higiene, além de plantas ornamentais são as causas mais comuns de envenenamento em crianças. Este tipo de acidente é imprevisível, pois bastam alguns segundos para a criança ingerir grande quantidade desses produtos.
Evitar este tipo de acidente é obrigação dos responsáveis pela criança e dos fabricantes. Aos pais cabe afastar a criança dos riscos, deixando esses materiais longe do seu alcance. Ao colocar uma planta ornamental em casa, certifique-se de que ela não é tóxica. Aos fabricantes cabe alertar sobre o perigo de seus produtos e desenvolver embalagens que dificultem a sua ingestão pelas crianças.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Raquitismo Nutricional

O raquitismo é definido como distúrbio metabólico dos ossos em crescimento, devido à diminuição da deposição de cálcio no osso, levando a seu enfraquecimento e com deformidades angulares. Há formação normal de colágeno e tecido osteóide, com mineralização deficiente causada pelo déficit de vitamina D.



Clinicamente, são crianças de baixa estatura, com hipotonia muscular e conseqüente marcha retardada, alterações esqueléticas clássicas (rosário raquítico, sulco de Harrison, craniotabes, fronte olímpica), arqueamento dos membros inferiores, cifoescoliose e defeitos na dentição.

 Radiologicamente, no raquitismo em atividade observam-se alargamento das extremidades distais dos ossos longos (metáfises em cálice), osteopenia difusa, irregularidade e fragmentação metafisárias (borramento) e aumento da distância entre as superfícies articulares. Na fase de cura surge uma linha de calcificação preparatória na zona de calcificação provisória e no tecido osteóide.



Laboratorialmente, devem-se dosar cálcio e fósforo séricos e urinários, fosfatase alcalina, paratormônio e osteocalcina.

Ainda na consulta inicial o paciente é orientado quanto à necessidade de exposição diária aos  raios U-V . Após análise dos exames laboratoriais, inicia-se terapia medicamentosa com 2.000 a 5.000UI de vitamina D por via oral por dia durante 60 a 90 dias; em alguns pacientes, devido à dificuldade dos responsáveis em administrar a medicação diariamente, prefere-se a dosagem única de 600.000UI por via oral, em jejum, repetida de 21 em 21 dias, também por período de 60 a 90 dias.



 Nos casos de raquitismo nutricional deve-se optar primeiramente pelo tratamento com órteses para corrigir as deformidades angulares patológicas dos membros inferiores, deixando as osteotomias para as seqüelas da doença.





quinta-feira, 5 de maio de 2011

Síndrome de Marfan

     A síndrome de Marfan (SMF) é uma doença de herança autossômica dominante do tecido conjuntivo, que envolve principalmente os sistemas músculoesquelético, ocular e cardiovascular. A principal causa de morte prematura nos pacientes afetados pela síndrome é dilatação progressiva da raiz da aorta e da aorta ascendente, causando incompetência e dissecção aórtica. Quanto à incidência, os valores são conflitantes, variando de 4 a 6 indivíduos em 100.000 2 a 10 em 100.000 em dados mais atuais.




       Uma grande variedade de anormalidades músculo-esqueléticas ocorre na SMF, incluindo dolicostenomelia, aracnodactilia, escoliose, deformidades da parede torácica, estatura elevada, frouxidão ligamentar, mobilidade articular anormal e protusão acetabular. Nas alterações oftalmológicas, a mais freqüente é a ectopia do cristalino, que na maioria das vezes é bilateral. As manifestações cardiovasculares mais comuns afetam a válvula mitral e a aorta ascendente.


      O aconselhamento genético se faz extremamente necessário para auxiliar famílias com história de síndrome de Marfan nas suas decisões médicas e pessoais, uma vez que 75% dos indivíduos diagnosticados com essa patologia têm um dos pais afetados.Além disso, toda mulher afetada por essa síndrome deve se alertar também para a possibilidade de desenvolver determinados problemas cardiovasculares na gestação. Os testes pré-natais para a SMF costumam ser feitos por análise de ligação e análise mutacional.    

    Para que seja feito o diagnóstico de Síndrome de Marfan é necessário, para um caso isolado, sejam preenchidos critérios maiores em, pelo menos, dois sistemas diferentes e o envolvimento de um terceiro sistema. Para o membro de uma família, deve-se preencher um critério maior na história familiar e um critério maior em um sistema e o envolvimento de um segundo sistema.



   Dois exames especializados são necessariamente feitos em qualquer pessoa que se suspeite de Síndrome de Marfan: exame ocular com lâmpada de fenda (para detectar ectopia do cristalino) e ecocardiografia (para ver se estão presentes prolapso da válvula mitral e dilatação da raiz da aorta).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cubito Varo - Sequela da Fratura do Cotovelo na Criança

Entre as fraturas de maior ocorrência em crianças e adolescentes, a supracondilar é a segunda mais freqüente. Representa 50 a 60% de todas as fraturas do cotovelo nessa faixa etária. A deformidade em varo do cotovelo é a complicação mais comum dessa fratura, sua incidência variando na litera-tura entre 3 e 57% dos casos.


fig1: presença de cúbito varo leve.



Embora sejam descritas complicações como dor, epicondilite, diminuição da mobilidade, dificuldade na realização de exercícios físicos, paralisia do nervo ulnar e instabilidade posterior do ombro, a principal queixa dos pacientes e dos pais é a cosmética, comumente conhecida como “cotovelo em baioneta.

O objetivo da osteotomia valgizante corretiva do cotovelo é corrigir a deformidade em varo, buscando a simetria do ângulo de carregamento de ambos os cotovelos, sem ocasionar perda da função. A literatura mostra-se bastante controversa a respeito da necessidade de correção da deformidade em rotação medial juntamente com a correção da deformidade em varo; enquanto alguns autores acreditam que não é possível a obtenção de um bom resultado cosmético sem corrigir a rotação, outros acreditam que essa correção não altera o resultado  e que, além disso, dificulta o procedimento cirúrgico e diminui o contato ósseo entre os fragmentos, o que aumentaria o risco de falha da fixação e de retardo de consolidação.


fig2:controle pós osteotomia do umero.


A confecção da cunha e a redução dos fragmentos devem ser realizadas de forma cuidadosa, para evitar a correção insuficiente, fato que ocorre em 26,9% dos pacientes.A fixação da osteotomia deve ser estável, evitando-se a perda da redução.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Complicações Ortopédicas no uso do Hormônio de Crescimento - GH


Desde a introdução do Hormonio do Crescimento em sua forma recombinante, seu uso é diverso e esta se multiplicando. É a forma de terapia indicada para todos os tipos de baixa estatura porque atua de forma direta e indireta no crescimento ósseo.



Entretanto existem complicações ortopédicas durante seu uso em pacientes pediátricos. São as principais: Síndrome do Túnel do Carpo (STC), Doença de Legg-Perthes, Escoliose e Epifisiólise do Quadril. A etiologia ( causa )  dessas complicações é desconhecida.

O link patológico entre o GH e essas complicações não é bem estabelecido, assim como a sua incidência. Como a STC e a Dça de Perthes são raras na população é de dificíl avaliação o aumento da sua incidência durante o uso do GH.

Apesar da segurança do uso do GH, é aconselhável sua parada na ocorrência da Dça de Perthes e na progressão de uma escoliose.
Finalmente, é recomendável se manter alerta da possibilidade dessas complicações durante o uso do hormônio. Isso é extremamente importante de se reconhecer na presença de uma Escoliose e uma Epifisiólise do Quadril, que podem trazer problemas graves futuros a esses pacientes.


Referências:
Orthopedic complications related to growth hormone
therapy in a pediatric population
a, Mona P. Nasrallahb, Asdghig H. Der-Boghossiancand Ismat B. Ghanem
J Pediatr Orthop B
20:57–61
d
Rachid K. Haidar

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Como cuidar de bebes com Pé Torto!



Dr. John E. Herzenberg is Director of Pediatric Orthopedics at Sinai Hospital and Director of the ICLL. He is credited with re-introducing the Ponseti method of conservative clubfoot treatment.
http://www.youtube.com/user/LifeBridgeHealth#p/u/11/RmkrrvwMH4A 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Amputação em Crianças

Princípios gerais no tratamento de crianças amputadas cirurgicamente devem ser seguidos para um ótimo resultado funcional. São eles: 1- preservar comprimento, 2- preservar placas de crescimento, 3- preferência a desarticulação, 4- manter o joelho quando possível, 5- estabilização do segmento proximal do membro acometido.
Crianças amputadas diferem em muito de adultos em suas deficiências. Na população adulta a principal causa é a disfunção vascular, na criança as doenças congênitas são a principal causa. A infecção, o trauma e os tumores também são causas comuns na infância.
fig 1: sobrecrescimento distal da Tibia
Na criança, o membro amputado continua crescendo e isso deve ser levado em consideração quando planeja-se a cirurgia, placas de crescimento com grande potencial devem se possível serem mantidas.
Um fenômeno comum na infância é o sobrecrescimento do coto amputado (fig 1), e de forma não incomum ferindo a extremidade distal do coto. Procedimentos cirúrgicos corretivos são realizados inúmeras vezes para a sua correção, de acordo com a idade que foi realizada a amputação.
O resultado funcional e mecânico assim como o nível de atividade física são diferentes entre o adulto e a criança. A aceitação psicológica da criança também é muito mais fácil.
A sensação de membro fantasma é relativamente comum no adulto, mas é virtualmente inexistente na ciança e muito raramente ocorre no adolescente.
Tomar a decisão correta e precoce leva a um impacto fundamental na vida futura da criança. A integração da criança amputada com crianças na sua faixa etária é de fundamental importância no sucesso final.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Osteotomia Tripla para o Tratamento da Displasia do Quadril

  Displasias residuais do quadril na adolescência devem ser tratadas através do realinhamento proximal da articulação. Este é um vídeo de uma das técnicas empregadas.

Dr. Dennis R Wenger
San Diego, CA 


http://www.vumedi.com/node/60638




sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Pés Planos - Bloqueio da Subtalar com implantes.


Pés Planos flexíveis podem ser complexos para o tratamento ortopedico. Nas formas mais graves podem levar a uma ineficiência no padrão e desenvoltura da marcha. Uma das formas cirúrgicas para a correção desta deformidade é a Artrorize.

fig 2: grau de deformidade nos pés planos.


 A Artrorize é um método de bloqueio articular sem a própia destruição da articulação. Com isso, após a retirada do bloqueio mecânico há o possível retorno do movimento. Esse bloqueio pode ser feito de várias formas, a mais atual é através de um implante.

fig 3: bloqueio da subtalar ( articulação entre calcâneo e o tálus )


A maioría desses implantes são parcialmente ou totalmente rosqueados. Muitos são feitos de titânio, cobertos de polietileno ( similar ao plástico resistente )  de peso molecular elevado. São atualmente o método mais rápido e fácil de se realizar a correção.
fig 4: implante subtalar.

Grande vantagem da Artrorise é que este métode restringe a pronação excessiva sem levar uma grande restrição da supinação e de forma temporária e não permanente. Durante o final do crescimento as estruturas ósseas se desenvovem de forma mais normal assim como as estruturas ao redor mantém a correção. Outra vantagem é a reversibilidade do procedimento, se o paciente se queixa de algum incômodo podemos retirá-lo, principalmente após o final do crescimento.
fig 5: mínimo acesso para a implantação.

O efeito psicosocial também deve ser levado em consideração, a correção é imediata e instantânea. No pós operatório existe a necessidade de uma imobilização inicial para o repouso e adaptação das estruturas, tempo aproximado de 4 a 6 semanas.
fig 6: localização do implante.

Em algumas ocasiões procedimentos cirúrgicos como o Alongamento do tendão de Aquiles devem ser associados, pois é bastante comum a existência de um encurtamento tendinoso nos pacientes portadores de pés planos hiperpronados.

fonte:  
Assessing The Pros And Cons Of Subtalar Implant
 VOLUME: 19 PUBLICATION DATE: May 01 2006 Sidebars_in_article: Issue Number: 5
Author(s): By Donald Green, DPM, Mitzi Williams, DPM, and Chul Kim, PMS IV