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domingo, 25 de abril de 2010

Criança x acidentes: Quebrar, torcer ou luxar

Cair ou escorregar faz parte do desenvolvimento da criança. Mas se a dor não passa e o local machucado continua inchado, melhor levar seu filho ao pediatra.

A maioria das quedas, felizmente, deixa apenas roxos e arranhões – e nem sempre é o caso de levar ao pronto-socorro. Na maioria das vezes, gelo no local da batida, pomada ou até um beijinho dos pais são o suficiente para curar o machucado e tranquilizar a criança. No entanto, segundo o pediatra Hamilton Robledo, coordenador do Pronto-Socorro Infantil do Hospital São Camilo, em São Paulo, os pais têm de ficar atentos a três sintomas: inchaço, dor intensa e limitação dos movimentos. “Nesse caso, o pediatra deve ser consultado, pois tudo indica que o acidente teve consequências mais graves.”


Em casos de torção, que são comuns na infância, o osso gira ao redor do próprio eixo, deixando a pele quente e vermelha. Normalmente, o tratamento é feito com imobilização – o famoso gesso ou, em casos menos graves, tala e faixa. O mesmo acontece em fraturas, ou seja, quando o osso se quebra em duas ou mais partes. “Algumas vezes, não dá para ver no raio X, porque o osso infantil é mais mole e a fratura só fica confirmada mais tarde, depois que se forma o calo ósseo”, diz Isabel Rey Madeira, do departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro (RJ). Mas dificilmente o incidente vai passar despercebido pelos pais, pois a dor é intensa e constante.


Já a luxação é bem mais grave e ocorre quando o osso sai da articulação. “É frequente e pode ocorrer quando, por exemplo, alguém pega sem querer a criança de mal jeito pelo braço”. Neste caso, o osso se desloca e é recolocado no lugar com um movimento rápido e brusco, feito pelo médico.”

As quedas – e suas consequências – são normais e esperadas na infância, pois fazem parte do aprendizado. “O desenvolvimento motor ocorre aos poucos, por isso, as crianças pensam mais rápido do que agem e acabam por cair mais nos primeiros anos de vida”, diz Nei Botter Montenegro, ortopedista e traumatologista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. Mais importante, porém, que reconhecer o tipo de trauma ou socorrer o seu filho adequadamente, destaca o especialista, é a prevenção.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vitamina D e exposição solar.

Apesar de ser encontrada em vários alimentos, a vitamina D precisa do sol para ser absorvida pelo organismo.

autora: Simone Tinti



Dias de chuva impedem não apenas que você faça passeios com seu filho no parque ou na praia. A falta de luminosidade também pode interferir na produção de vitamina D, nutriente tão importante para a saúde óssea, o bom funcionamento do sistema imunológico, dos nervos, dos músculos e da coagulação do sangue em crianças, adolescentes e adultos.

Apesar de ser encontrada em uma série de alimentos (como fígado, ovos, carne, manteiga, peixes - inclusive os enlatados - e óleo de fígado de peixe), a vitamina D necessita do sol para ser absorvida pelo organismo. "Ela regula o metabolismo do cálcio e do fosfato, responsáveis pela formação de ossos e dentes sadios, além de prevenir o raquitismo", diz a nutricionista Daniela Jobst.

Até mesmo o leite materno, o alimento mais completo para o bebê, é deficiente nesse tipo de nutriente. “Uma das recomendações, nos primeiros meses de vida da criança, é levá-la para passeios curtos ao sol, para que essa carência seja suprida”, afirma Ellen Simone Paiva, endocrinologista e diretora do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional). Portanto, desde bebê alguns minutos diários de exposição solar são necessários, mas sempre antes das 10h ou após as 16h. Lembre-se que crianças com menos de 6 meses não podem usar protetor solar, mas, depois disso, é importante usá-lo sempre que for à praia ou à piscina. Acima de 1 ano, vale passar sempre que for fazer uma atividade ao ar livre .

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Investigação do Câncer, em Oslo, na Noruega, concluiu, justamente, que o sol, com moderação, pode trazer mais benefícios do que riscos à saúde. Essa pesquisa também avaliou que, em países da região do Equador, como no Brasil e na Austrália, as pessoas produzem 3,4 vezes mais vitamina D do que quem vive na Grã-Bretanha e 4,8 vezes mais do que os escandinavos.

Além das crianças, quem também deve ter uma atenção especial aos estoques corporais dessa vitamina são as mulheres pós-menopausa e os idosos em geral. De acordo com a endocrinologista, a falta dessa vitamina alcança 40% das mulheres nessa fase e 80% delas aos 80 anos. Essa carência pode provocar problemas musculares e fraturas. “O hormônio feminino (estrogênio), que colabora para a retenção de cálcio no organismo, diminui após a menopausa. Além disso, conforme a idade avança, a pele passa a produzir vitamina D com menos quantidade. Uma pessoa de 70 anos, por exemplo, produz apenas 20% do nutriente em comparação aos mais jovens”, explica Ellen. Quando necessário, um suplemento vitamínico deve ser indicado.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Diagnóstico pré-natal de doenças ortopédicas.

O uso do Ultra Som (US) durante o período gestacional se tornou rotina, e todas as mulheres grávidas realizam pelo menos de 1 a 2 exames. A incidência do diagnóstico de anomalia congênita durante a gravidez é de 2%, e a de alterações musculo esqueléticas chega a 0,6%.

fig 1: agenesia de mão a dir.



A habilidade de se visualizar as alterações dependem do médico que realiza o exame, da qualidade do equipamento, da idade da gestação e da posição do feto.
Várias anomalias podem ser visualizadas no US pré-natal. Nos membros superiores podemos ver: polidactilias, sindactilias, ausência da mão, displasia radial dentre outras. A incidência é de 1 alteração para cada 1000 fétos. Na coluna vertebral má formações como: hemivertebras, escolioses, agenesia sacral e mielomeningocele.
Nos membros inferiores o Pé Torto é a lesão mais identificada. O diagnóstico ocorre normalmente entre a 20 e 24 semana. Anomalias associadas ocorrem em uma taxa entre 67 a 80%. Entretanto existe um alta taxa de falsos positivos para o diagnóstico de Pé Torto, podendo chegar a 20% dos casos.

fig 2: "Mão Torta Radial" Bilateral



Ainda que alguns cirurgiôes recomendam a realização do cariótipo como rotina nesses casos, o risco da aminocentese deve ser considerado.
Intervenção cirurgica durante o período fetal pode ser realizada para algumas patologias letais, como a Hérnia Diafragmnática. Entretanto para doenças muscoesqueléticas o risco para o feto, mãe e futuras gestações é muito grande e apenas em casos de Banda de Constricção estão sendo utilizadas.

fig 3: Pé Torto Congênito.



O papel do Ortopedista pediátrico é de aconselhar os pais, informando da possibilidade de diagnóstico intra uterino dado pelo US, o tipo de tratamento a ser realizado de acordo com a deformidade esperada e o prognóstico futuro do caso.

fig 4: Pé Torto Congênito