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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vitamina D e exposição solar são fundamentais para as crianças

Fonte: Revista Crescer
Simone Tinti

Apesar de ser encontrada em vários alimentos, a vitamina D precisa do sol para ser absorvida pelo organismo.

Dias de chuva impedem não apenas que você faça passeios com seu filho no parque ou na praia. A falta de luminosidade também pode interferir na produção de vitamina D, nutriente tão importante para a saúde óssea, o bom funcionamento do sistema imunológico, dos nervos, dos músculos e da coagulação do sangue em crianças, adolescentes e adultos.

Apesar de ser encontrada em uma série de alimentos (como fígado, ovos, carne, manteiga, peixes - inclusive os enlatados - e óleo de fígado de peixe), a vitamina D necessita do sol para ser absorvida pelo organismo. "Ela regula o metabolismo do cálcio e do fosfato, responsáveis pela formação de ossos e dentes sadios, além de prevenir o raquitismo", diz a nutricionista Daniela Jobst.

Até mesmo o leite materno, o alimento mais completo para o bebê, é deficiente nesse tipo de nutriente (veja matéria aqui). “Uma das recomendações, nos primeiros meses de vida da criança, é levá-la para passeios curtos ao sol, para que essa carência seja suprida”, afirma Ellen Simone Paiva, endocrinologista e diretora do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional). Portanto, desde bebê alguns minutos diários de exposição solar são necessários, mas sempre antes das 10h ou após as 16h. Lembre-se que crianças com menos de 6 meses não podem usar protetor solar, mas, depois disso, é importante usá-lo sempre que for à praia ou à piscina. Acima de 1 ano, vale passar sempre que for fazer uma atividade ao ar livre (veja matéria aqui).



Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Investigação do Câncer, em Oslo, na Noruega, concluiu, justamente, que o sol, com moderação, pode trazer mais benefícios do que riscos à saúde. Essa pesquisa também avaliou que, em países da região do Equador, como no Brasil e na Austrália, as pessoas produzem 3,4 vezes mais vitamina D do que quem vive na Grã-Bretanha e 4,8 vezes mais do que os escandinavos.

Além das crianças, quem também deve ter uma atenção especial aos estoques corporais dessa vitamina são as mulheres pós-menopausa e os idosos em geral. De acordo com a endocrinologista, a falta dessa vitamina alcança 40% das mulheres nessa fase e 80% delas aos 80 anos. Essa carência pode provocar problemas musculares e fraturas. “O hormônio feminino (estrogênio), que colabora para a retenção de cálcio no organismo, diminui após a menopausa. Além disso, conforme a idade avança, a pele passa a produzir vitamina D com menos quantidade. Uma pessoa de 70 anos, por exemplo, produz apenas 20% do nutriente em comparação aos mais jovens”, explica Ellen. Quando necessário, um suplemento vitamínico deve ser indicado.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sinovite Transitória do Quadril

fonte: Sinovite transitória do quadril:estudo de 81 casos*
C. MILANI, J. LAREDO Fº, J.E.B. ASCÊNCIO, G.M. GALINDO, M.P.M. OLIVEIRA & E.T. DOBASHI
Rev Bras Ortop - Vol. 30, Nºs 1-2 – Jan/Fev, 1995

A sinovite transitória do quadril (STQ) é a causa mais
freqüente de dor no quadril infantil.

É a causa mais comum de dor no quadril em crianças; todavia, não
lhe é dada a devida importância, em decorrência da falsa
idéia de que a sinovite transitória do quadril deve ser diagnosticada
apenas com a finalidade de se excluir outras moléstias
mais graves do quadril infantil.

Os primeiros estudos relacionavam a etiologia da STQ
a um foco infeccioso não detectado . Sua origem também
foi atribuída a outras causas, como traumas, viroses e
processos alérgicos(9,10); entretanto, essas etiologias foram contestadas
após o trabalho realizado por Hardinge em 1970.

O exame radiográfico de rotina é utilizado, na realidade,
somente para diferenciar a STQ de outras doenças. O pioneiro na utilização da ecografia com a finalidade de identificar o derrame articular no quadril foi Novick, em 1983. Marshall & col.descreveram a sensibilidade do
exame ultra-sonográfico em detectar a presença de derrame
após a injeção de 1ml de líquido na articulação coxofemoral
em cadáveres de adultos.

Deve-se salientar que a sonografia é um exame de fácil
realização, inócuo, não invasivo e que não requer sedação
para sua realização; todavia, não identifica o tipo do líquido
presente na articulação.

A ressonância nuclear magnética é útil na identificação
do edema capsular e da presença de derrame intra-articular
; porém, pelo seu elevado custo e necessidade de sedação
da criança, este processo é inviabilizado como método de
investigação de rotina em nosso meio.

Normalmente o tratamento conservador com repouso no leito associado ao uso de anti-inflamatórios leva a resolução dos sintomas. As crianças com grande distensão articular podem ter a necessidade de uma aspiração articular sob anestesia.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO E COMPLICAÇÕES DA FRATURA DO COLO DO FÊMUR EM CRIANÇAS.

Autores: Marcelo Cabral Fagundes Rêgo, Celso Belfort Rizzi Júnior

Trabalho Realizado no Serviço de Ortopedia Infantil do Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia – INTO - HTO – Rio de Janeiro RJ.


Os autores analisaram nove crianças com fratura do colo do fêmur tratadas no período de janeiro de 1986 a agosto de 2004. O trauma de alta energia foi o mecanismo de lesão encontrado na maioria das fraturas do colo do fêmur. A faixa etária variou de seis a 13 anos, com média foi de 9,7 anos de idade. E com prevalência pelo sexo masculino. A classificação utilizada foi a de Delbet, sendo encontradas os tipos I, II e III. Todos os pacientes necessitaram de tratamento cirúrgico, seja para tratar a fratura ou suas complicações. A maioria dos pacientes (66,6%) apresentaram algum tipo de complicação, sendo necrose avascular e fechamento prematuro da fise as mais freqüentes.O tempo decorrido para iniciar o tratamento e o grau de desvio das fraturas foram fatores relevantes no prognóstico. Os resultados foram considerados bons em 44,4% e regular em 55,5% dos pacientes, utilizando os critérios de Ratliff.

Os índices de complicações nas fraturas de colo do fêmur em crianças variam de 20 a 60%, dependendo da gravidade da fratura e do método de tratamento proposto. A necrose avascular é a complicação mais grave e mais comum após fraturas do quadril em crianças. Cerca de 30% das fraturas evoluem com essa complicação que é a principal causa de maus resultados observados após essa fratura. As fraturas tipo I com deslocamento, tipo II e III da classificação de Delbet são as com maior risco de evoluírem com necrose avascular.
É descrito na literatura que 20 a 30% das pacientes irão evoluir com coxa vara, está porcentagem é menor nos pacientes tratados com fixação interna. O fechamento prematuro da fise é outra complicação freqüente na fratura do colo do fêmur em criança, que ocorre em cerca de 28%.

fig 1 e 2: Fratura do colo do fêmur a esquerda com desvio em varo e após redução cruenta e sua fixação.





A literatura mundial relata que o deslocamento inicial da fratura associado ao atraso na sua redução são os principais determinantes da necrose avascular. Considerando que quanto maior for o desvio da fratura, maior será a possibilidade de lesão tecidual (cápsula, periósteo e vasos sanguíneos), teremos maior dificuldade para a redução dessas fraturas e índice de complicações aumentados. Isso foi observado no trabalho, onde os pacientes que foram submetidos a cirurgia para o tratamento da fratura e evoluíram com resultados regular ( caso 2, 7, 8) eram os com maiores intervalos (em dias ) entre a data da fratura e a cirurgia, apresentando também desvio inicial da fratura.

fig 3: resultado bom 6 meses após fixação.



Conclusão:
A ocorrência de fratura do colo do fêmur em criança é muito baixa. Na avaliação retrospectiva de mais de 18 anos, só conseguimos reunir nove casos.
A maioria das crianças com fratura do colo do fêmur são vítimas de traumas de alta energia.
A classificação da fratura, através da análise radiológica simples, é fundamental para nortear o tratamento.
O atraso no tratamento e as fraturas deslocadas são fatores relevantes para os maus resultados.
Um grande número de pacientes evoluem com complicações, sendo as mais comuns a necrose avascular e o fechamento prematuro da fise. A ocorrência simultânea destas duas complicações é elevada.