Entre
as fraturas de maior ocorrência em crianças e adolescentes, a
supracondilar é a segunda mais freqüente. Representa 50 a 60% de
todas as fraturas do cotovelo nessa faixa etária. A deformidade em
varo do cotovelo é a complicação mais comum dessa fratura, sua
incidência variando na litera-tura entre 3 e 57% dos casos.
fig1: presença de cúbito varo leve.
Embora
sejam descritas complicações como dor, epicondilite, diminuição da
mobilidade, dificuldade na realização de exercícios físicos,
paralisia do nervo ulnar e instabilidade posterior do ombro, a
principal queixa dos pacientes e dos pais é a cosmética, comumente
conhecida como “cotovelo em baioneta.
O
objetivo da osteotomia valgizante corretiva do cotovelo é corrigir a deformidade
em varo, buscando a simetria do ângulo de carregamento de ambos os
cotovelos, sem ocasionar perda da função. A
literatura mostra-se bastante controversa a respeito da necessidade de
correção da deformidade em rotação medial juntamente com a correção da
deformidade em varo; enquanto alguns autores acreditam que não é
possível a obtenção de um bom resultado cosmético sem corrigir a
rotação, outros acreditam que essa correção não
altera o resultado e que, além disso, dificulta o procedimento
cirúrgico e diminui o contato ósseo entre os fragmentos, o que
aumentaria o risco de falha da fixação e de retardo de
consolidação.
fig2:controle pós osteotomia do umero.
A
confecção da cunha e a redução dos fragmentos devem ser realizadas de
forma cuidadosa, para evitar a correção insuficiente, fato que ocorre
em 26,9% dos pacientes.A fixação da osteotomia deve ser estável, evitando-se a perda da redução.