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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Método de Ponseti


 

Orientações iniciais sobre o método de Ponseti. 

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Alongamento Percutaneo do Tendão de Aquiles

 Forma mais simples de tratamento do equinismo da criança causado pelo Encurtamento Congênito de Aquiles. 

Também pode ser realizado em Encurtamentos neurológicos e pós traumáticos.

Apenas 2 incisões percutaneas são necessárias. 

Seguindo gesso por 4 semanas.




segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Órtese no Pé Torto Congênito

 Instruções para o uso da órtese 




A órtese é utilizada somente após a correção total do pé torto através das manipulações e gessos seriados. Mesmo quando bem corrigido, o pé torto tem a tendência de recidivar até a idade de aproximadamente 4 anos. A órtese de abdução dos pés, que é a única forma adequada para evitar a recidiva  da deformidade, quando utilizada conforme descrito acima, é efetiva em 90% dos pacientes. O uso da órtese não vai atrasar o desenvolvimento para sentar, engatinhar ou andar. 

A órtese de abdução 

A órtese consiste de uma barra de alumínio ajustável conectadas a botas abertas. A angulação das botas é colocada pelo técnico ortopédico. Os sapatos são retos, e colocados com as fivelas para dentro, para que você não tenha que virar a criança para fechar as tiras e os cadarços. A tira dorsal do pé é muito importante, e deve segurar o pé na posição. Na parte interna da bota, acima do calcanhar, há um coxim rosa que se adapta adequadamente ao calcanhar; ele também impede que o calcâneo escorregue para fora da bota.

 Esquema de uso da órtese 

Assim que o último gesso for retirado, o uso da órtese se inicia. A criança deve usar a órtese 23 horas por dia nos primeiros 3 meses após a retirada do gesso. A órtese deve ser retirada somente para o banho. Depois desse período, a órtese deve ser utilizada somente à noite e quando a criança dorme durante o dia por 3 a 4 anos. Seu médico vai decidir sobre a duração do uso da órtese dependendo da gravidade do pé torto. Por isso, não termine o tratamento antes da hora. Se você estiver inseguro, pergunte a seu médico.

 Instruções de uso 

1. Sempre use meias de algodão que cubram o pé em toda a extensão onde a bota encosta no pé e na perna. A pele de seu bebê pode ficar sensível após o último gesso; então, você poderá usar duas meias em cada pé durante os dois primeiros dias. Após os segundo dia, use apenas uma meia em cada pé. 

2. Se a sua criança não ficar irritada na colocação da órtese, preste atenção em colocar primeiro a bota no pé pior, e depois a bota no pé melhor. No entanto, se seu bebê chutar muito na colocação da órtese, coloque primeiro o melhor pé, porque aí a colocação do segundo ficará mais fácil.

 3. Segure o pé dentro da bota e prenda a tira dorsal primeiro. A tira ajuda a manter o calcanhar embaixo, encostado na palmilha. Não marque o furo na tira dorsal porque, com o uso, o couro vai amolecer e um novo furo pode ser utilizado. 

4. Observe se o calcanhar da criança está bem embaixo na bota, puxando a perna para cima e para baixo. Se os dedos estiverem se movendo para frente e para trás, o calcanhar não está na posição adequada, e portanto ele deve ser novamente posicionado ajustando-se a tira dorsal. Uma linha pode ser traçada na palmilha, indicando a posição adequada dos dedos; os dedos devem estar nessa linha se o calcâneo estiver na posição correta. 

5. Amarre o cadarço firmemente, mas cuidado com a circulação. Lembre-se: a tira é a parte mais importante. O cadarço é utilizado para ajudar a segurar a bota no pé.

 6. Observe se os dedos estão retos e não estão dobrados. Até que você tenha certeza disso, você poderá cortar as meias para ver claramente todos os dedos. 

Ajuste a órtese 

A órtese pode ser ajustada pelo seu técnico, mas você poderá ser responsável pelas trocas de botas e abertura da barra à medida que a sua criança cresce. Troque as botas somente quando os dedos da criança dobrarem sobre a borda da bota. A adução do antepé (curva para dentro) geralmente não recidiva, e portanto esperar não afetará a correção e você irá economizar. Se você não souber qual o tamanho das botas na barra, meça o comprimento dos sapatos e fale com seu técnico de órtese. Novos sapatos devem ser dois tamanhos maiores do que os atuais. Você pode contactar o seu técnico para pedir novas botas para a sua órtese. Parafusos são utilizados embaixo das botas para conectá-las à órtese. Marque a angulação na barra antes de pedir novas botas para que as angulações corretas sejam mantidas. Conecte as botas à órtese com as fivelas para o lado de dentro. Você deve ajustar o comprimento da barra; a distância entre os parafusos centrais deve ser a distância entre a borda externa dos ombros. Marque uma linha no contorno dos dedos na primeira vez que a órtese é colocada, para indicar a posicão do pé quando o calcâneo está posicionado adequadamente. 

Dicas úteis 

1. Provavelmente, sua criança ficará irritada com o uso da órtese nos primeiros 2 dias. Isso não ocorre devido a dor mas sim porque a órtese é algo novo e diferente. 

2. Brinque com sua criança usando a órtese. Essa é a chave para acabar com a irritabilidade de uma forma rápida. A criança não consegue mexer as pernas independentemente. Você deve ensinar sua criança que ela pode chutar a mover a órtese com os dois pés juntos. Isso é possível segurando-se a barra e empurrando e puxando suavemente com a flexão das pernas. 

3. Torne o uso da órtese uma rotina. As crianças aprendem facilmente se o tratamento for uma rotina em sua vida. Durante os 3 a 4 anos de uso noturno da órtese, coloque a órtese toda hora que a criança vai para o seu “local de dormir”. A criança vai saber que aquela hora do dia a órtese precisa ser usada. A sua criança resistirá muito menos se você tornar o uso da órtese parte da rotina diária da criança

 4. Proteja a barra. Uma cobertura de barra de bicicleta pode ser usada. Protegendo a barra, você protegerá sua criança, você mesmo, e seus móveis. 

5. Nunca use nenhum creme em pontos vermelhos na pele de sua criança. Cremes fazem o problema piorar. Um pouco de vermelhidão é normal com o uso. Bolhas e manchas vermelhas, especialmente no calcanhar, indicam geralmente que a órtese não está firme no pé. Certifiquese que o calcâneo está na posição correta, encostando na palmilha da bota. Se você perceber qualquer marca vermelha, ou bolha, fale para seu médico.

 6. Se a sua criança continua a sair da órtese, e o calcanhar não está para baixo o suficiente, tente o seguinte: a. Ajuste a tira dorsal mais um furo. b. Ajuste o cadarço mais firme c. Tire a língua da bota (o uso da bota sem a língua não machucará sua criança) d. Tente amarrar o cadarço de cima para baixo, para deixar o laço sobre os dedos

 7. Periodicamente, ajuste o parafuso na barra. 



terça-feira, 11 de outubro de 2022

Vacina Sabin. Poliomielite

 Vacina Sabin: o que é? O que ela evita? Quem deve tomar? Quem não deve tomar? Qual a efetividade da vacina? Quais os riscos? 



O que é a vacina Sabin? 

A vacina Sabin é uma vacina contra a paralisia infantil, composta por vírus vivos atenuados, aplicada na forma oral e autorizada nos Estados Unidos em 1962. Ela deve ser tomada sob a forma de duas “gotinhas” pingadas na língua. Essa vacina foi desenvolvida pelo médico americano Albert Sabin (1906-1993) e é utilizada no Brasil desde 1964. 

O que é a paralisia infantil? 

A paralisia infantil ou poliomielite (polio = cinzenta; mielos = medula, ite = sufixo que indica inflamação) é resultante de uma infecção viral que afeta principalmente crianças pequenas, mas que pode também acometer adultos. Quando ataca o sistema nervoso essa infecção pode causar paralisias musculares e deformidades no corpo. Em alguns casos a infecção pelo vírus pode ser mortal, embora a maioria das pessoas infectadas não apresente sintomas, mas continue contaminando outras pessoas. Graças à simplicidade das vacinas atualmente existentes (Salk – 1955; Sabin - 1962) e às eficientes campanhas de vacinação, a paralisia infantil quase foi erradicada em todo o mundo, embora ainda seja comum em certos países da África e da Ásia. Há tempos atrás, anteriormente às vacinas, os hospitais pediátricos viviam repletos de casos graves, muitas vezes dependendo de recursos mecânicos para sobreviver, sobretudo os chamados “pulmões de aço”, recurso a que muitas crianças lúcidas se viam presas para poderem respirar. 

Quem deve tomar a vacina Sabin? 

A vacina Sabin contra a poliomielite deve ser aplicada a todas as crianças a partir dos dois meses de idade, em três doses, aos 2, 4 e 6 meses e dois reforços, aos 15 meses e entre os 4 e 6 anos de idade. No Brasil, o Ministério da Saúde vai substituir gradualmente a gotinha Sabin (vírus vivo atenuado) pela injeção Salk (vírus morto). Essa vacina também protege os contactantes susceptíveis do vacinado e é capaz de proporcionar imunidade coletiva. 

Quem não deve tomar a vacina Sabin? 

A vacina Sabin não deve ser tomada por crianças hospitalizadas, imunodeficientes ou que tenham contato próximo com imunodeficientes e crianças com transplante de medula. A vacina deve ser adiada se a criança apresentar vômitos incoercíveis e/ou diarreia grave, pois nesses casos os vírus contidos na vacina serão eliminados precocemente. Qual é a efetividade da vacina Sabin? Ambas as vacinas, a Salk (injetável) e a Sabin (“gotinha”) são igualmente eficazes contra a poliomielite. Com a vacina Sabin, cerca de 95% dos vacinados ficam imunizados após duas doses e 99 a 100% após a terceira dose. 

Quais são os riscos da vacina Sabin? 

O único risco da vacina Sabin é a reprodução da paralisia infantil, cuja severidade é semelhante à doença causada pelo vírus selvagem. Esse risco, no entanto, é bastante raro (1/800.000 ou 3.200.0000, conforme as estatísticas) e ocorre mais em adultos e imunodeprimidos.

 Quais são as vantagens e desvantagens da vacina Sabin?

 Existem duas vacinas contra a poliomielite: a vacina Salk, de vírus inativados, e a vacina Sabin, de vírus atenuados. Uma das grandes vantagens da vacina Sabin é a praticidade de seu modo de aplicação. Além disso, promove uma imunidade local das mucosas orofaríngea e intestinal. Ainda compete com os vírus selvagens a nível intestinal e na natureza. Proporciona imunidade coletiva e tem um baixo custo. Sua maior desvantagem talvez seja a possibilidade de causar poliomielite no receptor ou nos seus contatos susceptíveis pela eliminação de vírus vacinal pela orofaringe e nas fezes, embora seja extremamente raro.

 Quais são as complicações possíveis da vacina Sabin? 

Em raríssimas ocasiões a vacina com vírus atenuado pode acarretar uma paralisia flácida semelhante à doença que pretende evitar. As pessoas que recebem a vacina Sabin eliminam vírus vivos junto com as fezes por cerca de seis semanas, o que pode resultar em risco para contactantes próximos não imunizados.