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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Abuso de menores x Osteogênesis Imperfecta

Texto: Associação Portuguesa de Osteogênesis Imperfecta.

A Osteogénese Imperfeita é caracterizada por ossos que se partem com muita facilidade.

Um acidente mínimo pode resultar numa fractura; algumas fracturas acontecem quase espontaneamente quando se está a retirar a fralda, a pegar ao colo ou a vestir. É possível que uma pessoa com O.I. parta um osso sem dar por conta. Crianças em que o diagnóstico não é feito à nascença frequentemente sofrem uma série de fracturas altamente dolorosas até que os profissionais de saúde consigam chegar ao diagnóstico.

O abuso de menores é também caracterizado por múltiplas e/ou frequentes fracturas.

Nos últimos anos, na América, este tem sido um problema crescente e, por isso, têm sido feitos grandes esforços no sentido de proteger as crianças. O abuso de menores é frequentemente um comportamento que vai passando de uma geração para a outra. Muitos dos pais abusivos foram eles próprios sujeitos a violência durante a infância. A discussão aberta e franca sobre o assunto pode não só ajudar à segurança destas crianças, mas também encorajar os pais que querem quebrar o circulo vicioso de comportamentos abusivos a procurar a ajuda de que precisam.



Diagnósticos: O.I. ou abuso de menores?

Falsas acusações de abuso de menores podem ocorrer em famílias de crianças que têm formas leves de O.I. e/ou em quem a doença não foi ainda diagnosticada. Os tipos de fracturas que são tipicamente observadas em ambas as situações incluem:

· fracturas em múltiplos estadios de cicatrizarão

· fracturas de costelas

· fracturas de coluna

· fracturas para as quais não existe uma explicação lógica de trauma ou quando a fractura não condiz com a possível causa descrita, suspeita-se habitualmente de abuso de menores e, infelizmente, quando falsas acusações surgem as famílias ficam vitimizadas.

Os seguintes conselhos práticos, juntamente com os recomendados pelo advogado, pretendem ajudar os pais que forem acusados de abuso de menores:

1. Cada País tem a sua política própria para lidar com casos de abuso de menores. Recomenda-se fortemente que logo que a acusação seja atribuída se procure um advogado de família e se sigam as suas indicações. Se não estiver satisfeito com a forma como o seu advogado encaminha o processo não sinta receio em procurar outro advogado para tratar do caso.

2. Lembre-se que médicos e outros profissionais de saúde estão a fazer o seu trabalho, quem quer que tenha reportado o caso à assistência social ou às autoridades pode estar obrigado por lei a fazê-lo. Todas as pessoas envolvidas estão apenas a preocupar-se com o bem estar da criança.

3. Procure o melhor diagnóstico médico disponível. É de extrema importância que os profissionais de saúde (incluindo um ortopedista familiarizado com a O.I.) que conduzem a investigação clínica tenham bastante experiência tanto no diagnóstico como no tratamento da O.I..

4. Uma consulta com um geneticista também experiente em O.I. pode revelar uma história familiar de ligeira desta doença se sintomas como esclerótica azul, perda auditiva progressiva, problemas dentários, baixa estatura e/ou uma história de fracturas existir.

5. Frequentemente a suspeita de abuso de menores surge quando a explicação dada pela criança ou pelos pais não coincide com a lesão ou fractura diagnosticada pelos profissionais de saúde. A decisão dos assistentes sociais é baseada predominantemente nos dados fornecidos pelo relatório médico.

6. A não ser que informe por escrito os assistentes que estão a tratar do caso, não mude de hospital ou médicos que estão a prestar os cuidados de saúde ao seu filho. As mudanças súbitas e inesperadas feitas sem o conhecimento destes profissionais podem ser interpretadas como uma tentativa de esconder algo, como por exemplo sinais de violência.

7. Mantenha os assistentes sociais ao correr do que se vai passando. Tente perceber se ele ou ela compreendem as informações que lhe transmite. Demonstre que quer trabalhar em cooperação com ele(a) por ser o que é melhor para a criança. Os sinais de resistência com estes profissionais podem ser interpretados como culpa.

8. Se o seu filho for retirado dos seus cuidados, pode requerer que este fique aos cuidados dos avós ou de outros familiares.

9. Quando o problema estiver resolvido certifique-se que as queixas foram retiradas de todos os registos, incluindo os informatizados. Se isso não acontecer você ficará registado como um pai ou mãe abusivo até que o seu filho mais novo complete os 18 anos de idade (lei dos Estados Unidos da América).

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Hérnia de Disco Lombar na criança.

A hérnia de disco é patologia própria do adulto, na qual
ocorre a diminuição do teor de proteoglicanos no núcleo pulposo
e ânulo fibroso, com alterações da pressão sobre o anel
fibroso, levando à ruptura deste e extravasamento do material
nuclear para o canal vertebral.

Assim sendo, a hérnia discal é patologia rara em crianças
e adolescentes, chamar a atenção para o fato de que tais lesões podem
ser causa de dor e escoliose na faixa etária estudada,
podendo levar a dificuldades diagnósticas.

fig 1 e 2: Imagens de RNM de uma criança de 10 anos com Hérnia de Disco Lombar.






Steinlin et al. colocam a dor nas costas em crianças e
adolescentes como um raro e sério problema; em oito crianças,
encontraram como causa: três infecções, dois tumores,
uma hérnia discal, duas malformações; aconselham a pesquisar
sempre a causa, com exame clínico e neurológico adequado,
hemograma, RX, cintilografia, CT e RNM de acordo
com as devidas hipóteses diagnósticas.

Existe controvérsia quanto ao tratamento. Assim, Ishihara
et al. e Shillito indicam cirurgia sempre, acreditando que
o pequeno paciente retorna às suas atividades precocemente.

Entretanto Mayer et al. e Oga et al. defendem o tratamento
conservador, reservando a cirurgia para os casos não
responsivos ao tratamento não operatório.

Algumas vezes os pacientes vêm para consulta para avaliação
da escoliose, que é secundária à dor. É necessário que
o ortopedista esteja atento às queixas do paciente, lembrando
sempre que escoliose não é causa de dor na faixa etária
aqui estudada, sendo imperioso que se investiguem as possíveis
causas.

fonte: Rev Bras Ortop _ Vol. 33, Nº 10 – Outubro, 1998
A. BORTOLETTO, S.D.S. PRATA & G.B. SANTOS