Na literatura, a fratura da clavícula tem incidência que varia de 0,5% a 3,5% dentre os nascidos vivos. A variação observada parece estar vinculada a falhas metodológicas inerentes a estudos retrospectivos, sinais físicos sutis a falsear fraturas incompletas e erros na repetição dos exames. É fato conhecido, entretanto, que os RNs macrossômicos são os de maior risco. Além disso, num grande percentual de casos, o evento costuma associar-se a partos vaginais.
A fratura da clavícula do recém-nascido pode ocorrer devido à uma distócia dos ombros. “A distócia é a denominação médica de um distúrbio ou uma dificuldade que pode ocorrer durante o parto. Essa distócia ocorre quando a distância entre os ombros do bebê é muito grande em relação ao canal do parto. Desse modo durante a execução das manobras normalmente realizadas para liberar os ombros do bebê durante o parto pode ocorrer a fratura.
Felizmente, esta é uma complicação extremamente rara que pode ocorrer durante o parto normal e tem um tratamento simples que leva a recuperação completa. “Inicialmente o recém-nascido deve ser examinado por um ortopedista com experiência no tratamento de crianças (ortopedista pediátrico). Deve ser realizado um exame físico detalhado do bebê para o diagnóstico correto. Podem ser necessárias também as radiografias. É preciso constatar se há outras lesões ou não. Se a fratura for a única lesão o braço do bebê deverá ser imobilizado até que a fratura esteja consolidada(cicatrizada). O tempo de imobilização varia entre uma a duas semanas.