tag:blogger.com,1999:blog-61971455044109310652024-03-06T02:58:47.727-03:00DR. CELSO RIZZIORTOPEDIA PEDIATRICACelso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comBlogger137125tag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-62813807583325372172022-10-25T14:25:00.002-03:002022-10-25T14:28:19.832-03:00Método de Ponseti <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzjjiK8e5_gFnUSRMIacs2v1S8G6IVmvHJbZVBqMLo-0CjuF51KxxaWzko1SJ3Jm4Q33ff2inzmNRiBnBCssQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /> <div><br /></div><div>Orientações iniciais sobre o método de Ponseti. <p></p></div>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-43590310408266819552022-10-18T12:23:00.000-03:002022-10-18T12:23:02.093-03:00Alongamento Percutaneo do Tendão de Aquiles <p> Forma mais simples de tratamento do equinismo da criança causado pelo Encurtamento Congênito de Aquiles. </p><p>Também pode ser realizado em Encurtamentos neurológicos e pós traumáticos.</p><p>Apenas 2 incisões percutaneas são necessárias. </p><p>Seguindo gesso por 4 semanas.</p><p><br /></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzveZFTForRRkOsMhzSjpqL6Nb2Hr5AX8PwK5flTiMvV90q29qAvYCZ6Q2Mfkdhe5XYqHVh8gbagKDPJknYoA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p></p>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-69411163733044249902022-10-17T14:37:00.000-03:002022-10-17T14:37:59.823-03:00Órtese no Pé Torto Congênito <p> Instruções para o uso da órtese </p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSTZ0R5bqfFrGQN7zrtl0oR-msBbmdeq2PoD2lDrI6PHD0mU5Mu5VvhHUbiNVLpXGE8lvmG7EBDczNVRfJKJrMHi1u7ax2swn79gg5cfwh0CvzqiGuW2R-JO9HhPEc3JRJ4cJMpucIfZ53pA0REkaZzHaIMEC3TJsBLCsv8MJSNFhd_OqcsgYLi1vF/s600/9c41ce6e02ad33dbbfc4132fb40f20cb1b37cab8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="600" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSTZ0R5bqfFrGQN7zrtl0oR-msBbmdeq2PoD2lDrI6PHD0mU5Mu5VvhHUbiNVLpXGE8lvmG7EBDczNVRfJKJrMHi1u7ax2swn79gg5cfwh0CvzqiGuW2R-JO9HhPEc3JRJ4cJMpucIfZ53pA0REkaZzHaIMEC3TJsBLCsv8MJSNFhd_OqcsgYLi1vF/s320/9c41ce6e02ad33dbbfc4132fb40f20cb1b37cab8.jpg" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p><p>A órtese é utilizada somente após a correção total do pé torto através das manipulações e gessos seriados. Mesmo quando bem corrigido, o pé torto tem a tendência de recidivar até a idade de aproximadamente 4 anos. A órtese de abdução dos pés, que é a única forma adequada para evitar a recidiva da deformidade, quando utilizada conforme descrito acima, é efetiva em 90% dos pacientes. O uso da órtese não vai atrasar o desenvolvimento para sentar, engatinhar ou andar. </p><p>A órtese de abdução </p><p>A órtese consiste de uma barra de alumínio ajustável conectadas a botas abertas. A angulação das botas é colocada pelo técnico ortopédico. Os sapatos são retos, e colocados com as fivelas para dentro, para que você não tenha que virar a criança para fechar as tiras e os cadarços. A tira dorsal do pé é muito importante, e deve segurar o pé na posição. Na parte interna da bota, acima do calcanhar, há um coxim rosa que se adapta adequadamente ao calcanhar; ele também impede que o calcâneo escorregue para fora da bota.</p><p> Esquema de uso da órtese </p><p>Assim que o último gesso for retirado, o uso da órtese se inicia. A criança deve usar a órtese 23 horas por dia nos primeiros 3 meses após a retirada do gesso. A órtese deve ser retirada somente para o banho. Depois desse período, a órtese deve ser utilizada somente à noite e quando a criança dorme durante o dia por 3 a 4 anos. Seu médico vai decidir sobre a duração do uso da órtese dependendo da gravidade do pé torto. Por isso, não termine o tratamento antes da hora. Se você estiver inseguro, pergunte a seu médico.</p><p> Instruções de uso </p><p>1. Sempre use meias de algodão que cubram o pé em toda a extensão onde a bota encosta no pé e na perna. A pele de seu bebê pode ficar sensível após o último gesso; então, você poderá usar duas meias em cada pé durante os dois primeiros dias. Após os segundo dia, use apenas uma meia em cada pé. </p><p>2. Se a sua criança não ficar irritada na colocação da órtese, preste atenção em colocar primeiro a bota no pé pior, e depois a bota no pé melhor. No entanto, se seu bebê chutar muito na colocação da órtese, coloque primeiro o melhor pé, porque aí a colocação do segundo ficará mais fácil.</p><p> 3. Segure o pé dentro da bota e prenda a tira dorsal primeiro. A tira ajuda a manter o calcanhar embaixo, encostado na palmilha. Não marque o furo na tira dorsal porque, com o uso, o couro vai amolecer e um novo furo pode ser utilizado. </p><p>4. Observe se o calcanhar da criança está bem embaixo na bota, puxando a perna para cima e para baixo. Se os dedos estiverem se movendo para frente e para trás, o calcanhar não está na posição adequada, e portanto ele deve ser novamente posicionado ajustando-se a tira dorsal. Uma linha pode ser traçada na palmilha, indicando a posição adequada dos dedos; os dedos devem estar nessa linha se o calcâneo estiver na posição correta. </p><p>5. Amarre o cadarço firmemente, mas cuidado com a circulação. Lembre-se: a tira é a parte mais importante. O cadarço é utilizado para ajudar a segurar a bota no pé.</p><p> 6. Observe se os dedos estão retos e não estão dobrados. Até que você tenha certeza disso, você poderá cortar as meias para ver claramente todos os dedos. </p><p>Ajuste a órtese </p><p>A órtese pode ser ajustada pelo seu técnico, mas você poderá ser responsável pelas trocas de botas e abertura da barra à medida que a sua criança cresce. Troque as botas somente quando os dedos da criança dobrarem sobre a borda da bota. A adução do antepé (curva para dentro) geralmente não recidiva, e portanto esperar não afetará a correção e você irá economizar. Se você não souber qual o tamanho das botas na barra, meça o comprimento dos sapatos e fale com seu técnico de órtese. Novos sapatos devem ser dois tamanhos maiores do que os atuais. Você pode contactar o seu técnico para pedir novas botas para a sua órtese. Parafusos são utilizados embaixo das botas para conectá-las à órtese. Marque a angulação na barra antes de pedir novas botas para que as angulações corretas sejam mantidas. Conecte as botas à órtese com as fivelas para o lado de dentro. Você deve ajustar o comprimento da barra; a distância entre os parafusos centrais deve ser a distância entre a borda externa dos ombros. Marque uma linha no contorno dos dedos na primeira vez que a órtese é colocada, para indicar a posicão do pé quando o calcâneo está posicionado adequadamente. </p><p>Dicas úteis </p><p>1. Provavelmente, sua criança ficará irritada com o uso da órtese nos primeiros 2 dias. Isso não ocorre devido a dor mas sim porque a órtese é algo novo e diferente. </p><p>2. Brinque com sua criança usando a órtese. Essa é a chave para acabar com a irritabilidade de uma forma rápida. A criança não consegue mexer as pernas independentemente. Você deve ensinar sua criança que ela pode chutar a mover a órtese com os dois pés juntos. Isso é possível segurando-se a barra e empurrando e puxando suavemente com a flexão das pernas. </p><p>3. Torne o uso da órtese uma rotina. As crianças aprendem facilmente se o tratamento for uma rotina em sua vida. Durante os 3 a 4 anos de uso noturno da órtese, coloque a órtese toda hora que a criança vai para o seu “local de dormir”. A criança vai saber que aquela hora do dia a órtese precisa ser usada. A sua criança resistirá muito menos se você tornar o uso da órtese parte da rotina diária da criança</p><p> 4. Proteja a barra. Uma cobertura de barra de bicicleta pode ser usada. Protegendo a barra, você protegerá sua criança, você mesmo, e seus móveis. </p><p>5. Nunca use nenhum creme em pontos vermelhos na pele de sua criança. Cremes fazem o problema piorar. Um pouco de vermelhidão é normal com o uso. Bolhas e manchas vermelhas, especialmente no calcanhar, indicam geralmente que a órtese não está firme no pé. Certifiquese que o calcâneo está na posição correta, encostando na palmilha da bota. Se você perceber qualquer marca vermelha, ou bolha, fale para seu médico.</p><p> 6. Se a sua criança continua a sair da órtese, e o calcanhar não está para baixo o suficiente, tente o seguinte: a. Ajuste a tira dorsal mais um furo. b. Ajuste o cadarço mais firme c. Tire a língua da bota (o uso da bota sem a língua não machucará sua criança) d. Tente amarrar o cadarço de cima para baixo, para deixar o laço sobre os dedos</p><p> 7. Periodicamente, ajuste o parafuso na barra. </p><p><br /></p><p><br /></p>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-65245573075636185022022-10-11T16:27:00.002-03:002022-10-11T16:27:24.891-03:00Vacina Sabin. Poliomielite <p> Vacina Sabin: o que é? O que ela evita? Quem deve tomar? Quem não deve tomar? Qual a efetividade da vacina? Quais os riscos? </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9PgnIVfhvsQXEkrfvcN-_ehpymSyO4oFpdrYsQnxLlP-E-SrttIgyF5GHiHhicMJlnsZ00ObKRYlSbJV8BTDD_h12d5WizmFhHqMgulke3xsx8uqVZcSAlTMbd19chpnyl863lDq2e_rXEqKtGHIeEXJk3xcOLCK8_CMochYmkc8fpGOId5OB8-sd/s1079/Screenshot_20221011_114641.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="652" data-original-width="1079" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9PgnIVfhvsQXEkrfvcN-_ehpymSyO4oFpdrYsQnxLlP-E-SrttIgyF5GHiHhicMJlnsZ00ObKRYlSbJV8BTDD_h12d5WizmFhHqMgulke3xsx8uqVZcSAlTMbd19chpnyl863lDq2e_rXEqKtGHIeEXJk3xcOLCK8_CMochYmkc8fpGOId5OB8-sd/s320/Screenshot_20221011_114641.jpg" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p><p>O que é a vacina Sabin? </p><p>A vacina Sabin é uma vacina contra a paralisia infantil, composta por vírus vivos atenuados, aplicada na forma oral e autorizada nos Estados Unidos em 1962. Ela deve ser tomada sob a forma de duas “gotinhas” pingadas na língua. Essa vacina foi desenvolvida pelo médico americano Albert Sabin (1906-1993) e é utilizada no Brasil desde 1964. </p><p>O que é a paralisia infantil? </p><p>A paralisia infantil ou poliomielite (polio = cinzenta; mielos = medula, ite = sufixo que indica inflamação) é resultante de uma infecção viral que afeta principalmente crianças pequenas, mas que pode também acometer adultos. Quando ataca o sistema nervoso essa infecção pode causar paralisias musculares e deformidades no corpo. Em alguns casos a infecção pelo vírus pode ser mortal, embora a maioria das pessoas infectadas não apresente sintomas, mas continue contaminando outras pessoas. Graças à simplicidade das vacinas atualmente existentes (Salk – 1955; Sabin - 1962) e às eficientes campanhas de vacinação, a paralisia infantil quase foi erradicada em todo o mundo, embora ainda seja comum em certos países da África e da Ásia. Há tempos atrás, anteriormente às vacinas, os hospitais pediátricos viviam repletos de casos graves, muitas vezes dependendo de recursos mecânicos para sobreviver, sobretudo os chamados “pulmões de aço”, recurso a que muitas crianças lúcidas se viam presas para poderem respirar. </p><p>Quem deve tomar a vacina Sabin? </p><p>A vacina Sabin contra a poliomielite deve ser aplicada a todas as crianças a partir dos dois meses de idade, em três doses, aos 2, 4 e 6 meses e dois reforços, aos 15 meses e entre os 4 e 6 anos de idade. No Brasil, o Ministério da Saúde vai substituir gradualmente a gotinha Sabin (vírus vivo atenuado) pela injeção Salk (vírus morto). Essa vacina também protege os contactantes susceptíveis do vacinado e é capaz de proporcionar imunidade coletiva. </p><p>Quem não deve tomar a vacina Sabin? </p><p>A vacina Sabin não deve ser tomada por crianças hospitalizadas, imunodeficientes ou que tenham contato próximo com imunodeficientes e crianças com transplante de medula. A vacina deve ser adiada se a criança apresentar vômitos incoercíveis e/ou diarreia grave, pois nesses casos os vírus contidos na vacina serão eliminados precocemente. Qual é a efetividade da vacina Sabin? Ambas as vacinas, a Salk (injetável) e a Sabin (“gotinha”) são igualmente eficazes contra a poliomielite. Com a vacina Sabin, cerca de 95% dos vacinados ficam imunizados após duas doses e 99 a 100% após a terceira dose. </p><p>Quais são os riscos da vacina Sabin? </p><p>O único risco da vacina Sabin é a reprodução da paralisia infantil, cuja severidade é semelhante à doença causada pelo vírus selvagem. Esse risco, no entanto, é bastante raro (1/800.000 ou 3.200.0000, conforme as estatísticas) e ocorre mais em adultos e imunodeprimidos.</p><p> Quais são as vantagens e desvantagens da vacina Sabin?</p><p> Existem duas vacinas contra a poliomielite: a vacina Salk, de vírus inativados, e a vacina Sabin, de vírus atenuados. Uma das grandes vantagens da vacina Sabin é a praticidade de seu modo de aplicação. Além disso, promove uma imunidade local das mucosas orofaríngea e intestinal. Ainda compete com os vírus selvagens a nível intestinal e na natureza. Proporciona imunidade coletiva e tem um baixo custo. Sua maior desvantagem talvez seja a possibilidade de causar poliomielite no receptor ou nos seus contatos susceptíveis pela eliminação de vírus vacinal pela orofaringe e nas fezes, embora seja extremamente raro.</p><p> Quais são as complicações possíveis da vacina Sabin? </p><p>Em raríssimas ocasiões a vacina com vírus atenuado pode acarretar uma paralisia flácida semelhante à doença que pretende evitar. As pessoas que recebem a vacina Sabin eliminam vírus vivos junto com as fezes por cerca de seis semanas, o que pode resultar em risco para contactantes próximos não imunizados. </p>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-61755804021531292462018-07-28T19:01:00.001-03:002018-07-28T19:08:56.434-03:00História da Ortopedia - Vlasios Brakoulias<br /><!-- .entry-info --><!-- .entry-header --><br />
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<b>INTRODUÇÃO</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTHHNMCdLtSpaEZhJkbiYPRclyW0rpBxsN5_COF-TkSa4eSh8kB9ZJKP72H3wn7jJMY90uydzsuysn1CJyz54nZ5ev2xHRVqk3rx2RT-1h1xksQX3ahNi85W9eCXM4UNujmGFKp45bUnY/s1600/obra-de-andry.jpg" imageanchor="1" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: left; color: #0066cc; float: left; font-family: Times New Roman; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; orphans: 2; text-align: center; text-decoration: underline; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="535" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTHHNMCdLtSpaEZhJkbiYPRclyW0rpBxsN5_COF-TkSa4eSh8kB9ZJKP72H3wn7jJMY90uydzsuysn1CJyz54nZ5ev2xHRVqk3rx2RT-1h1xksQX3ahNi85W9eCXM4UNujmGFKp45bUnY/s320/obra-de-andry.jpg" width="320" /></a>A Ortopedia, como muitos especialidades, desenvolveu-se por uma necessidade. Uma necessidade de corrigir deformidades, restabelecer função e aliviar a dor. Os cirurgiões ortopédicos desenvolveram a habilidade de prevenir perdas importantes de função e, por outro lado, realmente prevenir mortes inevitáveis. Eles buscam a perfeição da sua arte, assegurando ao paciente alcançar sua melhor condição no menor período de tempo pelo método mais seguro possível. A História é muito importante a qualquer cirurgião, particularmente o cirurgião ortopédico. O cirurgião ortopédico tem sido repetidamente atualizado com o avanço da tecnologia. Esta tecnologia deve ser aplicada à prática ortopédica, mas é melhor aplicado quando o cirurgião tem um conhecimento subjacente da história da sua arte. Ele deve estar atento ao modo de como, no passado os cirurgiões contribuíram para a Ortopedia e, sobretudo, dos enganos que eles cometeram no processo. O cirurgião que comete um engano previamente cometido por alguém antes dele seguramente é humilhado e é visto como pobremente educado. Da mesma forma, também é ele quem declara ter desenvolvido uma técnica que ninguém pensou antes (embora as chances são de que alguém tenha pensado o mesmo no passado). Ao buscar o melhor caminho no avanço da Ortopedia, devemos, certamente prestar atenção à história da Ortopedia. O passado é nosso fundamento para desenvolvimentos futuros. Nós temos que construir sobre este passado para que possamos agir como um fundamento estável para gerações futuras.<br />
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<b>ORTOPEDIA ANTIGA </b><br />
<b>HOMEM PRIMITIVO</b><br />
Embora não tenhamos nenhuma informação histórica escrita, o homem primitivo nos provê com os seus fósseis. Estes mostram que a mesma patologia óssea existiu em tempos primitivos, conseqüente a uma causa ambiental que para muitas de nossas doenças atuais comuns parece improvável. Foram encontradas evidências de ossos fraturados em que a união aconteceu em um bom alinhamento.<br />
Se faz interessante perceber, como o homem primitivo nos dá uma maneira ética na qual nós podemos ver os efeitos de tratamento nenhum, i.e. aplicando, por instinto, repouso e movimento precoce. É inevitável que em alguma fase, homem primitivo tenha criado um tala muito rudimentar, e que a partir daí, suas vantagens foram reconhecidas. O homem primitivo, provavelmente, também foi o primeiro a executar amputações cruas de membros e dedos, e trepanação de crânio.<br />
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<b>EGITO ANTIGO</b><br />
Corpos mumificados, pinturas e hieróglifos em parede, nos mostraram que as pessoas da era egípcia sofreram dos mesmos problemas que nós sofremos hoje. Eles também nos mostram algumas das práticas ortopédicas daquele tempo. Foram achadas talas em múmias feitas de bambu, cana, madeira ou late, acolchoadas com linho. Também há evidência do uso de muletas, com o mais antigo registro conhecido do uso de uma muleta que vem de uma escultura feito em 2830 AC na entrada de um portal na tumba de Hirkouf. Talvez a fonte mais importante que descreve as práticas dos egípcios antigos vem de um papiro roubado de uma tumba em 1862. O papiro foi vendido então a um egiptologista americano chamado <b>Edwin Smith</b> e assim ficou conhecido como o papiro de Edwin Smith. O autor não é conhecido, mas acredita-se ter sido <b>Imhotep</b>. Imhotep foi visto como um gênio do seu tempo. Ele era médico, arquiteto, astrólogo, e primeiro ministro e não há nenhum conhecimento no Egito e Grécia, com alguma evidência que ele tenha recebido este reconhecimento só 100 anos depois da sua morte. No papiro, o exame periférico foi descrito junto com a compreensão de que as pulsações refletem a ação do coração do qual os vasos vão para os membros. Neste papiro, os traumas foram classificados de acordo com a sua prognose em três categorias: uma doença que eles deveriam tratar, uma doença que eles deveriam combater e uma doença que eles não tratariam. O papiro também mencionou muitos casos e o tratamento efetuado. Estes incluem a redução de uma mandíbula deslocada, os sinais clínicos de trauma espinhal, de torcicolo, o tratamento de uma clavícula fraturada e também sinais e tratamento de outras fraturas. Secreção estava denominada ” ryt “, que é presumivelmente o pus de osteomielite.<br />
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<b>GRÉCIA ANTIGA</b><br />
Muitos princípios a respeito de algumas doenças e seus tratamentos foram atribuídos aos antigos gregos. Eles podem ser considerados como os primeiros a usar uma abordagem científica, também foram os primeiros a documentar a sua história e seu desenvolvimento em detalhes. Homero no seu informe da guerra de Tróia, nos proporcionou uma percepção adequada para a compreensão das lesões naquela época e o tratamento usado para essas lesões. A Ilíada também contém referências para várias deformidades. Os anatomistas gregos de Alexandria, durante o século III AC também deram grandes contribuições. <b>Herophilus</b> que acredita-se ter praticado dissecação humana é considerado como o primeiro em dividir nervos em componentes sensório e motor e também o primeiro em distinguir artérias de veias. <b>Hegetor</b> também de Alexandria, mas de 100 AC, descreveu as relações anatômicas da articulação de quadril em detalhes, e foi o primeiro em registrar uma descrição do ligamentum teres.<br />
No período entre 430 e 330 AC um texto grego muito importante foi coletado e é conhecido como o Corpus Hippocrates. Foi assim sido conhecido como o Pai da Medicina. <b>Hipócrates</b> nasceu na ilha de Cos em 460 AC e morreu em idade avançada em 370 AC. Ele ficou conhecido como tendo trazido à Medicina uma abordagem sistematizada e científica e como tendo definido, pela primeira vez, a posição e o papel do médico perante a sociedade. Embora séculos passaram, o juramento de Hipócrates sempre permanecerá centralizando as nossas práticas. Os vários volumes do “Corpus Hippocrates” tiveram relevância para a Ortopedia. Um volume é o primeiro sobre articulações. Aqui a luxação do ombro foi descrita junto com os vários métodos usados em sua nomeado depois de Hippocrates ter redução. Também havia seções que descrevem a redução de luxações acromio-clavicular, temporo-mandibular, joelho, quadril e cotovelo. A correção de pé torto congênito foi descrita. O problema da infecção pós fraturas compostas foi descrito e foi tratado com cerate de lance e compressas de vinho sem enfaixamento enérgico. A exploração em qualquer fratura composta foi evitado. Hipócrates teve uma compreensão completa das fraturas. Ele conheceu os princípios de tração e contra-tração. Ele desenvolveu tala especiais para fraturas da tíbia, semelhante a fixação externa. Hipócrates também desenvolveu o banco de Hipócrates ou ” scamnum “. De todos os desenvolvimentos que Hipócrates nos deu, sua observação clínica cuidadosa e pensamento racional devem ser particularmente recomendados.<br />
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<b>A ERA ROMANA</b><br />
Embora os ensinos de Hipócrates tenham dominado o pensamento durante muitos séculos depois da sua morte, há vários outros colaboradores da Ortopedia merecedores de menção. Durante a era romana, havia outra respeitada figura grega, Galeno (129-199 AC). Ele era originalmente de Pergamo e lá se tornou um cirurgião de gladiadores antes de viajar para Roma. Galeno é freqüentemente chamado ” o pai da medicina do esporte”. Ele deixou uma boa descrição do esqueleto e os músculos que o movem. Em particular, o modo como os sinais são enviados do cérebro pelos nervos para os músculos. Ele foi o primeiro a registrar um caso de costelas cervicais. Ele descreveu destruição de osso, seqüestro e regeneração em Osteomielite e algumas vezes executou resseção em tais casos. Acredita-se que <b>Galeno</b> foi o primeiro a ter usado os termos grego, kyphosis, lordosis e scoliosis para as deformidades descritas nos textos de Hipócrates. Ele também inventou vários métodos por corrigir estas deformidades. Durante este período Greco-romano, houveram também tentativas de prover próteses artificiais. Há relatos de pernas de madeira, mãos de ferro e pés artificiais. Diz-se que <b>Soranus de Ephesus</b> foi o primeiro a descrever o raquitismo. <b>Ruphus de Ephesus</b> descreveu o cisto sinovial e o seu tratamento por compressão. <b>Antyllus</b> no século III praticou tenotomia subcutânea para aliviar contrações ao redor de uma articulação. Acredita-se que ele tenha usado sutura de linho e categute para procedimentos. Também foram desenvolvidos várias brocas, serras e cinzéis durante este período.<br />
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<b>A ERA ÁRABE</b><br />
Outro grego chamado <b>Paul de Aegina</b> (625-690 D.C.) trabalhou em Alexandria e escreveu ” O Epítome da Medicina ” que consistiu em sete livros baseado nos textos de Hipócrates. O sexto livro tratava de fraturas e luxações. Com a invasão de Alexandria pelos muçulmanos, foram levados muitos grandes livros como estes sendo traduzidos para o idioma árabe. A grande biblioteca de Alexandria estava queimada. Embora as práticas árabes fossem consideradas como uma extensão das dos gregos, o uso de gesso-de-Paris no século X foi um marco significativo. Com a adição de água a um pó de sulfato de cálcio desidratado foi produzido um material cristalino duro. Um persa chamado <b>Abu Mansur Muwaffak</b> descreveu a cobertura de gesso para fraturas e outros traumas ósseos dos membros.<br />
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<b>OS FUNDAMENTOS DA ORTOPEDIA MODERNA.</b><br />
Ainda não era chegado o século XII, quando a Europa começou a despertar das “Idades Escuras”. Universidades e hospitais começaram a se estabelecer, houve a retomada da dissecação humana e os textos gregos começaram a ser traduzidos do árabe para o latim. Porém, até o século XVI, todos os desenvolvimentos permaneceram dentro da sombra lançada por Hipócrates.<br />
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<b>AMBROISE PARE (1510-1590)</b><br />
<b>Ambroise Pare</b> é considerado como o cirurgião mais famoso do século XVI e ” o pai da Cirurgia ” francesa. Ele nasceu em Bourg Herent na França. Em 1532 tornou-se um aprendiz de um barbeiro-cirurgião parisiense, então trabalhou durante quatro anos na Santa Casa de Paris. Em 1541, ele se tornou um barbeiro-cirurgião mestre e fez alguns trabalhos como cirurgião do exército. Em 1564, ele publicou um trabalho monumental em Cirurgia, o “Dez Livros de Cirurgia”. A primeira parte continha Anatomia e Fisiologia e a segunda, Cirurgia. Nesta, foram descritas muitas técnicas cirúrgicas, sendo uma das mais significativas, o uso de ligadura para grandes vasos em amputações. Também usou torniquete em suas amputações, para fixar os músculos retraídos com a pele, impedindo o fluxo de sangue e entorpecendo as sensações. Ele projetou uma grande variedade de fórceps, instrumentos e “braces” de todos os tipos. Com ajuda de fabricantes de armaduras, ele fez uma variedade de membros artificiais de ferro. Embora a maioria tenha sido cosmética, Pare projetou um colete para escoliose e uma bota para pé torto congênito.<br />
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<b>NICHOLAS ANDRY (1658-1759)</b><br />
<b>Andry</b> era professor de Medicina da Universidade de Paris e Decano da faculdade de Física. Em 1741, com 81 anos de idade, publicou um livro famoso chamado “Orthopaedia: or the Art of Correcting and Preventing Deformities in Children”, contendo meios que pudessem ser facilmente postos em prática pelos próprios pais sobretudo que fosse empregado na Educação infantil e na correção e prevenção de deformidades das crianças. Neste livro, Andry apresenta o termo Ortopedia que deriva das palavras gregas “reta” e “criança”. Andry estava interessado em defeitos posturais e isto se refletiu pela sua famosa ilustração conhecida como “A árvore de Andry”. Andry acreditava que as deformidades do esqueleto se deviam à falta de postura e encurtamento muscular. Alguns consideram Andry como o Pai da Ortopedia, outros discordam fortemente por acreditarem que o seu trabalho não era científico e que a única contribuição dele foi o emprego da palavra Ortopedia.<br />
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<b>THOMAS SYDNEHAM (1624-1689)</b><br />
<b>Sydneham</b> é comparado a Hipócrates porque seus escritos cobrem um vasto campo e se caracterizam por uma boa observação. Igualmente, ele também é conhecido como “o pai da medicina” inglesa. Nasceu em Winford Eagle, e estudou em Oxford e Montpellier. Ele sofria de Gota e escreveu uma excelente descrição da doença detalhando o ataque, as mudanças na urina e o vínculo com pedras renais. Ele descreveu o reumatismo agudo, a coréia, e as manifestações articulares do escorbuto e disenteria.<br />
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<b>PERCIVAL POTT (1714-1788)</b><br />
<b>Pott</b> era de Londres e trabalhou no Hospital de São Bartolomeu, onde ele recebeu o diploma da Companhia dos Barbeiro-cirurgiões em 1763. Ele é melhor conhecido pela fratura que leva o seu nome a fratura de Pott, por ter feito uma boa descrição desta fratura de tornozelo. Em 1756, ele sofreu uma fratura. Era uma fratura composta oblíqua do terço distal da tíbia que sofreu caindo do seu cavalo. Ele recusou ser movido até que comprasse uma porta em que pudesse ser carregado, pois acreditava que o sacudir da carruagem iria aumentar o dano. A amputação imediata era normalmente administrada em tais traumas, mas na última hora amputação foi cancelada e o membro foi poupado. O mais famoso trabalho de Pott está relacionado à paraplegia da tuberculose espinhal onde ele acentuou que a condição não estava relacionada com a compressão da corda espinhal, mas associada a desordens dentro do parênquima nos pulmões. Isto é conhecido como o mal de Pott.<br />
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<b>WILLIAM HEBERDEN (1710-1801)</b><br />
<b>Heberden</b> nasceu em Londres onde trabalhava intensamente. Ele ficou conhecido por iniciar as Operações Médicas em 1766, mas ficou mais ainda pela sua descrição dos nódulos de Heberden.<br />
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<b>JOHN HUNTER (1728-1793)</b><br />
<b>Hunter</b> trabalhou em uma fazenda de Lowland até os 20 anos de idade. Até os 32, ele era aluno e cirurgião domiciliar no Hospital de São Jorge em Londres e também trabalhou na sala de dissecção do seu irmão em Covent Garden. Na Guerra dos Sete Anos, ele serviu como um cirurgião militar. Montou um centro de pesquisa na Golden Square de Londres e ensinou e dissertou na Leicester Square até que uma angina o conduziu à morte. A contribuição de Hunter foi imensa, até mesmo pelos alunos que ensinou (por exemplo Abernethy, Chessher, Jenner e Philip Syng Physick). Hunter foi um aluno de Percival Pott. Embora ele tenha recebido uma pequena educação formal (distinto do seu irmão William, obstetra em Londres). Hunter pôs a prática de cirurgia em uma fundação científica e estruturou seu desenvolvimento para o século XX. Sua declaração “Não pense, tente a experiência” inspirou gerações de cirurgiões modernos. Muito dos conhecimentos de Hunter podem ser atribuídos à sua experiência militar e em animais. Ele descreveu como avaliar a força muscular em um músculo fraco. Em presença de doença ou trauma articular, preconizou a imobilização do segmento até que a inflamação fosse controlada caso contrário poderia se estabelecer uma contratura. Ele acreditava que a cura dependia em grande parte do poder inato do organismo, e que a tarefa do cirurgião era ajudar. Hunter acreditava que doenças ósseas freqüentemente necessitavam ajuda mecânica. Ele estudou corpos livres articulares, pseudoartrose e consolidação de fraturas, onde ele descreveu a transformação do hematoma da fratura em calo fibrocartilaginoso, a deposição de osso novo, a trabeculação, o restabelecimento do canal medular e a reabsorção do tecido ósseo em excesso. Hunter escreveu “A Treatise on the Blood, Inflammation and Gunshot Wounds” em 1794, e também fez tentativas de enxertia tecidual.<br />
Sua coleção de espécimes (inicialmente em cima de 14,000 pertencentes a Pott – metade destruída no bombardeio de Londres) está na Faculdade de Cirurgiões, Londres. Descrevem o desenvolvimento dos vários sistemas do mais simples (insetos) ao mais complexo. É uma simples e inspiradora experiência visitar o museu e ver monumental contribuição de um homem para a cirurgia.<br />
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<b>JEAN-ANDRE VENEL (1740-1791)</b><br />
<b>Jean-Andre Venel</b> era um médico de Genebra que estudou dissecação em Montpellier com 39 anos de idade, e em 1780, estabeleceu o primeiro instituto de ortopedia do mundo, em Canton Waadt. Este foi o primeiro hospital que se ocupou especificamente do tratamento das deformidades esqueléticas de crianças incapacitadas. Venel registrou e publicou todos seus métodos e por isto ficou conhecido como o primeiro verdadeiro Ortopedista. Ele também é considerado como o pai da Ortopedia, já que o seu instituto agiu como um modelo para hospitais ao longo da Europa. Venel acentuou a importância de luz solar e fez várias órteses e aplicações nos seminários dentro do instituto.<br />
<b>WILLIAM HEY (1736-1819)</b><br />
<b>William Hey</b> nasceu em Pudsey perto de Leeds. Com 14 anos, ele já estava no aprendizado com um cirurgião e farmacêutico e quase morreu de uma overdose de ópio enquanto estudando seus efeitos. Ele foi o fundador da Cirurgia em Leeds e treinou no Hospital de S. George. Hey escreveu um livro sobre cirurgia que continha vários capítulos em Ortopedia. Ele descreveu a Osteomielite subaguda da tíbia e defendeu o tratamento aberto da lesão. Em 1773, Hey bateu o seu próprio joelho saindo do banho, e muitos atribuem a isto o seu interesse subseqüente em joelho. Ele criou a expressão “desarranjo interno do joelho “, e descreveu lesões meniscais. Hey descreveu também os corpos livres articulares e introduziu a amputação tarso-metatársica.<br />
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<b>GIOVANNI BATTISTA MONTEGGIA (1762-1815)</b><br />
<b>Monteggia</b> nasceu em Lago Maggiore e era um patologista de Milão que adquiriu sífilis ao cortar-se durante uma necropsia e se tornou um cirurgião e professor em Milão. Ele é particularmente lembrado pela sua descrição, em 1814 da fratura que leva o seu nome: a fratura de Monteggia.<br />
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<b>ABRAHAM COLLES (1173-1843)</b><br />
<b>Colles</b> nasceu em Kilkenny, na Irlanda, de origem humilde. Não obstante, ele se tornou professor de Cirurgia na Faculdade de Cirurgiões em Dublin com a idade de 29 anos. Ele foi o primeiro a ligar a artéria subclávia, mas é mais conhecido pela descrição que fez da fratura de Colles, em 1814 (o mesmo ano que Monteggia).<br />
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<b>BARÃO GUILLAUME DUPUYTREN (1777-1835)</b><br />
<b>Dupuytren</b> nasceu na França central. Ele foi seqüestrado quando menino por uma mulher rica de Toulouse por causa de sua beleza. Foi levado para Paris e educado, mas conviveu com grande pobreza ao longo dos seus estudos. Dupuytren tornou-se o Cirurgião-chefe na Santa Casa e trabalhou duro, tendo se tornado um homem muito rico. Ele era descrito como uma pessoa desagradável de se conviver, contudo o seu trabalho era agradável de ser lido. Ele foi caracterizado como “o primeiro entre os cirurgiões e o último entre os homens”. Ele era um observador clínico preciso com um grande interesse em patologia. O nome de Dupuytren é associado com a contratura da fascia palmar e um tipo de fratura de tornozelo por ele descrita. Escreveu sobre muitos assuntos incluindo Luxação Congênito do Quadril, a origem de formação do calo, a exostose subungueal, o sinal de Trendelenburg, tenotomia em torcicolo e diferenciou osteossarcoma de “spina ventosa”.<br />
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<b>JAMES SYME (1799-1870)</b><br />
<b>Syme</b> nasceu em Edinburgh. Como estudante da Universidade de Edinburgh ele encontrou um meio de dissolver borracha. Syme abriu uma escola de Anatomia e depois abriu uma clínica privada muito próspera. Em 1833, ele se tornou Professor de Cirurgia em Edinburgh permanecendo no cargo até sua morte, (ele tinha feito um acordo com o seu predecessor de lhe pagar uma pensão caso se demitisse). Syme é conhecido por apresentar alternativas conservadoras às grandes amputações que eram levadas a efeito naquela época. Em 1831, ele lançou um brochura que detalhava casos onde poderiam ser usadas desarticulações em vez de amputação para articulações grotescamente atingidas, como na tuberculose e mesmo nos traumatismos. Em 1842, Syme descreveu uma amputação no tornozelo, que levou o seu nome e veio substituir as amputações abaixo do joelho, que eram uma prática comum naquela época.<br />
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<b>SIR BENJAMIN BRODIE (1786-1862)</b><br />
<b>Brodie</b> era uma figura nacional. Ele era cirurgião no Hospital St. George e um amigo da família Thomas (de Hugh Owen Thomas). Ele publicou o livro, “On the Diseases of Joints” em 1819 que se tornou por muitos anos uma referência popular. Em 1832, ele descreveu o abscesso ósseo crônico que mais tarde recebeu o seu nome. O paciente era um homem de 24 anos que tinha sintomas freqüentes na extremidade inferior da tíbia direita. Ao exame, Brodie achou uma cavidade cheia de pus e acreditou que trefinando-a, pudesse evitar uma amputação. Ele associou a presença de artrite com gonorréia e relacionou todas as desordens de quadril na criança à infecção. Em 1843, ele introduziu o exame aos aprendizes da Royal College of Surgeons para melhorar a educação e a reputação dos cirurgiões.<br />
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<b>JOHN RHEA BARTON (1794-1871)</b><br />
<b>Barton</b> nasceu em Lancaster, Pennsylvania, E.U.A. Estudou no Hospital de Pennsylvania e depois trabalhou para Physick (o pai da Cirurgia americana) que, por sua vez, era discípulo de Hunter. Foi dito que Barton era ambidestro e que uma vez posicionado para uma operação, não mais se deslocava. Em 1826, ele executou uma osteotomia subtrocantérica do fêmur para corrigir uma deformidade de flexo-adução severa do quadril. Barton é mais conhecido pelas suas osteotomias corretivas inovadoras para articulações anquilosadas. Em 1834, Barton fixou uma patela fraturada e em 1835, ele descreveu a “fratura de Barton”.<br />
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<b>ROBERT WILLIAM SMITH (1807-1873)</b><br />
<b>Smith</b> nasceu em Dublin, onde também estudou e trabalhou. Tornou-se Professor de Cirurgia na Faculdade de Trinity em Dublin. Smith fundou a Sociedade de Patologia de Dublin com Colles, Graves, Corrigan e Stokes. Em 1847, escreveu o Smith um livro clássico chamado “A Treatise on Fractures in the vicinity of Joints, and on certain forms of Accidents and Congenital Dislocations”. Aqui ele descreve a “fratura de Smith”, e a deformidade de Madelung antes que Madelung a tivesse descrito. Em 1849, ele publicou “A Treatise on the Pathology, Diagnosis and Treatment of Neuroma”. Dizia-se que este livro era tão grande, que quando aberto era maior que uma mesa de jantar comum. Smith escreveu detalhadamente sobre neurofibromatose, bem antes que von Recklinghausen o fizesse.<br />
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<b>ANTONIUS MATHYSEN (1805-1878)</b><br />
<b>Mathysen</b> foi um cirurgião militar holandês que em 1851, inventou a atadura de gesso de Paris (Plaster of Paris – POP) que se tornou de fundamental importância na prática ortopédica. A partir desta data, a atadura gessada tornou-se o principal meio de imobilização das fraturas.<br />
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<b>WILLIAM JOHN LITTLE (1810-1894)</b><br />
<b>Little</b> foi educado no seminário Jesuítico em St. Omer. Ele tinha um pé torto paralítico. O tratamento em Londres era a amputação, entretanto, ele encontrou a cura na Alemanha através de tenotomia. Little foi um dos fundadores do Royal Orthopaedic Hospital. Ele publicou um detalhado relatório, em 1862, do então mal-compreendido grupo de crianças e adultos jovens deformados ou parcialmente retardados. Este tipo de paralisia espástica com paraplegia dos membros inferiores ficou então conhecido durante muitos anos como doença de Little..<br />
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<b>JOSEPH LISTER (1827-1912) </b><br />
<b>Lister</b> estudou no Hospital da Faculdade Universitária em Londres. Em 1853, ele se tornou o cirurgião do grupo de Syme, tendo então casado com a filha de Syme, e em 1854 tornou-se o cirurgião assistente da Enfermaria Real. Lister é conhecido pela introdução da Antissepsia. Foi a primeiro a aplicar ácido carbólico a uma fratura composta, em 1865. Logo ficou bastante claro que esta prática teve um efeito dramático na redução particularmente dos abcessos, piemia, gangrena hospitalar, erisipela e da mortalidade por amputação. Lister foi feito um baronete em 1883, e mais tarde, teria tentado a aplicação direta do mofo do Penicillium diretamente a feridas.<br />
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<b>JEAN-MARTIN CHARCOT (1825-1893)</b><br />
<b>Charcot</b> era de Salpetriere em Paris e é conhecido mundialmente como o primeiro professor de Neurologia. Ele escreveu uma tese distinguindo Gota, Artrite reumática e Osteoartrite. Charcot também foi o primeiro a descrever a artropatia que leva o seu nome. As articulações de Charcot. Foi também o primeiro a escrever sobre Esclerose amiotrófica lateral, claudicação intermitente, esclerose disseminada, febre hepática intermitente e herpes zoster.<br />
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<b>THEODOR KOCHER (1841-1917)</b><br />
<b>Kocher</b> nasceu em Berne e estudou em Berlim, Londres, Paris e Viena. Em 1872, ele se tornou Professor de Cirurgia em Berna. Kocher teve um grande interesse em Anatomia e em 1870, ele descreveu o método de redução para luxação de ombro, que leva o seu nome. Kocher escreveu um livro notável no qual ele detalhou diversas incisões cirúrgicas por ele desenvolvidas, como a via de acesso posterolateral do quadril. Desenvolveu vários instrumentos cirúrgicos, mas o seu principal interesse estava nas doenças da tiróide.<br />
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<b>SIR JAMES PAGET (1814-1899)</b><br />
<b>Paget</b> foi diplomado no Hospital de São Bartolomeu, em Londres onde permaneceu para o resto da sua carreira. Foi em 1877 que Paget deu a primeira descrição do que ele chamou “osteíte deformante”, e que mais tarde ficou conhecida como a doença de Paget. Notou a incidência aumentada de Osteossarcoma, da alteração do tamanho do crâneo e das deformidades . Paget também era um conferencista notável com um grande interesse em patologia de osso. Seu nome é associado a outros processos patológicos.<br />
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<b>SIR WILLIAM MACEWEN (1848-1924)</b><br />
<b>MacEwen</b> estudou em Glasgow e teve Syme e Lister como professores. A nova era da antissepsia lhe permitiu dar muitas contribuições à Cirurgia. Dentro das suas contribuições à Ortopedia, executou muitas osteotomias, tendo desenvolvido um osteótomo de peça única. O principal interesse de sua pesquisa era sobre o crescimento ósseo e em 1879 ele executou o primeiro dos seu pioneiros enxertos ósseos. A maioria dos seus enxertos foram executados em pessoas que tinham tido perda óssea, mas que mantinham função normal. Macewen também foi um pioneiro da neurocirurgia e da cirurgia cardiotorácica. Ele trabalhou em tumores cerebrais e abscessos e também executou a primeira pneumectomia.<br />
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<b>RICHARD VON VOLKMANN (1830-1889)</b><br />
<b>Volkmann</b> era de Halle, Saxônia. Ele foi o primeiro na Alemanha instituir os métodos anti-sépticos de Lister. Em 1881, Volkmann publicou suas famosas anotações sobre paralisia muscular isquêmica e contraturas. Ele atribuiu a causa dessas contraturas a modificações produzidas diretamente nos músculos através de oclusão arterial e enfatizou a atenção aos sinais preliminares de debilidade. Estas lesões ficaram conhecidas como Contratura Isquêmica de Volkmann. Interessante anotar que Volkmann também escreveu poemas populares e contos de fadas além de também ter fundado uma revista de cirurgia.<br />
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<b>EDUARD ALBERT (1841-1900)</b><br />
<b>Albert</b> nasceu na Bohemia e estudou em Viena. Ele é mais conhecido por ter produzido “anquilose artificial” em membros paralisados e escreveu um artigo sobre isto em 1881. Albert executou artrodese do tarso e do ombro por paralisia e luxação recidivante, respectivamente e foi o primeiro a usar o termo “artrodese”. Albert também descreveu sinovectomia, o transplante de nervos, a escoliose ciática e a bursite de Aquiles.<br />
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<b>HAROLD BENNETT(1837-1907)</b><br />
<b>Bennett</b> estudou na Faculdade de Trinity, Dublin. Ele colecionou espécimes de patologia óssea e escreveu um artigo sobre fraturas dos ossos do carpo em 1882. Neste artigo, descreveu a fratura-luxação da base do 1o. metacarpiano – Fratura de Bennett. É dito que Bennett teria sido quem introduziu a antissepsia em Dublin executou diversas osteotomias para deformidades raquíticas. Ele se tornou o Presidente do Royal College of Surgeons da Irlanda.<br />
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<b>HUGH THOMAS (1834-1891)</b><br />
Se você só pudesse ler sobre uma pessoa na história da Ortopedia, então você teria que ler sobre <b>Hugh Owen Thomas</b>, “o pai da Ortopedia Britânica”. Era o primogênito de cinco filhos de um famoso arrumador de ossos naquela época. Todos estudaram Medicina.Thomas era uma magra e nervosa criança de maneiras delicadas. Este seu temperamento peculiar levou muitas pessoas a ignorá-lo e às imensas contribuições que fez à cirurgia ortopédica durante toda a sua vida. Hugh não pôde nem mesmo trabalhar com o seu pai e nunca conseguiu uma nomeação no hospital. Ele tratou todos seus pacientes em sua casa. Ele se mantinha tão ocupado que começava suas tarefas às quatro ou cinco da manhã e nunca deixava a sua casa para propósitos outros que não os profissionais. Thomas guardou para si o domingo como seu “dia livre” e centenas de pacientes de todo o país cercavam a sua casa para serem tratados. As pessoas de Liverpool conheciam Thomas como um homem pequeno e rápido. Um homem que sempre usou um casaco preto abotoado até o pescoço e um boné de marinheiro que tapava um olho traumatizado. Trazia constantemente um cigarro na boca. Apesar de ser extremamente ocupado, escreveu proficuamente à noite e desenvolveu muitas técnicas novas e instrumentos cirúrgicos. Ele acreditava que o repouso obrigatório, prolongado e ininterrupto era necessário para o tratamento da tuberculose articular. Desenvolveu um grande número de tala para isto. Estas incluem, o colar cervical, a cunha metatarsiana, o salto calcaneano e tala de joelho. Muitos destes ainda estão em uso, como a férula de Thomas. Ele também reconheceu os sinais precoces de patologias articulares do quadril. Foi o primeiro a demonstrar a flexão oculta da articulação do quadril e um manobra para evidenciá-la – <b>“teste de Thomas”</b>. Deve ser lembrado também que Hugh Owen Thomas tinha estudado Medicina e era interessado no tratamento de abdômen agudo tanto quanto em Ortopedia. Diz-se que a profissão médica jamais se ocuparia da “obscura” arte de consertar ossos, se o Hugh Owen Thomas não tivesse se formado em uma escola médica.<br />
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<b>SIR WILLIAM ARBUTHNOT LANE (1856-1938)</b><br />
<b>Lane</b> era um escocês de Inverness que treinou e depois trabalhou no Guy’s Hospital em Londres. Lane é conhecido pelas suas tentativas de melhorar alinhamento de fraturas usando fixação interna. Ele começou usando arames de prata, parafusos de aço e depois placas e parafusos. Dizia-se que Lane era excêntrico, considerando humanos como máquinas tendo executado colectomias totais como uma cura para “auto-intoxicação”. Ele também iniciou os programas de educação em saúde que existem até hoje. Lane escreveu colunas nos jornais, proferiu conferências públicas e incentivou a distribuição de fruta e legumes.<br />
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<b>FRITZ DE QUERVAIN (1868-1940) </b><br />
<b>De Quervain</b> nasceu em Sion no Valais Canton da Suíça. Ele estudou em Berna e lá sucedeu a Kocher como Professor de Cirurgia. Em 1895, de Quervain descreveu uma forma de tendinite crônica que é agora conhecida como tendinite estenosante de De Quervain. Como Kocher, ele estudou as doenças da tireóide e é responsável para a introdução iodo ao sal de cozinha.<br />
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<b>FRIEDRICH TRENDELENBURG (1844-1924) </b><br />
<b>Trendelenburg</b> nasceu em Berlim. Ele estudou Medicina em Glasgow e em Berlim. Seu nome é associado com o sinal de Trendelenburg e a marcha de Trendelenburg que ele descreveu em 1895, associando-a com a incompetência coxo-femoral. Trendelenburg também preconizou a embolectomia pulmonar, mas foi um dos seus alunos, Kirshner quem primeiro teve sucesso com o procedimento muitos anos mais tarde, em 1924.<br />
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<b>PIERRE MARIE (1853-1940)</b><br />
<b>Marie</b> nasceu em Paris, trabalhou para Charcot a quem eventualmente substituia como Professor de Neurologia em Salpetriere. Marie descreveu a distrofia muscular peroneal (doença de Charot-Marie-Tooth). Ele foi o primeiro em associar acromegalia com um tumor pituitário em 1886. Em 1980, ele descreveu a Osteoartropatia hipertrófica pulmonar. Em 1898, ele deu os primeiros informes a respeito da Disostose craneo-clavicular observando a aplasia parcial das clavículas, o diâmetro de crânio aumentado, a dentição desordenada e a falha na ossificação das fontanelas. Também em 1898, ele publicou um artigo clássico sobre Espondilite Anquilosante a qual ele referiu como “Espondilose rizomélica”. Marie acreditava que a poliomielite era infecciosa.<br />
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<b>LOUIS XAVIER EDOUARD LEOPOLD OLLIER (1830-1900)</b><br />
<b>Ollier</b> nasceu em Vans em Ardeche e estudou a Lyons e Montpellier. Ollier, como MacEwen, executou as primeiras enxertias ósseas. Embora ambos tivessem êxito, os seus métodos e as teorias em que se embasavam entraram em feroz oposição. Em 1877, Ollier sugeriu que o crescimento ósseo poderia se inibido com o propósito de corrigir certas deformidades, através da ressecção da placa epifisária. Em 1899, Ollier descreveu a Discondroplasia ou “Doença de Ollier”. Ollier pesquisou de maneira extensa o crescimento ósseo e acreditava que seria possível um dia tratar pacientes estimulando suas cartilagens à ossificação.<br />
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<b>WILHELM CONRAD RONGTEN (1845-1923)</b><br />
Apesar de <b>Rontgen</b> ter sido um professor de Física em Wurzburg, sua descoberta dos Raios-X, e seu uso médico deu uma enorme contribuição à Ortopedia e ainda é de grande valor na prática ortopédica atual. A primeira radiografia que Rontgen fez foi a da mão de sua esposa, em 22 de dezembro de 1895. Este seria supostamente o seu presente de Natal. Rontgen recebeu o Prêmio Nobel por sua descoberta em 1901.<br />
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<b>A ERA MODERNA (A ORTOPEDIA DO SÉCULO 2O) A VIRADA DO SÉCULO. </b><br />
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O início do século XX pode ser considerado um marco decisivo para a Ortopedia. A descoberta dos Raios-X assinalou o começo dos anos 1900 e a própria Ortopedia apenas começava a ser vista como uma especialidade autônoma. Os britânicos ainda dominavam o desenvolvimento da Ortopedia, mas o “novo mundo” estava adquirindo maturidade e estavam progressivamente aumentando as contribuições feitas pelos americanos. O salto da compreensão com a introdução dos Raios-X, não foi tão dramático quanto se esperava. Ao invés disto, a virada do século foi marcada por novas instituições e associações que buscaram destacar Cirurgia Ortopédica como uma especialidade individual e crescente. Uma área onde havia uma evidente onda de informação nova com a introdução da Radiografia foi a de Osteocondrite e Osteonecrose. Embora o alemão George Clemens Perthes tenha tomado as primeiras Radiografias da doença de Perthes em 1898, o seu assistente não as publicou até 1914. Em 1903, Robert Osgood (1873-1956) de Boston descreveu uma lesão do tubérculo tibial que acontece durante adolescência. Isto hoje é conhecido como a doença de Osgood-Schlatter. O alemão Albert Hoffa (1859-1907), acentuou no seu livro de 1902, que a excisão da cabeça femoral não deveria ser rotineira para as patologias de quadril. Ele percebeu que nem todos os casos de doença do quadril tinham origem tuberculosa. Hoffa tinha interesse em escoliose mas tem o seu nome associado com a hipertrofia do coxim gorduros infra-patelar. Outro alemão chamado Georg Axhausen (1877-1960), é tido como o primeiro a ter usado a expressão Necrose asséptica. Deve-se lembrar que naquela época a necrose óssea era bastante frequente, pois não havia antibiótico e qualquer estudo a respeito de necrose óssea não infecciosa era inovador. Em um artigo que ele publicou em 1910, Axhausen escreveu que a necrose acontece nas extremidades ósseas de qualquer fratura e isto estimula a proliferação periostal que substitue a lesão. Ele também acreditava que necrose focal de osso subcondral causava mudanças na cartilagem de articular, levando a “artrite deformante”. Somente após 1950 é que o termo de Axhausen “necrose asséptica” foi substituído pelo termo “Necrose avascular”. Jacques Calve (1975-1954) de Berck, França, Arthur T. Legg (1874-1939) de Boston, E.U.A. e George Perthes de Tubingen, Alemanha, alegam todos terem descrito a doença de Perthes em 1910.Conseqüentemente esta patologia é conhecida como Doença de Legg-Perthes-Calves. Com ajuda dos raios-X, Calve verificou que alguns casos de “quadris tuberculosos” em crianças eram, na realidade, casos de coxa plana. Ele viu que estes casos raros de irritabilidade no quadril tinham evidência radiológica de coxa vara, hipertrofia da cabeça femoral, densidade aumentada, fragmentação e achatamento da epífise. Ele notou que a doença tinha uma duração clínica curta, boa recuperação, não tinha recaídas e não era associado com adenopatia ou abscesso. Calve também descreveu a Osteocondrite com colapso vertebral que atribuiu a mudanças vasculares subseqüentes a trauma (embora nós saibamos agora que o Granuloma Eosinofílico é a causa mais comum). Legg teve amplos interesses, mas é mais conhecido pelos oito documentos que ele publicou sobre coxa plana. Ele incluiu um tratamento com um dispositivo de tração do quadril, notando os limitados graus de movimento. O início do século também se caracterizou pelo progresso da Cirurgia de coluna. Russel A. Hibbs (1869-1932), era do New York Orthopaedic Hospital e em 1911, publicou um relatório sobre uma técnica de fusão vertebral que ele tinha desenvolvido. Hibbs executou a primeira fusão vertebral para tuberculose e depois executou um procedimento semelhante para escoliose. Joel Goldthwait (1867-1961) era outro do grande ortopedista de Boston. Ele tinha grande interesse em postura e em 1911, publicou uma laminectomia de L1 a S3 executada em um homem que apresentava ciática bilateral com paraplegia depois de um esforço de levantamento. Provavelmente a figura mais importante na virada do século era Sir Robert Jones (1855-1933). Realmente muitos argumentariam que ele foi o maior cirurgião ortopédico que o mundo já tinha visto. Dizia-se que quando Jones operava, o tempo parava. Jones era sobrinho do grande Hugh Owen Thomas e se tornou um dos seus aprendizes em Liverpool. Em 1896, Jones publicou o primeiro relatório do uso clínico de uma Radiografia para localizar uma bala num punho. Ele fundou várias associações e hospitais ortopédicos. Escreveu vários livros importantes como “Injuries of Joints” em 1915 e “Notes on Military Orthopaedics” em 1917. O seu livro-texto “Orthopaedic Surgery” é tido como o primeiro a ter lidado sistematicamente com o diagnóstico e tratamento de fraturas recentes. Na Primeira Guerra Mundial, Jones liderou a seção ortopédica das Forças Britânicas. Jones era defensor do transplante tendinoso, da enxertia óssea outros procedimentos conservadores e restaurativos.<br />
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<b>Primeira Guerra Mundial </b><br />
Deve-se dizer que a guerra sempre desempenhou um papel importante na história da Ortopedia. Muitos de nossos maiores colaboradores foram os cirurgiões militares e é notável quanto aprendemos sobre os antigos ortopedistas gregos através da descrição feita por Homero da Guerra de Tróia. É interessante notar que muitas das realizações durante e depois de Primeira Guerra Mundial não estavam diretamente relacionadas a danos traumáticos recebidos a guerra. Porém, podemos dizer que a Ortopedia foi definitivamente vista como uma especialidade autônoma depois da Primeira Guerra Mundial e que esta foi a primeira grande guerra onde a utilização de técnicas assépticas estavam salvando muitos mais vidas que nas passadas.<br />
<b>Jules Tinel</b> (1879-1952), de Rouen e Paris, era um neurologista na Primeira Guerra Mundial e, em l917 descreveu o que hoje chamamos “sinal de Tinel”, relacionado a trauma de nervos periféricos. Uma percussão do nervo abaixo do local do trauma responde com “formigamento” se as fibras nervosas estiverem se regenerando. Se isto estiver ausente, o prognóstico é ruim.<br />
<b>Paul Budd Magnuson</b> (1884-1968) foi um americano que ajudou em serviços ortopédicos na Primeira Guerra Mundial. Isto, aliado à sua própria prática lhe deu muita experiência em trauma. Ele escreveu um livro texto chamado “Fraturas” e nele descreveu o debridamento completo da articulação do joelho para Osteoartrose, inclusive sinovite e outras lesões degenerativas. Isto envolvia a remoção de osteófitos, meniscos danificados e raspagem da cartilagem até o osso e, se necessário, estreitando a patela. Após a guerra, um americano pelo nome de Paul N. Jepson (1893-1949) continuou o bom trabalho de Volkmann e reproduziu contraturas isquêmicas em animais. No seu artigo, de 1921, ele escreveu que as contraturas poderiam ser evitadas através da descompressão cirúrgica. Em 1927, um russo chamou M. J. Arinkin introduziu a punção esternal como um procedimento diagnóstico quando trabalhava na Clínica Médica Militar em Leningrado. Isto pode ser aplicado no estudo de metástases ósseas.<br />
Na série de grandes cirurgiões que sucederam Hugh Owen Thomas, veio <b>Thomas Porter McMurray</b> (1888-1949), que trabalhou para Robert Jones. McMurray nasceu em Belfast, mas trabalhou em Liverpool. A sua destreza cirurgia era reconhecida: ele poderia remover um menisco inteiro em cinco minutos e desarticular um quadril em dez minutos! Em 1928, McMurray publicou um artigo sobre desarranjos internos do joelho. Nele, introduziu do sinal para rotura meniscal que leva o seu nome – sinal de McMurray. Uma operação que também levou o seu nome foi uma osteotomia com deslocamento para pseudoartroses do colo femoral e artrose de quadril.<br />
Em 1932, <b>Winthrop Morgan Phelps</b> (1894 -) publicou um importante artigo sobre lesões cerebrais pós-parto. Classificou os diferentes tipos, descreveu a variabilidade da sua etiologia e uma moderna abordagem na administração destes casos. Phelps era o professor de cirurgia de ortopedia na Universidade de Yale e diretor do Centro de Reabilitação de Crianças em Baltimore. Ele fez imensas contribuições ao tratamento de paralisia cerebral e estimulou a necessidade de um interesse maior nessa disfunção.<br />
<b>Ricardo Galeazzi</b> (1866-1952) de Milan tinha uma grande experiência em Luxação Congênita de Quadril e Escoliose Idiopática, mas ficou mais conhecido pela fratura de antebraço que descreveu em 1934. É a Fratura de Galeazzi que realmente é mais comum que a de Monteggia.<br />
<br />
<b>Segunda Guerra Mundial</b><br />
O conhecimento adquirido com as lutas da Primeira Guerra ajudou no tratamento das vítimas da Segunda Guerra Mundial. Nesta, houveram menos amputações executadas, menos gangrena, melhores meios de fixação das fraturas, sem esquecer da importância de penicilina (cujos efeitos foram descobertos por <b>Sir Alexander Flemming </b>em 1928). Os alemães precisavam de medidas rápidas para recolocar os seus soldados em condições de lutar e desenvolveram vários procedimentos de fixação de fraturas durante este período. Ao lado disto, também os americanos estavam contribuindo como nunca. Um destes americanos era <b>Willis Campbell</b> (1880-1941) de Memphis, Tennessee que era o principal defensor da artroplastia de interposição naquela época. Campbell usou um transplante autógeno livre de fascia alata dobrada sobre si mesma. Ele não buscava restabelecer a anatomia original, mas sim restabelecer a função. Campbell também era uma figura chave em enxertia óssea e executou um enxerto ósseo total encravilhado e fixado com parafusos ósseos para pseudoartrose.<br />
<b>Gerhard Kuntscher</b> (1900-1972) serviu no exército alemão durante o Segunda Guerra Mundial e publicou o seu revolucionário procedimento nos primeiros meses do início da guerra. O seu trabalho se ocupou da fixação intramedular de fraturas da diáfise de ossos longos e o seu nome é associado com a haste. Kuntsher foi prejudicado academicamente. A ele nunca foi oferecida uma cátedra.<br />
<b>Martin Kirschner</b> (1879-1942) era de Greifswald, Alemanha e também era conhecido pelos seus métodos de fixação, em particular para o Pino de Kirschner ou K-wire. Ele também executou a primeira embolectomia pulmonar com sucesso.<br />
<b>Sir Reginald Watson-Jones</b> (1902-1972) era outra famosa figura de Liverpool. Durante Segunda Guerra Mundial, ele estava entre os principais professores em terapia de fraturas. Watson-Jones publicou “Fractures an Joint Injuries” em 1940 o qual permaneceu como uma referência padrão durante várias décadas tendo sido traduzido em muitos idiomas.<br />
Em 1942, <b>Albert J. Schein</b> (1910 -) de Nova Iorque, publicou um artigo que estabeleceu a doença de Gaucher como um específica e não muito rara causa de doença de quadril. Isto foi muito importante, pois muitos casos estavam sendo mal diagnosticados como Doença de <span class="skimlinks-unlinked">Perthes.Também</span> em 1942, outro americano, <b>Austin T. Moore</b> (189-1963) executou e noticiou a primeira substituição de quadril por uma prótese metálica. Pela primeira vez, ele tinha substituído a porção superior inteira do fêmur com uma prótese de vitallium. Tinha uma cabeça redonda, laçadas para inserção de músculos, e uma extremidade inferior que deslizava para o interior da diáfise fixando-se a ela. Com o passar dos anos, melhorou o desenho da prótese e a técnica cirúrgica. Em consequência, há um tipo de prótese chamado o Austin-Moore que ainda hoje é usado.<br />
<br />
<b>Depois das Guerras</b><br />
Nos anos que se seguiram à guerra, os cirurgiões ortopédicos buscaram aperfeiçoar o tratamento das fraturas, em particular com o uso de pinos metálicos e arames para fixação. Com a introdução de ligas que poderiam ser efetivamente usadas, houve também uma nova onda de próteses que foram desenvolvidas para o tratamento tanto de artrite como de fraturas problemáticas. O uso de antibióticos e de novos meios diagnósticos também facilitaram a prática ortopédica.<br />
Em 1948, <b>Knut Lindblom</b> de Estocolmo, publicou a sua técnica de injeção direta nos discos intervertebrais lombares com tintura radio-opaca. Isto reproduziu os sintomas se feito ao nível da lesão e mostrou a natureza da ruptura.<br />
Em 1949, H.<b> Lowry Rush</b> (1879-1965) usou pinos de aço puro especialmente endurecido para tratar fraturas de ossos longos.<br />
Em 1950, o grande <b>Sir John Charnley</b> (1911-1982) de Manchester escreveu um livro clássico na abordagem não-cirúrgica das fraturas, “The Closed Treatment of Common Fractures”. Charnley é, entretanto, efetivamente reconhecido como o inovador da artroplastia total de quadril. Entre outras contribuições, o desenvolvimento de um cimento acrílico auto fixante para ancorar a prótese femoral e a cúpula acetabular. Charnley também estava interessado no atrito articular e substituiu o Teflon com o uso de polietileno de alta densidade. Muitas das artroplastias totais de quadril que ele executou nos anos 60 estão ainda sólidas e servindo efetivamente aos seus pacientes. Como um australiano que estuda Ortopedia, é imperativo que eu adicionasse um grande cirurgião ortopédico australiano que também é um respeitável professor.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTHHNMCdLtSpaEZhJkbiYPRclyW0rpBxsN5_COF-TkSa4eSh8kB9ZJKP72H3wn7jJMY90uydzsuysn1CJyz54nZ5ev2xHRVqk3rx2RT-1h1xksQX3ahNi85W9eCXM4UNujmGFKp45bUnY/s1600/obra-de-andry.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<b>Ronald Lawrie Huckstep</b> (b.1926) formou-se no Middlesex’s Hospital, em Londres (1952). Ele trabalhou então em Kampala, Uganda onde ele contribuiu enormemente para a nossa compreensão sobre poliomielite. Lá ele executou operações para melhorar as vidas das pessoas com severas deformidades congênitas ou adquiridas. A simplicidade de Huckstep também o conduziu desenvolver muitas talas e outros dispositivos úteis, como também métodos novos para fixação de fraturas. Ele é o inventor da Haste de Huckstep. Tornou-se o Professor de Cirurgia Ortopédica na University of New South Wales em 1973 e publicou três livros muito úteis desde então. A preservação de padrões de cuidado e a independência de nossa profissão de interferências política ou comercial também é importante. Austrália foi afortunada nesta consideração por ter Bruce D. Pastoreie, (1932 -). Um grande Cirurgião Ortopédico que influenciou a maioria do jovens ortopedistas em Sydney, tendo estabelecido centros para o cuidado de crianças surdas e espásticas (The Sheperd Centre) e quase sozinho preservou a prática privada na Austrália nos anos 80.<br />
<br />
<br />
<b>O Futuro da Ortopedia </b><br />
(Escrito póstumo através de Eugene Sherry MD FRACS).<br />
<br />
Os desafios imediatos que estão à frente do cirurgião ortopédico moderno são: O projeto Genoma Humano (sequenciamento dos 23 cromossomos humanos; com conclusão prevista para 2003) com a promessa de terapia do gene, clone humano e implantes protéticos bovinos; controle corporativo da prática de medicina com cirurgiões que respondem aos chefes incorporados em lugar de aos seus pacientes e colegas; a ascensão da Internet como o mais eficiente intercâmbio de informação e o Fardo Global de Doença onde os acidentes causados por veículos a motor vão ser o terceira maior causa de morbidez no ano 2020. Estes desafios estão aí e estão amedrontando um pouco, mas certamente menos do que muitos dos que estiveram à frente de nossos orgulhosos antepassados e professores. Se vivo, o John Hunter estaria na vanguarda destes desenvolvimentos científicos e, eu suspeito, nos repreendendo pelo nosso atraso e abraçando tal desafio. De algum modo, a Ortopedia se perdeu produzindo os técnicos cirúrgicos (os cirurgiões somente preparados para operar) com quase nenhum compromisso com a pesquisa biomédica fundamental e a proteção da sua arte. Eu recomendo um releitura do Juramento de Hipócrates (aquele documento maravilhoso que nos serviu tão bem por tanto tempo), uma visita ao <b>Hunterian Museum</b> no Royal College of Surgeons em Londres (para ver o que John Hunter pôde alcançar sem uma educação formal nem Internet há 200 anos atrás), leia amplamente além da literatura ortopédica (deixe uma revista ortopédica e leia SCIENCE ou NATURE) para pegar um vislumbre do estímulo da Ciência e permanecer verdadeiro a seus pacientes, família e profissão.<br />
<br />
<i>Esta tradução foi feita pelo Dr. Jorge Guimarães e revisada pelo Dr. Sílvio Coelho, de matéria de página veiculada na WorldOrtho (um web site interativo criado e mantido pelo Departamento de Cirurgia Ortopédica do Hospital de Nepean em Sydney, Austrália) </i><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-9655242504004240452018-04-03T09:10:00.001-03:002018-04-03T09:22:31.955-03:00Andar na ponta dos Pés - Equinismo na criança ( pé de bailarina )<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif5av3nk_SPTeFhv0N33NBH4H8eV5eu0hT9NtSf1ITytvHB0rcxcDrjEcQsQw0QK8Go6clCW-ixMmxacYnvA9eT8evzsXI7zpdmyZmHjdzxu5AU9JLfUy6L63v969hAZDudSm1wsaf-MQ/s1600/pe+de+bailarina+07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="519" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif5av3nk_SPTeFhv0N33NBH4H8eV5eu0hT9NtSf1ITytvHB0rcxcDrjEcQsQw0QK8Go6clCW-ixMmxacYnvA9eT8evzsXI7zpdmyZmHjdzxu5AU9JLfUy6L63v969hAZDudSm1wsaf-MQ/s320/pe+de+bailarina+07.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Durante o inicio da marcha não é infrequente a criança deambular na ponta dos pés. Isso não é significado de uma alteração ortopédica. Muitas das vezes isso tem relação com a coordenação motora que ainda está em desenvolvimento. Os pais não precisam se desesperar nesses casos. A medida que ocorre o desenvolvimento, a marcha se estabiliza.<br />
<br />
Apesar disso, algumas crianças apresentam um esteriótipo de andar na ponta dos pés. Por vezes persiste por anos, apesar das reclamações frequentes dos pais. Também tendem a desaperecer nesses casos.<br />
<br />
Duas causas ortopédicas podem estar relacionadas de forma mais comumente a marcha na ponta dos pés. A primeira é a Hipóxia Peri Natal, que leva a um atraso do desenvolvimento e a uma marcha em equino. A segunda,a mais comum, é o Encurtamento Congenito do Tendão de Aquiles (ECTA).<br />
<br />
O ECTA nem sempre é detectado ao nascimento. Apesar de ser caracterizado como congênito, em muitas das vezes é evolutivo, e levamos alguns anos para confirmamos o diagnóstico. Muitas vezes, apesar de criança andar na ponta dos pés, seu exame inicial é normal e evolui com encurtamento com o passar dos anos.<br />
<br />
Após o diagnóstico, o tratamento consiste em três fases,que varia de acordo com a idade e grau de encurtamento do tendão. Quanto menor a idade e mais frouxo é o tendão, maior a chance do tratamento conservador dar bons resultados. Esse tratamento consiste na fisioterapia e aplicação da Toxina Botulinica no musculo encurtado..<br />
<br />
Entretanto, quanto maior a criança e maior a rigidez articular, maior a probabilidade de necessitar do tratamento cirúrgico. Não há uma idade ideal, depende dos fatores relacionados acima. A cirurgia consiste no alongamento cirúrgico do tendão e uma imobilização de 4 a 6 semanas. Seguida de tratamento fisioterápico.<br />
<br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-26401982429495828042018-03-28T10:13:00.004-03:002018-03-28T10:54:11.035-03:00Tocotraumatismo - Fratura de Clavicula no PartoOs diferentes atos tococirúrgicos, operações e manobras
obstétricas, a simples parturição, prolongada ou excessivamente
rápida, a demora no período expulsivo, podem originar
lesões diversas, os tocotraumatismos (TTM), tanto
na gestante quanto no concepto.<br />
<br />
Na literatura, a fratura da clavícula tem incidência que
varia de 0,5% a 3,5% dentre os nascidos vivos. A variação
observada parece estar vinculada a falhas metodológicas inerentes
a estudos retrospectivos, sinais físicos sutis a falsear
fraturas incompletas e erros na repetição dos exames. É fato
conhecido, entretanto, que os RNs macrossômicos são os
de maior risco. Além disso, num grande percentual de
casos, o evento costuma associar-se a partos vaginais.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNgfqskUcxwTx1eyZy1GwkXOxQYNNmkVpvBsW31L1var4JkHiSFVky6BTH5i1fMBgHda9r_C9cYPhiXYexm0tKTOogHDLLDsX1SHxOe9lALI7x7bDRbTx2uDaMLlqNodGymjiJlMliKK8/s1600/f5682de4377567946276aa4512ba521e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="368" data-original-width="588" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNgfqskUcxwTx1eyZy1GwkXOxQYNNmkVpvBsW31L1var4JkHiSFVky6BTH5i1fMBgHda9r_C9cYPhiXYexm0tKTOogHDLLDsX1SHxOe9lALI7x7bDRbTx2uDaMLlqNodGymjiJlMliKK8/s320/f5682de4377567946276aa4512ba521e.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: #fcfcfc; border: 0px rgb(225, 225, 225); box-sizing: border-box; color: #666666; font-family: "open sans", helveticaneue, "helvetica neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 0.85em; margin-top: 0.85em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: #fcfcfc; border: 0px rgb(225, 225, 225); box-sizing: border-box; color: #666666; font-family: "open sans", helveticaneue, "helvetica neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 0.85em; margin-top: 0.85em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A fratura da clavícula do recém-nascido pode ocorrer devido à uma distócia dos ombros. “A distócia é a denominação médica de um distúrbio ou uma dificuldade que pode ocorrer durante o parto. Essa distócia ocorre quando a distância entre os ombros do bebê é muito grande em relação ao canal do parto. Desse modo durante a execução das manobras normalmente realizadas para liberar os ombros do bebê durante o parto pode ocorrer a fratura.</div>
<div style="background-color: #fcfcfc; border: 0px rgb(225, 225, 225); box-sizing: border-box; color: #666666; font-family: "open sans", helveticaneue, "helvetica neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 0.85em; margin-top: 0.85em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Felizmente, esta é uma complicação extremamente rara que pode ocorrer durante o parto normal e tem um tratamento simples que leva a recuperação completa. “Inicialmente o recém-nascido deve ser examinado por um ortopedista com experiência no tratamento de crianças (ortopedista pediátrico). Deve ser realizado um exame físico detalhado do bebê para o diagnóstico correto. Podem ser necessárias também as radiografias. É preciso constatar se há outras lesões ou não. Se a fratura for a única lesão o braço do bebê deverá ser imobilizado até que a fratura esteja consolidada(cicatrizada). O tempo de imobilização varia entre uma a duas semanas.</div>
<div style="background-color: #fcfcfc; border: 0px rgb(225, 225, 225); box-sizing: border-box; color: #666666; font-family: "open sans", helveticaneue, "helvetica neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 0.85em; margin-top: 0.85em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-27452343012072999072017-06-26T08:36:00.000-03:002017-06-26T08:36:00.838-03:00Infecção no Quadril na Mielomeningocele<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Menor de 13 anos não deambuladora, portadora de Mielomeningocele, desenvolveu quadro de Artropatia de Charcot em quadril esquerdo e infecção secundária local. Exposição óssea através de escara trocanterica,</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUNio1TkcDsdqNjLvklh3g9b-Us4N1uZyaNZ6hWCkCoFqJOZ51OsSEyGnItsGT1zkcrKYvlZanys9rzD5cwRCNyH5yNwywuGsqU3WsfQSDoK1h9seczphicwhF1RraPAVHZPyCAiMEshE/s1600/P8020014.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUNio1TkcDsdqNjLvklh3g9b-Us4N1uZyaNZ6hWCkCoFqJOZ51OsSEyGnItsGT1zkcrKYvlZanys9rzD5cwRCNyH5yNwywuGsqU3WsfQSDoK1h9seczphicwhF1RraPAVHZPyCAiMEshE/s1600/P8020014.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUNio1TkcDsdqNjLvklh3g9b-Us4N1uZyaNZ6hWCkCoFqJOZ51OsSEyGnItsGT1zkcrKYvlZanys9rzD5cwRCNyH5yNwywuGsqU3WsfQSDoK1h9seczphicwhF1RraPAVHZPyCAiMEshE/s400/P8020014.JPG" width="400" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Submetida a ressecção óssea do fêmur proximal e antibiótico terapia venosa por 6 semanas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJNmdMofyTVHUOCRKFjI8MVxdc7KOy_vg8BOeWvmEyUC4zCJPc_OYyOaSz2Hd6fH_Fp7hAeAsBj8UKQwPKqLgx6Ju8eGJRW16AdvBnhjKLIdPRa8mtzL3PO6jxNMIcqQ4gI98lREEi9Q/s1600/P8020015.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJNmdMofyTVHUOCRKFjI8MVxdc7KOy_vg8BOeWvmEyUC4zCJPc_OYyOaSz2Hd6fH_Fp7hAeAsBj8UKQwPKqLgx6Ju8eGJRW16AdvBnhjKLIdPRa8mtzL3PO6jxNMIcqQ4gI98lREEi9Q/s400/P8020015.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Dois anos de evolução, sem recidiva.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfZO31z-tgN2i4PJ0j0ggNFKoujK5jecmIcbkf3YlKOtGY7sZoCPAPXnQQ-hK3XpX8-Natr-SBq2Cs1SAkNXt_7MmrLoHHeFKhuHpBoHUYttBaZJIW1k3Jw7ToPMRzKdP0fLYUHslAW4E/s1600/P80200151.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1278" data-original-width="1600" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfZO31z-tgN2i4PJ0j0ggNFKoujK5jecmIcbkf3YlKOtGY7sZoCPAPXnQQ-hK3XpX8-Natr-SBq2Cs1SAkNXt_7MmrLoHHeFKhuHpBoHUYttBaZJIW1k3Jw7ToPMRzKdP0fLYUHslAW4E/s400/P80200151.JPG" width="400" /></a></div>
<br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-20186063013442680122017-04-17T07:06:00.003-03:002017-04-17T07:06:31.516-03:00Escorregamento Epifisário Proximal do Fêmur: Mesa ortopédica x Mesa radiotransparente
<br />
<div style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 0px 47px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Resumo:</span></u></b></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin: 0px;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px; text-decoration: none;"><br /></span></span></u></b></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="margin: 0px;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; margin: 0px;">Objetivo: </span></b>O objetivo de nosso estudo foi o de
avaliar as possíveis diferenças no tempo cirúrgico e na qualidade do
posicionamento do parafuso canulado<span style="margin: 0px;">
</span>durante a fixação “in situ” para o tratamento cirurgico dos pacientes
portadores de epifisiólise proximal do fêmur, que tenham sido fixados ou sobre
a mesa ortopédica convecional<span style="margin: 0px;"> </span>ou<span style="margin: 0px;"> </span>em mesa radiotransparente. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; margin: 0px;">Métodos: </span></b>Foram
avaliados um total de 60 procedimentos, realizados em 50 pacientes no serviço
de Ortopedia Pediátrica do INTO/HTO Rj no período entre Janeiro de 1997 a
Fevereiro de 2005, sendo 29 ( 58 % ) deles tratados sobre mesa ortopédica e 21(
42 % ) sobre mesa radiotransparente. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; margin: 0px;">Resultados: </span></b><span style="margin: 0px;"> </span>O
tempo total médio de sala operatória dos procedimentos realizados sobre a mesa
ortopédica foi de 76,5 min ( 30 – 165 min) e sobre<span style="margin: 0px;"> </span>a mesa radiotransparente foi de 49,5 min ( 20
– 155 min).<span style="font-family: "Arial Narrow",sans-serif; margin: 0px;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Conclusões:</span></b>O tempo total de sala
operatória nos procedimentos realizados sobre a mesa ortopédica mostrou-se
superior quando comparado àqueles sobre a mesa radiotransparente, porém não se
verificou diferença com relação à sua<span style="margin: 0px;">
</span>eficácia no posicionamento do parafuso, em nenhum dos métodos
utilizados.</div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin: 0px;">O tratamento
cirúrgico é o método de escolha para os pacientes com Escorregamento Epifisário
Proximal do Fêmur. Além de assegurar a fusão fisária, o método é simples,
permite a mobilização precoce e assim reduz o risco de uma condrólise futura.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>A
fixação com parafuso único no tratamento do Escorregamento Epifisário Proximal
do Fêmur é praticamente um consenso. Contudo, mediante a disseminação da
técnica, as complicações começaram a surgir, dentre as mais comuns a
Condrólise, a Necrose Avascular e o Sobredeslizamento pós fixação.</span> </div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; margin: 0px;">A falha na técnica cirúrgica
acaba por resultar em um mal posicionamento do parafuso, podendo levar a um
desarranjo da articulação.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; margin: 0px;">
O posicionamento ideal do parafuso é no centro da epífise, perpendicular à
placa fisária e a cerca de 5 mm do osso subcondral com, pelo menos, cinco
roscas do parafuso ultrapassando a fise.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; margin: 0px;">Em busca de assegurar o correto posicionamento do
parafuso, a maioria dos autores prefere a mesa ortopédica por acreditar que
oferece uma imagem biplanar do quadril. Entretanto, ainda que utilizando as
imagens em AP, perfil e Lauenstein existe uma zona da cabeça femoral que não se
consegue visualizar.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; margin: 0px;">Apesar de pouco descrita na literatura, a técnica de
epifisiodese femoral proximal sobre a mesa radiotransparente tem sido preferida
por<span style="margin: 0px;"> </span>muitos cirurgiões e mostrou ser mais
rápida sem comprometer o posicionamento do parafuso.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Também em
nossos resultados o ato cirúrgico sobre a mesa radiotransparente mostrou-se
mais rápido, tanto nos procedimentos realizados unilateralmente como,
principalmente, naqueles<span style="margin: 0px;"> </span>realizados
bilateralmente. Nesses casos, o tempo de sala operatória dos procedimentos
realizados sobre a mesa ortopédica chegou próximo ao dobro do tempo dos
procedimentos realizados sobre a mesa radiotransparente. Essa diferença de
tempo se reproduziu em todos os graus de escorregamento, porém nos
escorregamentos moderados e graves se mostrou ainda maior. Além disso, a
diferença de tempo verificada em nosso estudo foi maior quando comparada à
obtida no trabalho de Blasier. </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-indent: 35.45pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL8xXssjR8jMGNtTfkVEVzSGwojJY4zLqZi8IFvUPPMN62obASqP1Sb7s7X766QQ8QVUfN8KP9mc0FajyqWYPVMnSVw0nP_r5zCWVL_Zz3S-xq7A-lZDhhuQ4jgGcUoPgNT945zvVPfF4/s1600/mesa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL8xXssjR8jMGNtTfkVEVzSGwojJY4zLqZi8IFvUPPMN62obASqP1Sb7s7X766QQ8QVUfN8KP9mc0FajyqWYPVMnSVw0nP_r5zCWVL_Zz3S-xq7A-lZDhhuQ4jgGcUoPgNT945zvVPfF4/s320/mesa.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; margin: 0px;">Blasier e cols. observaram que apesar do tempo de sala
operatória dos pacientes operados sobre a mesa ortopédica se mostrar
significativamente maior que o tempo daqueles operados sobre a mesa
radiotransparente, não demonstraram ao final do estudo uma correlação entre o
grau de escorregamento e o aumento do tempo total de sala operatória. Por outro
lado, os pacientes com escorregamento moderado ou grave tiveram sim um tempo de
sala operatória superior ao dos pacientes com escorregamento leve, quando
operados sobre a mesa ortopédica.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; margin: 0px;">Os pacientes operados em mesa ortopédica, em nosso
hospital, foram fixados na posição 1 com maior freqüência em todos os graus de
escorregamento, porém, curiosamente, também obtivemos um maior número de
fixações de parafusos na posição 3, entretanto sem uma diferença estatistica
significativa.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0px;">
<b><u><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Conclusão</span></u></b></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>A<span style="margin: 0px;"> </span>técnica de epifisiodese femoral proximal
sobre mesa radiotransparente é realizada em menor tempo total de sala
operatória em todos os graus de escorregamento e, principalmente, nos casos
bilaterais tratados em um único procedimento cirúrgico. Entretanto, não
conseguímos determinar os benefícios técnicos desse fato quanto a um melhor
posicionamento do parafuso canulado na epífise proximal do fêmur.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 200%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"><div style="line-height: 200%; margin: 0px; text-align: justify;">
<b><u>Autores: </u></b>
</div>
<h2 style="line-height: 150%; margin: 0px;">
<span style="line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="font-size: small;">Celso Belfort Rizzi</span><span style="margin: 0px;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-size: small;">Junior </span></span></h2>
<div style="line-height: 200%; margin: 0px; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; margin: 0px;">Erico Madureira Slama </span></b></div>
</span></span><div style="line-height: 200%; margin: 0px; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 200%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px; text-decoration: none;"><br /></span></span></u></b></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;">
</div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-51074302197866880592017-03-01T07:46:00.000-03:002017-03-01T07:46:00.867-03:00Distrofia Muscular de Duchenne
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px 47px; text-indent: -35.4pt;">
<span style="color: #1a77b9; font-family: Raleway; font-size: 18pt; margin: 0px;">Definição:</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Doença
de herança genetica ligada ao cromossoma X ( 1 para 3500, quase só meninos ),
onde existe uma destruição do miócito devido a iinstabilidade da membrana
celular. Isso leva a progressiva fraqueza iniciada na infância com perda de
função muscular e pulmonar que leva a morte natural pré matura na terceira
década.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px;">
<span style="color: #1a77b9; font-family: Raleway; font-size: 18pt; margin: 0px;">História Natural:</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Fraqueza
notada na infancia com atraso inicio da marcha e dificuldades no equilibrio.
Normalmente a marcha independente se inicia aos 2 anos. Fraqueza piora na primeira
década de vida. Fraqueza de gluteos leva a marcha com lordose lombar acentuada.
A maioria das crianças perdem a habilidade de caminhar na segunda década de
vida. Perda de função em membros superiores também é notada nesse período.
Função pulmonar diminui assim como, surge uma cardiomiopatia.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px;">
<span style="color: #1a77b9; font-family: Raleway; font-size: 18pt; margin: 0px;">Etiologia:</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;">DMD é causada por uma mutação
no gem Xp21.2, o qual codifica a proteína da membrana celular muscular. A
proteína distrofina é ausente ou se apresenta em baixos níveis. Esta proteina
esta presente também no musculo cardíaco e no sistema nervoso central.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"> </span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px;">
<span style="color: #1a77b9; font-family: Raleway; font-size: 18pt; margin: 0px;">Clinica:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik-DLEZ8w6NjZdN9Y4GnJSYgR9y-dgyOZncJWn7HcXWgA_J9gUmhCOnv2uhrb7wL9sYeMFmT51gRBxvo15jMkj1TdTVMgdXCaEdR4HukFVTqoW4ddhETWkHrUIBhvfp8idFNRYQE4Lxpw/s1600/untitled.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik-DLEZ8w6NjZdN9Y4GnJSYgR9y-dgyOZncJWn7HcXWgA_J9gUmhCOnv2uhrb7wL9sYeMFmT51gRBxvo15jMkj1TdTVMgdXCaEdR4HukFVTqoW4ddhETWkHrUIBhvfp8idFNRYQE4Lxpw/s1600/untitled.png" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Exame
físico demonstra fraqueza progressiva dos músculos proximais do ombro e
quadril. Sinal de Gower´s é positivo. Todos os caso evoluem, e perdem a
habilidade para a marcha e sustentar o tronco e a cabeça.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Todas
as articulações devem ser avaliadas para averiguar a presença de contraturas
articulares.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Os
exames laboratoriais demonstram um elevado nível do CPK, 100 vz o valor normal.
DNA Leucocitário pode demonstrar<span style="margin: 0px;"> </span>e
identificar em 60 a 70% as deleções. A biópsia muscular pode ser necessária,
caso o teste sanguíneo naõ seja conclusivo. A ENM normalmente é normal.<span style="margin: 0px;"> </span> </span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><br />
Diagnostico Diferencial</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;">Distrofia de Becker´s, Distrofia Miotonica,<span style="margin: 0px;"> </span>Distrofia Fascio Escapulo Humeral e Atrofia
Muscular Espinhal.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px;">
<span style="color: #1a77b9; font-family: Raleway; font-size: 18pt; margin: 0px;">Tratamento:</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px;">
<span style="color: #1a77b9; font-family: Raleway; font-size: 13.5pt; margin: 0px;">Terapia Medicamentosa</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Existem evidencias que o uso de corticoterapia pode prolongar
a fase de deambulação, prevenir e retardar o aparecimento da escoliose e até
prolongar a expectativa de vida.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px 0px 11px;">
<span style="color: #1a77b9; font-family: Raleway; font-size: 13.5pt; margin: 0px;">Tratamento Ortopédico</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>A
fisioterapia tem papel importante na manutenção de força muscular e prolongar o
aparecimento de contraturas articulare.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>O
uso de órteses podem ajudar a prolongar o tempo de marcha e retardar a
progressão da escoliose.</span></div>
<br />
<div style="line-height: normal; margin: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #686868; font-family: Raleway; font-size: 12pt; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>As
contraturas por encurtamento muscular podem ser aboradadas cirurgicamente mas a
taxa de recidiva é alta. As cirurgias para a correção de escoliose devem ser
realizadas precocemente, quando atingem um angulo de 20 a 30 graus Cobb. A
artrodese precoce é indicada para evitar um declinio rápido da função
respiratória.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0px 0px 11px;">
<br /></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-86794278482889616672017-02-04T16:15:00.000-02:002017-02-04T16:15:17.021-02:00Avaliação da progressão do deslizamento após fixação “in situ” para tratamento do escorregamento epifisário proximal do fêmur<br />
O escorregamento epifisário proximal do fêmur (EEPF), ou epifisiólise do quadril, é uma afecção caracterizada pelo alargamento e enfraquecimento da camada hipertrófica da linha fisária proximal do fêmur que permitirá o escorregamento da metáfise proximal em relação à epífise femoral. <br />
<br />
Objetivo: <br />
Avaliar a eventual progressão do EEPF após a fixação in situ com um único parafuso canulado.<br />
<br />
Material:<br />
No período de janeiro de 1997 a agosto de 2001 foram tratadas 35 crianças com média de idade, por ocasião da cirurgia, de 12,7 anos, que apresentavam 42 deslizamentos estáveis e do tipo crônico. Entre os pacientes, 71% eram do sexo masculino e 69% apresentavam comprometimento do lado esquerdo. A média do ângulo de Southwick no pré-operatório foi igual a 41º. No grupo em que ocorreu a progressão do deslizamento, os ângulos foram de 39º, 36ºe 53º, respectivamente. <br />
<br />
Resultado:<br />
Os prontuários e exames radiográficos na incidência de Lowenstein dos quadris das 35 crianças foram revisados e utilizados como parâmetros nas radiografias realizadas pelos pacientes no período pós-operatório imediato (até 14 dias) e após o fechamento da linha fisária. Foram determinados o ângulo de Southwick, a posição do parafuso em relação ao centro da epífise e o número de roscas que ultrapassaram a linha fisária. Em 76% não ocorreu progressão e em 10 quadris (24%) foi evidenciada acentuação maior do que 10º, quando comparadas as radiografias realizadas após o fechamento da linha fisária com as do pós-operatório imediato. A média registrada do ângulo de Southwick foi igual a 42º no pós-operatório imediato e de 43º após o fechamento da linha fisária. A análise estatística descritiva da eventual progressão do deslizamento em relação à idade, sexo, classificação do grau da doença, lado acometido, posição em que foi colocado o parafuso e o número de roscas que ultrapassaram a linha fisária mostrou que, quanto menor for o número de roscas do parafuso que irão ultrapassála, maior será a probabilidade de ocorrer a progressão. Da mesma forma, a correlação de Pearson também mostrou que a única variável de ocorrência ou não da progressão foi o número de roscas do parafuso que ultrapassou a linha fisária, permitindo afirmar com dados estatísticos a existência dessa variável. <br />
<br />
Conclusões: O número de roscas que ultrapassam a linha fisária tem importância em relação ao grau de deslizamento secundário pós-fixação dos descolamentos epifisários proximais do fêmur. O estudo sugere que pelo menos cinco roscas do parafuso, ultrapassando a linha fisária, são necessários para evitar deslizamentos secundários.<br />
<br />
RODRIGO ARAUJO GÓES DOS SANTOS, RENATO HENRIQUES TAVARES, <br />
CELSO BELFORT RIZZI JUNIOR, GERALDO ROCHA MOTTA FILHO<br /><b><span style="font-size: large;">Rev Bras Ortop _ Vol. 40, No 9 – Setembro, 2005</span></b> Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-12936100430238630192017-01-30T07:29:00.007-02:002017-01-30T07:29:45.230-02:00Osteotomia triplanar no tratamento do escorregamento epifisário proximal do fêmur<br />
RESUMO<br />
<br />
Objetivo<br />
<br />
Avaliar clínica e radiograficamente os resultados da osteotomia triplanar intertrocantérica no tratamento dos pacientes com escorregamento epifisário proximal do fêmur crônico. Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 25 quadris, de 23 pacientes submetidos à osteotomia triplanar intertrocantérica no período de 1987 a 2003, que apresentavam escorregamento epifisário proximal do fêmur crônico (EEPF). Dezesseis pacientes eram do sexo masculino e sete do feminino,com média de idade de 14 anos e um mês, que tiveram seguimento clínico e radiológico médio de nove anos e três meses. A cirurgia foi realizada em pacientes com escorregamento moderado ou grave segundo a escala de Southwick (média de 57o). <br />
<br />
Resultados<br />
<br />
A classificação clínica e radiológica de Southwick foi utilizada na avaliação dos resultados e obtiveram-se 84% de resultados excelentes e bons nos critérios clínicos dor e função e 72% de resultados excelentes e bons no critério radiológico, com avaliação final de 76% de resultados excelentes e bons. Dos quatro resultados ruins verificados, dois apresentaram condrólise e dois evoluíram com degeneração articular. Não foi observado qualquer caso de necrose avascular. <br />
<br />
Conclusão<br />
<br />
A osteotomia tridimensional intertrocantérica é boa opção de tratamento para os casos de EEPF com deslizamento maior de 30o, com resultados clínicos e radiográficos bons e excelentes em 76% dos pacientes. <br />
<br />
autores - LEANDRO ALBUQUERQUE LEMGRUBER KROPF, CELSO BELFORT TIZZI JÚNIOR, BRUNO TAVARES RABELLO, FERNANDO PINA CABRAL, JORGE PENEDO, EMÍLIO FREITAS, MARCO BERNARDO CURY FERNANDES, EDUARDO REGADO RINALDI<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXrTSzY_nbBG73cNPvalSh_1CC2XuR2umM_idkFOtEMF0G6YWCxZuUxg0Yyy88tFIskr3GaN3FUUJ_yHQDveUZ417l3ZHQzMPW6OPXJOiI9CR3b-OfXnnd6kiRo7QIam-14EOIMy_gVm0/s1600/139528.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXrTSzY_nbBG73cNPvalSh_1CC2XuR2umM_idkFOtEMF0G6YWCxZuUxg0Yyy88tFIskr3GaN3FUUJ_yHQDveUZ417l3ZHQzMPW6OPXJOiI9CR3b-OfXnnd6kiRo7QIam-14EOIMy_gVm0/s200/139528.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY1qRXzvABla9jTFhMnzj_mV782tqfGkGvb-0GPDHHwkJ6vJm-9nayKaLSJ1bPSAfZ9gxi3pCMObf7ejNMER4k4L2drnjk-z8lTl7PlKWIAPFKuEMOKb3NawlxJMSNshhC6VgDX_-8vYg/s1600/139528a.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY1qRXzvABla9jTFhMnzj_mV782tqfGkGvb-0GPDHHwkJ6vJm-9nayKaLSJ1bPSAfZ9gxi3pCMObf7ejNMER4k4L2drnjk-z8lTl7PlKWIAPFKuEMOKb3NawlxJMSNshhC6VgDX_-8vYg/s200/139528a.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY1qRXzvABla9jTFhMnzj_mV782tqfGkGvb-0GPDHHwkJ6vJm-9nayKaLSJ1bPSAfZ9gxi3pCMObf7ejNMER4k4L2drnjk-z8lTl7PlKWIAPFKuEMOKb3NawlxJMSNshhC6VgDX_-8vYg/s1600/139528a.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqkE9RfPGCtBhyJtr6u9fPZ2JAMbLd6lqs1maxHSdurVStjOrPGc7W8AL9F2fA_dbDabTA_fp6SZYJW-2HQ_atYULiXATkYQBrDjEJb5PmXK1-7gCYbC0B-fdq3yhgrl2Uixe0TMqDwc4/s1600/139528af.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqkE9RfPGCtBhyJtr6u9fPZ2JAMbLd6lqs1maxHSdurVStjOrPGc7W8AL9F2fA_dbDabTA_fp6SZYJW-2HQ_atYULiXATkYQBrDjEJb5PmXK1-7gCYbC0B-fdq3yhgrl2Uixe0TMqDwc4/s320/139528af.JPG" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ2kh_S2a2prb6jIF1W5Q6-c2sGEAfLvuw7uT3Q67Xe4WWd4Z9XGMga3GeO7Cn537pdf8t6EzT0gZIz7xq1t31EbqqnhY4qYG9OaZDEhCGa2s4_6EWSFG1he1ibF6XwvVBO3gHvJvIoRo/s1600/139528b.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ2kh_S2a2prb6jIF1W5Q6-c2sGEAfLvuw7uT3Q67Xe4WWd4Z9XGMga3GeO7Cn537pdf8t6EzT0gZIz7xq1t31EbqqnhY4qYG9OaZDEhCGa2s4_6EWSFG1he1ibF6XwvVBO3gHvJvIoRo/s200/139528b.JPG" width="156" /></a></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-85545337123042487592017-01-13T11:03:00.001-02:002017-01-13T11:03:22.692-02:00Osteoma Osteóide - Tumor benignoO osteoma osteoide é a terceira neoplasia óssea benigna mais comum, ocorrendo predominantemente em pacientes jovens do sexo masculino(1). Na maioria das vezes, os pacientes referem dor de característica inflamatória, que piora à noite e é aliviada com o uso de anti-inflamatórios não esteroides. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYwPM5-WSUpoFJ7K2nico5WPVAf5fc0BJagt8zYMTlaQ7uhyphenhyphenRSjcONMuk6Zle0ucvNfNOTv2CQCLwyQbWpntJjsZwDjsH7FvUD2zMmAi2d2G4kGEGuU5iYg8Icfl0m9gaYjEghAczv4S0/s1600/osteoid-osteoma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYwPM5-WSUpoFJ7K2nico5WPVAf5fc0BJagt8zYMTlaQ7uhyphenhyphenRSjcONMuk6Zle0ucvNfNOTv2CQCLwyQbWpntJjsZwDjsH7FvUD2zMmAi2d2G4kGEGuU5iYg8Icfl0m9gaYjEghAczv4S0/s320/osteoid-osteoma.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
O osteoma osteoide é classicamente caracterizado na radiografia convencional ou na tomografia computadorizada por uma área lítica com limites bem definidos representando o nidus central vascularizado, circundado por esclerose e espessamento cortical(2–4). A tomografia computadorizada é um excelente método de imagem para a identificação do nidus central do tumor, podendo também ser utilizada para o tratamento, guiando a remoção percutânea do nidus, como demonstrado no artigo desenvolvido por Petrilli et al.(5), publicado neste número da Radiologia Brasileira.<br />
<br />
Os autores avaliaram a ressecção percutânea do nidus guiada por tomografia computadorizada em 18 casos de osteoma osteoide e demonstraram que esta é uma alternativa segura e eficaz para a ressecção cirúrgica da lesão, reduzindo o tempo de internação hospitalar e a dor no pósoperatório.<br />
<br />
Vale a pena ressaltar que em alguns casos o nidus do osteoma osteoide não é bem individualizado por métodos convencionais, como a radiografia e a tomografia computadorizada, dificultando o diagnóstico(6–8). Nestes casos, a ressonância magnética, que vem sendo discutida em recentes estudos na literatura nacional(9–12), pode ser utilizada para auxiliar no diagnóstico diferencial, especialmente as sequências em fase e fora de fase e o estudo perfusional da lesão.<br />
<br />
Como a maioria dos tumores tende a substituir os componentes de gordura e de medula hematopoiética, o nidus do osteoma osteoide pode apresentar persistência da intensidade do sinal nas sequências fora de fase quando comparadas com as imagens em fase(13). Por outro lado, a redução da intensidade do sinal nas sequências fora de fase em comparação com as imagens em fase indicaria a presença de gordura e água na medula óssea, tornando menos provável a presença de uma neoplasia(13). <br />
<br />
O estudo perfusional do tumor também tem auxiliado bastante na identificação do nidus do osteoma osteoide e no diagnóstico dotumor. A maioria dos osteomas osteoides apresenta realce intenso e precoce pelo gadolínio, com curva de captação tipo wash-out (tipo IV), resultado da hipervascularização do nidus(9,10). <br />
<br />
Concluindo, alguns métodos de imagem podem ser utilizados na avaliação do osteoma osteoide. A tomografia computadorizada tem papel fundamental na identificação do nidus da lesão e na remoção percutânea do nidus, como demonstrado didaticamente por Petrilli et al.(5). Em alguns casos em que o nidus da lesão não é bem identificado, tornando o diagnóstico diferencial mais complicado, a ressonância magnética pode ser utilizada como ferramenta útil, especialmente o estudo perfusional e as sequências em fase e fora de fase.<br />
<br />
<br />
<br />REFERÊNCIAS<br />1. Greenspan A. Benign bone-forming lesions: osteoma, osteoid osteoma, and osteoblastoma. Clinical, imaging, pathologic, and differential considerations. Skeletal Radiol. 1993;22:485–500. 2. Woods ER, Martel W, Mandell SH, et al. Reactive soft-tissue mass associated with osteoid osteoma: correlation of MR imaging features with pathologic findings. Radiology. 1993;186:221–5. 3. Goldman AB, Schneider R, Pavlov H. Osteoid osteomas of the femoral neck: report of four cases evaluated with isotopic bone scanning, CT, and MR imaging. Radiology. 1993;186:227–32. 4. Assoun J, Richardi G, Railhac JJ, et al. Osteoid osteoma: MR imaging versus CT. Radiology. 1994;191:217–23. 5. Petrilli M, Senerchia AA, Petrilli AS, et al. Computed tomography-guided percutaneous trephine removal of the nidus in osteoide osteoma patients: experience of a single center in Brazil. Radiol Bras. 2015;48:211–5. 6. Biebuyck JC, Katz LD, McCauley T. Soft tissue edema in osteoid osteoma. Skeletal Radiol. 1993;22:37–41. 7. Ehara S, Rosenthal DI, Aoki J, et al. Peritumoral edema in osteoid osteoma on magnetic resonance imaging. Skeletal Radiol. 1999;28:265–70. 8. Costa FM, Canella C, Gasparetto E. Advanced magnetic resonance imaging techniques in the evaluation of musculoskeletal tumors. Radiol Clin North Am. 2011;49:1325–58. 9. Nakamura SA, Lorenzato MM, Engel EE, et al. Incidental enchondromas at knee magnetic resonance imaging: intraobserver and interobserver agreement and prevalence of imaging findings. Radiol Bras. 2013;46:129–33. 10. Souza CG, Gasparetto EL, Marchiori E, et al. Pyogenic and tuberculous discitis: magnetic resonance imaging findings for differential diagnosis. Radiol Bras. 2013;46:173–7. 11. Machado BB, Lima CMAO, Junqueira FP, et al. Magnetic resonance imaging in intersection syndrome of the forearm: iconographic essay. Radiol Bras. 2013;46: 117–21. 12. Terazaki CRT, Trippia CR, Trippia CH, et al. Synovial chondromatosis of the shoulder: imaging findings. Radiol Bras. 2014;47:38–42. 13. Zajick DC Jr, Morrison WB, Schweitzer ME, et al. Benign and malignant processes: normal values and differentiation with chemical shift MR imaging in vertebral marrow. Radiology. 2005;237:590–6.<br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-82081299286586549062016-12-28T10:35:00.001-02:002016-12-28T10:35:17.821-02:00Fatores de não utilização da ortese em crianças com Pé Torto<h2 class="svTitle" id="title0010">
Factors predicting brace noncompliance among idiopathic clubfoot patiens treated with the Ponseti method.</h2>
<div class="svTitle">
<ul class="authorGroup noCollab svAuthor" style="display: inline;">
<li class="smh5"><a class="authorName svAuthor" data-fn="Ayman H." data-ln="Jawadi" data-orcid="" data-pos="1" data-t="a" data-tb="" href="http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1658361215000955#" id="authname_N39643a20N395e99fc"><span style="font-size: x-small;">Ayman H. Jawadi</span></a><span style="font-size: x-small;">, </span><span class="authorDegrees"><span style="font-size: x-small;">FRCSI</span></span><a class="intra_ref auth_corr" href="http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1658361215000955#cor1" id="bcor1" title="Corresponding author contact information"></a><sup><span style="font-size: x-small;">, </span></sup><a class="auth_mail" href="https://www.blogger.com/null" title="E-mail the corresponding author"></a><span style="font-size: x-small;">, </span></li>
<li class="smh5"><a class="authorName svAuthor" data-fn="Essam M." data-ln="Al-Abbasi" data-orcid="" data-pos="2" data-t="a" data-tb="" href="http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1658361215000955#" id="authname_N39643a20N395e9aec"><span style="font-size: x-small;">Essam M. Al-Abbasi</span></a><span style="font-size: x-small;">, </span><span class="authorDegrees"><span style="font-size: x-small;">MBBS</span></span><span style="font-size: x-small;">, </span></li>
<li class="smh5"><a class="authorName svAuthor" data-fn="Hani A." data-ln="Tamim" data-orcid="" data-pos="3" data-t="a" data-tb="" href="http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1658361215000955#" id="authname_N39643a20N395e9b28"><span style="font-size: x-small;">Hani A. Tamim</span></a><span style="font-size: x-small;">, </span><span class="authorDegrees"><span style="font-size: x-small;">PhD.</span></span></li>
</ul>
</div>
<div class="svTitle">
<h1>
<span style="font-size: x-small;">Journal of Taibah University Medical Sciences</span></h1>
<div>
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<br /></div>
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<div class="svTitle">
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<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBTf0UxT-SYQM9mnzTizH7okX8WYArLpJaG3wDPeQ32MF0xRgq5QmLNNHNke57WCsoA24g0zgj_XnNXP8gppEoq3bJAId2Kpr1Ye_oc6prBVQQ4g6PL-dHPgzLDFa1uzZ7UuwH1IgoX84/s1600/P%25C3%2583%25C2%25A9s++Tortos+20161228_093016.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBTf0UxT-SYQM9mnzTizH7okX8WYArLpJaG3wDPeQ32MF0xRgq5QmLNNHNke57WCsoA24g0zgj_XnNXP8gppEoq3bJAId2Kpr1Ye_oc6prBVQQ4g6PL-dHPgzLDFa1uzZ7UuwH1IgoX84/s320/P%25C3%2583%25C2%25A9s++Tortos+20161228_093016.jpg" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBTf0UxT-SYQM9mnzTizH7okX8WYArLpJaG3wDPeQ32MF0xRgq5QmLNNHNke57WCsoA24g0zgj_XnNXP8gppEoq3bJAId2Kpr1Ye_oc6prBVQQ4g6PL-dHPgzLDFa1uzZ7UuwH1IgoX84/s1600/P%25C3%2583%25C2%25A9s++Tortos+20161228_093016.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a>O método de Ponseti é hoje o mais popular método de tratamento de pé torto congênito. O uso da órtese após a correção inicial é fundamental para evitar uma recidiva. Inicialmente deve ser utilizada por 23 hs dia nos primeiros 3 meses seguido de uso noturno por 3 a 4 anos. Isso requer um significante cuidado familiar.</div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
Vários autores sugerem que baixo nível socio econômico poderia estar relacionado a não utilização correta da órtese, dentre ele Dobbs. Entretanto isso não foi conclusivo nesse estudo. Outro fator poderia ser o numero de filhos na família, mas durante o estudo isso também não se mostrou significante. </div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
Um fator interessante é o choro, entre todas as crianças que não aderiram ao uso da órtese, o percentual de abandono chega a 25%. Por isso os autores acreditam que o ensinamento apropriado do uso da órtese e seu manejo seja fundamental. Além disso a correção completa do pé e o entendimento completo da família são fundamentais para a manutenção correto do uso da órtese. </div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
Nos casos unilaterais a estatística demonstra uma maior incidência de recidivas pelo não uso correto da órtese. São quase o dobro de numero casos quando comparados aos bilaterais. Apesar de não haver uma explicação clara, o pé não afetado tem um papel fundamental na retirada da órtese durante o período de uso. </div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
A dificuldade para apenas um dos pais em vestir a órtese é outro fator fundamental para a permanência do uso da órtese. Durante a revisão clinica foi percebida que 66% dos que não mantiveram o uso da órtese tinham a colocação isolada da órtese por apenas um dos pais.</div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
Alguns autores acreditam que o uso de órteses dinâmicas ( tipo Dobbs ) favorecem e aumentam a persistência do uso dessas órteses quando comparadas a de Dennis Brown , entretanto isso não é compartilhado por outros. Além disso, não há uma evidência cientifica neste aspecto.</div>
<div class="svTitle" style="text-align: justify;">
O que se sabe é que as órteses unilaterais tem uma maior chance de recidiva quando comparadas as órteses em dupla abdução.</div>
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<ul class="authorGroup noCollab svAuthor" style="display: inline;"><h2 class="svTitle" id="title0010">
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</ul>
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<ul class="authorGroup noCollab svAuthor" style="display: inline;"><div class="smh5">
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<li class="smh5"><span class="authorDegrees"><br /></span></li>
</ul>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-38181391066901682262016-12-15T08:09:00.004-02:002016-12-15T08:09:39.045-02:00Pectus carinatum<span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">A incidência desta deformidade varia de 0,6 a 0,97:1000,</span><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"> e é mais freqüente em homens. Na maioria das séries publicadas, há nítida predominância do PE sobre o PC, variando de 3:1 a 13:1.</span><br />
<span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">A deformidade é, na maioria das vezes, de crescimento progressivo, e pode ou não ser acompanhada de sintomas cardio-respiratórios. São relatadas palpitações, dispnéia, e sibilos, que se acentuam com o exercício, e desaparecem com a cirurgia, na ausência de doença associada.Estes pacientes evitam piscinas, praias, bem como atividades que exponham o tórax e, mesmo quando o tórax está coberto, curvam o tórax para diante, com os ombros caídos, para minimizar a visualização do defeito estético. As doenças associadas mais comumente encontradas, e responsáveis por sintomas brônquicos e pulmonares, são a asma e a bronquite crônica, que ocorrem em 16,4% dos pacientes. A cifose está presente, em maior ou menor grau, em quase todos os pacientes.</span><br />
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<span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><b>Classificação</b></span><br />
<i><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b>A) Pectus Carinatum inferior</b></span></i><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrdc1YT78RtkZTNtRDLKlcs9jckc1UIhx0kGD3FYaA5d0jRGswC0HlTtZqNK9TxSO7CU9_v4UlTzHz90H97PW3pS-G63_Kf7fc8PfzaJ_-Am76e2Zrkwe_GbGtCepxFXo8Vafb4YnEUQE/s1600/pectus-carinatum-patient-wfwwhgzwmqop.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrdc1YT78RtkZTNtRDLKlcs9jckc1UIhx0kGD3FYaA5d0jRGswC0HlTtZqNK9TxSO7CU9_v4UlTzHz90H97PW3pS-G63_Kf7fc8PfzaJ_-Am76e2Zrkwe_GbGtCepxFXo8Vafb4YnEUQE/s320/pectus-carinatum-patient-wfwwhgzwmqop.jpg" width="231" /></a><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Também conhecido como <i>Chicken Breast, Pigeon Breast</i> ou <i>Peito de Pombo</i>, é a deformidade clássica, constituída pela proeminência do esterno, principalmente na sua porção média e inferior, acompanhada, quase sempre, de depressão costal bilateral inferior, causada pelo encurvamento para baixo das cartilagens costais e das extremidades das costelas .</span><br />
<span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">A radiografia do tórax em perfil mostra protusão anterior do esterno e da sincondrose manúbrio-gladiolar, bem como a divisão evidente do esterno em manúbrio, corpo ou gladíolo, e apêndice xifóide. Dependendo da idade, observam-se os núcleos de ossificação esternais. Esta deformidade pode estar presente ao nascimento, de forma discreta, e em pequeno número de pacientes, tornando-se mais visível na puberdade, quando se acentua o seu crescimento. O PC é subdividido em PC simétrico, ou clássico, e PC assimétrico, ou PC lateral . Nos casos de PC lateral a tomografia computadorizada do tórax evidencia a obliqüidade do esterno em relação ao eixo do corpo, importante no planejamento cirúrgico.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b><i>B) </i></b><b><i>Pectus Carinatum</i></b><b><i> superior</i></b> </span><br />
<span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Também conhecido por <i>Pouter Pigeon</i>, protusão condro-manubrial com depressão condro-gladiolar ou Síndrome de Currarino-Silverman. É constituído de protusão superior do manúbrio e proximal do corpo ou gladíolo e pseudo-depressão inferior. Há protusão associada da segunda à quinta cartilagem costal, bilateralmente. O PC superior tem sido confundido com o PE, por cirurgiões inexperientes. O PC superior é subdividido em: PC superior sem depressão mesoesternal e PC superior com depressão mesoesternal.<sup>(20)</sup> Para alguns, quando com pseudo-depressão, seria forma mixta de PE/PC, afirmação não compartilhada por outros autores.</span><br />
<br />
<b>Tratamento conservador</b><br />
No Brasil, é usado, desde 1979 o compressor dinâmico do tórax (CDT), que faz compressão seletiva sobre o esterno, utilizando como contrapressão a coluna vertebral. A associação de CDT a exercícios físicos controlados é denominada de remodelagem da parede torácica. O CDT é uma órtese simples e leve, feita de hastes de alumínio, almofadas de plástico e espuma e parafusos de metal, que permitem uma compressão gradual exclusivamente sobre as áreas protusas da parede torácica anterior. O paciente deve colocar o CDT, após orientação adequada do médico, apoiando a parte posterior da órtese e do tórax à uma parede, e apertar os parafusos, até que fique firme no corpo.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC2WJjEr3rO84V_bHnId0gag8uHYz9IsDZkK2ZdhYaQ7Y2leU9LUAzxVfJqnbHAFy5Bz2XFk_WRfZ8WRo5BmPplq-Ku7gyoEwYLZlNiql33SDIvACGX4F02I_7YaPD4kHuTM4A9KFTmNk/s1600/10.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC2WJjEr3rO84V_bHnId0gag8uHYz9IsDZkK2ZdhYaQ7Y2leU9LUAzxVfJqnbHAFy5Bz2XFk_WRfZ8WRo5BmPplq-Ku7gyoEwYLZlNiql33SDIvACGX4F02I_7YaPD4kHuTM4A9KFTmNk/s400/10.jpg" width="400" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrdc1YT78RtkZTNtRDLKlcs9jckc1UIhx0kGD3FYaA5d0jRGswC0HlTtZqNK9TxSO7CU9_v4UlTzHz90H97PW3pS-G63_Kf7fc8PfzaJ_-Am76e2Zrkwe_GbGtCepxFXo8Vafb4YnEUQE/s1600/pectus-carinatum-patient-wfwwhgzwmqop.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a>As faixas e cintos fazem compressão sobre toda a caixa torácica, com prejuízos óbvios para a ventilação. O CDT exerce pressão seletiva sobre a área determinada, exercendo pouca influência sobre a respiração. O principal inconveniente da sua utilização é a necessidade do uso diário e prolongado. O paciente deve usar o aparelho durante todo o dia, só o retirando para banho e, eventualmente, no exercício físico e na fisioterapia, nos primeiros seis meses, sendo que o tratamento completo pode chegar a dois anos. A indicação do tratamento ortopédico depende da flexibilidade da parede torácica anterior, do tipo de deformidade, e da idade do paciente. <br />
A sua melhor indicação é na adolescência, quando a deformidade é flexível e redutível. Os índices de resultados excelentes e bons, dos pacientes que completaram o tratamento, foram de 68 e 24% para PC inferior, de 47 e 39% no PC lateral, e de 9 e 21% no PC superior. Os familiares devem ser avisados e orientados quanto aos maus resultados no PC superior. <br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><b>Tratamento cirúrgico</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b><i>Indicação</i></b></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC2WJjEr3rO84V_bHnId0gag8uHYz9IsDZkK2ZdhYaQ7Y2leU9LUAzxVfJqnbHAFy5Bz2XFk_WRfZ8WRo5BmPplq-Ku7gyoEwYLZlNiql33SDIvACGX4F02I_7YaPD4kHuTM4A9KFTmNk/s1600/10.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Os pais e os pacientes, equivocadamente, têm sido avisados que a esternocondroplastia para correção do PC não produz benefícios, e tem muitas complicações. Sem dúvidas, o benefício será estético, com melhora da auto-estima, da auto-confiança, do comportamento, da prática dos esportes e do convívio social próprio para a idade. O índice de complicações é baixo. A dor tem sido prevenida com analgesia peridural por quarenta e oito horas, por cateter instalado no ato cirúrgico.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">A maioria dos autores indica a cirurgia, desde que a deformidade seja evidente ou acentuada. Trata-se de uma cirurgia estética e, como tal, deve-se exaustivamente informar os pais sobre os resultados e presença de cicatriz na face anterior do tórax que, nas mulheres, é praticamente imperceptível, em virtude de a incisão ser efetuada no sulco inframamário. De modo geral, alguns autores preferem operar após os dez anos de idade mas, em casos de deformidade acentuada, nos pacientes alterados psicologicamente pela presença da deformidade com crescimento marcante, a correção pode ser feita abaixo dos 10 anos.Embora outros autores tenham utilizado técnica que denominam menos invasiva, abaixo dos 10 anos, em 87% seus pacientes,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"> as crianças que não estejam com sintomas de ordem psicológica acentuados, devido à deformidade, devem ser deixadas livres para brincar, e estimuladas para a prática de esportes, em especial a natação. Os pais são orientados a não dar demasiada atenção ao defeito, tentando minimizar a sua percepção e importância pela criança, até que idade mais apropriada para a sua correção seja atingida.<sup></sup></span><br />
<br /></span></div>
<br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-78891595827660798262016-12-05T08:12:00.002-02:002016-12-05T08:12:36.288-02:00Down - Instabilidade Atlanto Axial1- O que é Instabilidade Atlanto Axial (IAA)<br />
Aumento da flexibilidade entre a primeira e a segunda vertebra cervical. A maioria dos pacientes com Sind de Down apresentam o quo se se chama de Frouxidão Ligamentar o que afeta todas as articulações. <br />
O maior risco na IAA é o dano secundário a medula espinhal pós traumático.<br />
<br />
2- Que frequência é encontrada a IAA<br />
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</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFGxvnCc9ni5WTQtaqtgdcCajR9McdpXH8dInuoC3VFGoQZurU5xsEYbhHP6O1vHAckkOcimozqhpkn3YMYAeVwggjI_5sYPi7hrB8LGF7BB8ZLsI2Ah6QDN0_13WFUKhsdeQ-4RMNGow/s1600/COW214arr.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFGxvnCc9ni5WTQtaqtgdcCajR9McdpXH8dInuoC3VFGoQZurU5xsEYbhHP6O1vHAckkOcimozqhpkn3YMYAeVwggjI_5sYPi7hrB8LGF7BB8ZLsI2Ah6QDN0_13WFUKhsdeQ-4RMNGow/s320/COW214arr.jpg" width="228" /></a>A busca deve ser feita através do exame clinico e RX. Os exames radiológicos da cabeça e coluna cervical devem ser feitos em três posições - lateral em neutro, flexão e extensão. <br />
Avalia-se então a distancia entre o odontóide e o corpo de C1. Espaço maior que 5 mm pode ser considerado sugestivo de instabilidade.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFGxvnCc9ni5WTQtaqtgdcCajR9McdpXH8dInuoC3VFGoQZurU5xsEYbhHP6O1vHAckkOcimozqhpkn3YMYAeVwggjI_5sYPi7hrB8LGF7BB8ZLsI2Ah6QDN0_13WFUKhsdeQ-4RMNGow/s1600/COW214arr.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a>3- Qual a frequência de ocorrência de IAA<br />
85 % dos pacientes não tem evidencia de IAA, 13 a 14 % tem sinais radiológicos mas sem sinais clínicos. Apenas 1% necessitam de tratamento, os que tem sinais e sintomas.<br />
São esses - Torcicolo, fraqueza, alterações padrão de marcha, perda da continência urinária, alteração da sensibilidade nas mãos e pés.<br />
<br />
4- O que deve ser feito<br />
Exames devem ser feitos em idade pré escolar, mas não muito cedo pois antes dos 3 anos o diagnóstico pode não ser preciso.<br />
Nos pacientes com IAA, mas sem sinais clínicos, afastamento de atividades de contato, tipo futebol, saltos de trampolim, natação tipo borboleta...<br />
Naquele grupo sintomático o tratamento é cirúrgico, devendo ser realizado por cirurgião ortopédico experiente na patologia e ou neurocirurgião.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />. <br /><br /><br /> Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-16680678509706962442016-10-15T18:02:00.003-03:002016-10-15T18:02:27.657-03:00Maus-tratos infantis. Revisão da literaturaRev. bras. ortop. vol.48 no.1 São Paulo Feb. 2013<br />
<br />
Autores - Bernardo Barcellos Terra<sup> </sup>, Eduardo Antônio de Figueiredo<sup> </sup>, Morena Pretti Espindula de Oliveira Lima Terra<sup> </sup>, Carlos Vicente Andreoli<sup> </sup>, Benno Ejnisman<sup> </sup><br />
<div>
<sup><br />
</sup></div>
<div>
<div class="sec">
Introdução</div>
Uma maior conscientização dos maus tratos infantis tem contribuído para um melhor entendimento desse complexo problema. Estima-se que a incidência anual de maus-tratos seja de 15 a 40 casos por 1.000 crianças, que aproximadamente um milhão de crianças são vítimas a cada ano e que mais de 1.200 são mortas em decorrência dos maus-tratos.<sup>1</sup> <br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7txWzO_296qKBuB7RzbPfybTRzTHzRJoLzHEKabbAKrNEjJLVNAC4gTgVKQ8ALcOF0Q4PbxP39NhA2WtVY7kU4dCcD5o0UDdEkItgF6WNyeSn_CwjxmUvt58r2EbQYL2FjJ-9XaTGByY/s1600/imagem-ilustrativa-de-maus-tratos-infantis_328349.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7txWzO_296qKBuB7RzbPfybTRzTHzRJoLzHEKabbAKrNEjJLVNAC4gTgVKQ8ALcOF0Q4PbxP39NhA2WtVY7kU4dCcD5o0UDdEkItgF6WNyeSn_CwjxmUvt58r2EbQYL2FjJ-9XaTGByY/s400/imagem-ilustrativa-de-maus-tratos-infantis_328349.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Apesar da gravidade, temos uma alta prevalência do problema. Kemp et al.,<sup>2,3</sup> numa revisão sistemática de 32 estudos, concluíram que fraturas, resultantes de maus-tratos eram mais comuns em crianças menores de 3 anos, assim como múltiplas fraturas também eram mais comuns no grupo de crianças que sofreram maus-tratos. </div>
No Brasil, não temos dados estabelecidos sobre a incidência, mas segundo Ruaro et al.<sup>4</sup> estudos recentes mostram que a cada 1.000 crianças 10 são vítimas de maus-tratos e que dessas 2% a 3% morrem, com uma incidência de mortalidade similar à da leucemia. A literatura é escassa quando se trata de maus-tratos em recém-nascidos e há poucos estudos em crianças menores de um 1 ano de idade.<br />
As fraturas são a segunda forma mais comum de apresentação dessa condição e muitas vezes é o ortopedista o primeiro médico a avaliar essas crianças.<sup>5</sup> O objetivo do trabalho é fazer uma revisão da literatura sobre o tema e relatar um caso raro, nunca antes relatado na literatura, de um recém- nascido com 27 dias de vida vítima de maus-tratos, com fratura femural subtrocantérica bilateral e fratura umeral unilateral, e fazer um revisão da literatura sobre o tema. <br />
<br />
<div class="sec">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7txWzO_296qKBuB7RzbPfybTRzTHzRJoLzHEKabbAKrNEjJLVNAC4gTgVKQ8ALcOF0Q4PbxP39NhA2WtVY7kU4dCcD5o0UDdEkItgF6WNyeSn_CwjxmUvt58r2EbQYL2FjJ-9XaTGByY/s1600/imagem-ilustrativa-de-maus-tratos-infantis_328349.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a>Discussão</div>
Em 1946, Caffey<sup>6,7</sup> descreveu a associação de hematomas subdurais com fraturas de ossos longos em lactentes. Num futuro relato, confirmou que esse processo era devido a maus-tratos físicos. Em 1961 a Academia Americana de Pediatria estabeleceu a expressão <em>battered child</em>, cuja definição seria qualquer criança que sofra lesão não acidental como resultante de atitudes ou omissões por parte de seus pais ou responsáveis.<sup>8</sup> Sob o aspecto legal, considera-se criança a pessoa até 12 anos incompletos e adolescente aquela entre 12 e 18 anos.<sup>9</sup> <br />
Maus-tratos em crianças podem ser definidos como toda ação ou omissão, por parte do adulto cuidador ou adolescente de mais idade, que possa resultar em dano ao desenvolvimento físico, emocional, intelectual, moral ou social da criança ou adolescente. Podem ser classificados em quatro tipos: físicos, emocionais (psicológicos), sexuais e de negligência (omissão ou abandono).<sup>10</sup> Em 2001 o Ministério da Saúde do Brasil determinou a notificação compulsória, por parte de todos os profissionais da saúde, de qualquer forma de violência contra crianças e adolescentes, sendo que sua omissão submete o profissional de saúde a uma multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.<sup>9</sup> Cabe ressaltar que nesses casos não há que se falar em violação do dever de sigilo decorrente do exercício da profissão, trata-se de comunicação exigida por lei.<sup>4</sup> <br />
As fraturas são a segunda forma de apresentação depois das lesões de pele e aproximadamente um terço dessas apresentações será visto pelo ortopedista no atendimento inicial.<sup>11</sup> O padrão de lesões não acidentais são principalmente lesões metafisárias, múltiplas fraturas em diferentes estágios de consolidação, fraturas dos arcos costais posteriores e fraturas de ossos longos em crianças menores de 2 anos.<sup>12</sup> As fraturas dos ossos longos em crianças de pouca idade podem representar uma das principais evidências de maus-tratos físicos,<sup>13</sup> sendo que a fratura do fêmur está associada à Síndrome de Maus-Tratos (SMT) em 60% dos casos que acometem crianças menores de 3 anos<sup>11</sup> e em até 85% em crianças com menos de 1 ano.<sup>14,15</sup> Bergamaschi et al.<sup>16</sup> estudaram 35 casos de crianças menores de 3 anos que sofreram fratura diafisária de fêmur. Em 50% das crianças reavaliadas havia indícios de maus-tratos físicos e negligência como desencadeante da fratura de fêmur. Anderson relatou um índice de 79% e 83% de suspeita de SMT em crianças com menos de 2 anos e menos de 13 meses, respectivamente, quando há fratura de fêmur.<sup>17</sup> No presente caso, o menor tinha 27 dias de vida quando foi admitido no hospital, o que nos levou a ter um alto grau de suspeição e a uma certeza diagnóstica próximo de 100%.<br />
Os sinais sugestivos de abuso infantil incluem a presença de múltiplas lesões agudas (equimose, hematoma, escoriações, mordidas, queimaduras e edemas de partes moles), história prévia de abuso, hematoma subdural, alteração comportamental, presença de múltiplas fraturas (principalmente fêmur, tíbia e úmero) e/ou fraturas em vários estágios de cicatrização; entretanto, fraturas isoladas ocorrem frequentemente.<sup>18</sup> No caso relatado, o recém-nascido apresentava múltiplas fraturas, porém todas na fase aguda e sem lesões de pele ou hematomas subdurais. <br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7txWzO_296qKBuB7RzbPfybTRzTHzRJoLzHEKabbAKrNEjJLVNAC4gTgVKQ8ALcOF0Q4PbxP39NhA2WtVY7kU4dCcD5o0UDdEkItgF6WNyeSn_CwjxmUvt58r2EbQYL2FjJ-9XaTGByY/s1600/imagem-ilustrativa-de-maus-tratos-infantis_328349.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a>Segundo Pfeiffer, uma história clínica ou exame físico demonstrando sinais de lesões frequentes ditas acidentais e um inexplicável atraso entre o "acidente" e a procura de atendimento médico são sinais sugestivos gerais de maus-tratos físicos.<sup>19</sup> No nosso caso, a mãe só procurou atendimento médico em decorrência do quadro de insuficiência respiratória e febre que a criança apresentava, o que nos leva a crer que o trauma tenha ocorrido alguns dias antes do momento da admissão hospitalar.<br />
Dalton et al.<sup>11</sup> mostraram que o ortopedista é o principal investigador (em número absoluto) de maus-tratos físicos em crianças com fratura de fêmur, seguido pelo pediatra. No presente caso, o recém-nascido foi atendido inicialmente pelo pediatra em decorrência do quadro respiratório e em um segundo momento pelo ortopedista, que diagnosticou as fraturas que levaram à suspeita de maus-tratos.<br />
Pandya et al.<sup>5,10</sup> estudaram 1.485 crianças vitimas de maus-tratos ou traumas acidentais. Chegaram à conclusão de que pacientes abaixo de 18 meses que apresentavam fratura de costela, tíbia, úmero ou fêmur eram mais propensos a ter sofrido maus-tratos, enquanto os acima de 18 meses com fraturas de ossos longos (fêmur e úmero) tinham mais probabilidade de terem sofrido traumas acidentais. Lane et al.<sup>20</sup>relataram que crianças negras tiveram maiores taxas de lesões não acidentais do que crianças brancas da mesma faixa etária, mas relatou também que aquelas crianças foram mais propensas a ser avaliadas e registradas por suspeita de maus-tratos, mostrando que diferenças étnicas existem na avaliação e comunicação das fraturas pediátricas por abuso de crianças.<sup>20</sup> No caso apresentado, a mãe e o recém-nascido não eram negros.<br />
Kemp et al.,<sup>21</sup> em uma revisão sistemática de 32 estudos, concluíram que fraturas resultantes de maus-tratos eram mais comuns em crianças menores de 3 anos, assim como múltiplas fraturas também eram mais comuns no grupo de crianças que sofreram maus-tratos. Relataram também que fratura de costela era a mais provável de ser resultante de abuso de crianças (0,71, com IC de 95% entre 0,42 e 0,91), assim como a probabilidade da fratura de úmero ser em decorrência de maus-tratos foi de 0,54 (0,20 a 0,88). A de fêmur foi de 0,43 (0,32 a 0,54). Chegaram à conclusão de que durante a avaliação de fraturas individuais, o local, o tipo de fratura e o estágio de desenvolvimento da criança podem ajudar no diagnóstico de maus tratos. <br />
Gholve et al.,<sup>22</sup> em seu trabalho, relataram um raro caso de fratura do colo do fêmur em uma menina de 3 anos e que essas fraturas representam 46% das fraturas de fêmur proximal, mas que essas fraturas representam apenas 1% das fraturas em crianças. Jones et al.<sup>12</sup> relataram dois casos de lesão fisária do fêmur proximal em crianças vítimas de maus- tratos e alertaram para se pensar na possibilidade de essas lesões serem consequência de maus-tratos, apesar da dificuldade do diagnóstico, haja vista que o centro de ossificação da cabeça femural aparece com quatro meses. Portanto, esse tipo de fratura nessa faixa etária deve nos alertar para uma lesão não acidental, como no caso em questão.<br />
O médico, no diagnóstico da síndrome da criança espancada, deve ser cauteloso e fazer o diagnóstico diferencial principalmente com as seguintes patologias: osteogênese imperfeita, insensibilidade congênita a dor, escorbuto, lues congênita, doença de Caffey, múltiplas fraturas no raquitismo grave, hipofosfatemia, leucemia, neuroblastoma metatársico, sequelas de osteomielite e artrite séptica.<sup>3,18,23-25</sup> No caso em questão, foram excluídas todas as possibilidades acima citadas.<br />
Prasad et al.<sup>26</sup> demonstraram que crianças vítimas de abuso apresentavam uma pior função cognitiva e um déficit para habilidades motoras, de expressão e de recepção de linguagem durante seu crescimento. Profissionais da saúde têm, portanto, um compromisso social com a detecção e devem notificar casos suspeitos de SMT e estar preparados para identificá-los. O caso apresentado tem apenas 18 meses de evolução, porém aparentemente não apresenta nenhum déficit do desenvolvimento.<br />
A psicose puerperal é um quadro delirante, frequentemente alucinatório, grave e agudo que aparece do segundo dia a 3 meses depois do parto, ocorre na frequência de um ou dois partos para cada 1.000 e acomete mais mães primíparas e solteiras. Não há relação dessa psicose com a idade da mãe nem com sua cor.<sup>27</sup> No presente caso, a mãe se encontrava no período de ocorrência da psicose puerperal, além de ser o primeiro filho e o pai não estar presente. A mãe foi encaminhada ao departamento de psiquiatria do hospital para investigação e possível tratamento.<br />
Sabemos que aproximadamente 50% das crianças vítimas de abuso físico que retornam ao lar voltam a ser espancadas e, dessas, 20% acabam evoluindo para a morte. Portanto, deve-se ter um alto grau de suspeição no atendimento a crianças com fraturas ou lesões de pele pouco explicadas pelo mecanismo de trauma, como o relato do caso em questão, uma vez que não existe uma fratura patognomônica de maus-tratos em crianças.<sup>20</sup> O médico, diante de uma suspeita de maus-tratos, deve imediatamente comunicar a um destes três órgãos: Conselho Tutelar, delegacia de polícia ou Ministério Público. Todas essas instituições têm a incumbência de zelar pela defesa dos direitos da população infanto-juvenil.<br />
<br />
<div class="section">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="idp4377920"><!-- named anchor --></a><br />
<div class="sec">
Conclusão</div>
Deve-se sempre pensar na ocorrência de maus-tratos como diagnóstico diferencial em crianças que apresentam fraturas pouco explicadas pelo mecanismo de trauma, principalmente fraturas do fêmur em crianças não deambuladoras. O presente artigo relatou uma apresentação rara dessa condição, que em torno de 30% dos casos apresenta-se para o ortopedista no atendimento inicial e que deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar em decorrência do alto risco de reincidência e possível morte dessas crianças.</div>
</div>
<br />
<br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-62823176646274531232016-09-23T15:05:00.001-03:002016-09-23T15:05:05.956-03:00Doença de Osgood Schlatter<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr><td align="left" class="style2" scope="row" valign="middle" width="76%"><div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<b><br /></b></div>
</td><td align="right" scope="row" valign="middle" width="21%"><strong class="style5"><span style="font-size: xx-small;"><br /></span></strong></td><td align="right" scope="row" valign="middle" width="3%"></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr><td align="left" height="762" scope="row" valign="top" width="98%"><div align="justify">
<strong>Osteocondrite da Tuberiosidade Anterior da Tíbia</strong></div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPeznRLKk_0TleJRaNEFumG5ovhZ04EISFZOeuM3-EUvd49aF3t5gfdQHP7bSlGZuLqLEfPEQwQlchwyinHs6EtiIWNitnFAhNze5KLaDdklf1R4roadIXk-ibQogoU5IxsOwHohVUseE/s1600/ddb73a_1761d22e45fc488d9c1c973f7d9401de.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPeznRLKk_0TleJRaNEFumG5ovhZ04EISFZOeuM3-EUvd49aF3t5gfdQHP7bSlGZuLqLEfPEQwQlchwyinHs6EtiIWNitnFAhNze5KLaDdklf1R4roadIXk-ibQogoU5IxsOwHohVUseE/s320/ddb73a_1761d22e45fc488d9c1c973f7d9401de.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<b><br /></b></div>
<strong></strong><div>
<strong><br /></strong></div>
<strong>
<div align="justify">
<br /></div>
</strong><br />
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<strong>O que é a doença de Osgood-Schlatter? </strong></div>
<div align="justify">
<b></b><br /></div>
<div align="justify">
A perna é composta por 2 ossos: a tíbia, que fica na parte de dentro da perna e a fíbula, que fica do lado de fora. Na tíbia existe uma área chamada tuberosidade anterior da tibia, que está localizada aproximadamente 2 cm abaixo da patela e é, exatamente, neste ponto onde o tendão patelar se insere. A enfermidade de Osgood-schlatter é um aumento doloroso da tuberosidade da tíbia,e é mais freqüente em meninos, entre 12 e 15 anos de idade, principalmente os praticantes de atividades físicas, sobretudo, volei, ,, basquete e futebol e, normalmente, apresenta-se no período de crescimento rápido. </div>
<div align="center">
<br /></div>
<div align="justify">
<strong>Quais são os sintomas?</strong></div>
<div align="justify">
<b><br /></b></div>
<div align="justify">
Dor e edema na saliência abaixo, chamada de TAT.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<strong>Como é diagnosticada?</strong></div>
<div align="justify">
<b><br /></b></div>
<div align="justify">
O médico fará um exame físico do joelho e revisará os sintomas. No exame radiológico é possível verificar uma tuberosidade tibial aumentada e fragmentos ósseos irregulares ou soltos da tuberosidade da tíbia.<br />
<br /></div>
<div align="justify">
<strong>Como é tratada?</strong></div>
<div align="justify">
<b><br /></b></div>
<div align="justify">
O tratamento pode incluir:</div>
<div align="justify">
• Repouso ou atividades que não causem dor,</div>
<div align="justify">
• Compressas de gelo sobre a área afetada por 8 minutos, retirar o gelo por 3 minutos, repetir até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça,</div>
<div align="justify">
• Uso de tiras ou bandas elásticas sub-patelares, para diminuir a tração do tendão<br />
patelar sobre a inserção na tíbia,</div>
<div align="justify">
• Fisioterapia.<br />
<br /></div>
<div align="justify">
<strong>Quando retornar ao esporte ou atividade?</strong></div>
<div align="justify">
<b><br /></b></div>
<div align="justify">
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.</div>
<div align="justify">
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.</div>
<div align="justify">
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo acontecerem, progressivamente:</div>
<div align="justify">
• A tuberosidade tibial não estiver sensível,</div>
<div align="justify">
• Poder dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor,</div>
<div align="justify">
• O joelho e a perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados,</div>
<div align="justify">
• O joelho não estiver edemaciado,</div>
<div align="justify">
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar,</div>
<div align="justify">
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar,</div>
<div align="justify">
• Fazer viradas bruscas, a 45º,</div>
<div align="justify">
• Fazer viradas bruscas, a 90º,</div>
<div align="justify">
• Correr, desenhando, no chão um "8", inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade,</div>
<div align="justify">
• Pular com ambas as pernas e, depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir dor.</div>
<div align="justify">
<br />
<br /></div>
<div align="justify" class="style11">
Exercícios de reabilitação para a enfermidade de Osgood-schlatter:</div>
<div align="justify">
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado. </div>
<div align="justify">
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.</div>
<div align="justify">
Os exercícios 1 e 2 podem ter início imediato. Quando a dor já não for intensa, os demais exercícios podem ser iniciados.</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr><th align="left" height="215" scope="row" valign="top" width="28%"><br />
<br />
<br /></th><td align="left" valign="top" width="72%"><div align="justify">
<strong>1 - Alongamento de Isquiotibiais na Parede:</strong></div>
<div align="justify">
<b><br /></b></div>
<div align="justify">
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela. </div>
<div align="justify">
A perna lesionada deve estar levantada e encostada contra a parede, de modo que o calcanhar descanse contra o batente. </div>
<div align="justify">
Um alongamento muito forte será sentido, na parte posterior da coxa. </div>
<div align="justify">
Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.</div>
<div align="justify">
<br />
<br /></div>
<div align="justify">
<br /></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr><th align="left" height="201" scope="row" valign="top" width="28%"><br />
<br />
<br />
<br /></th><td align="left" valign="top" width="72%"><div align="justify">
<strong>2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:</strong><br />
<b><br /></b>
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito. <br />
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são. <br />
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede. <br />
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado. <br />
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.<br />
<br />
<br /></div>
</td></tr>
<tr><th align="left" height="171" scope="row" valign="top"><br />
<br />
<br />
<br /></th><td align="left" valign="top"><div align="justify">
<strong>3 - Alongamento do Quadriceps:</strong></div>
<div align="justify">
<b><br /></b></div>
<div align="justify">
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.</div>
<div align="justify">
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna. </div>
<div align="justify">
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<br /></div>
</td></tr>
<tr><th align="left" height="214" scope="row" valign="top"><br />
<br />
<br />
<br /></th><td align="left" valign="top"><div align="justify">
<strong>4 - Elevação Com a Perna Estendida </strong><br />
<br />
Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão. <br />
<br />
Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder. <br />
<br />
Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão. <br />
<br />
Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<br /></div>
</td></tr>
<tr><th align="left" height="129" scope="row" valign="top"><br />
<br />
<br />
<br /></th><td align="left" valign="top"><div align="justify">
<strong>5 - Extensão do Quadril de Bruços:</strong></div>
<div align="justify">
<b><br /></b></div>
<div align="justify">
Deitar sobre a barriga e contrair as nádegas, uma contra a outra, e elevar a perna lesionada, aproximadamente 10 centímetros do solo.</div>
<div align="justify">
Com a coluna reta, manter a perna elevada por 5 segundos e relaxar.</div>
<div align="justify">
Fazer 3 séries de 10.</div>
<div align="justify">
<br />
<br />
<br /></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr><th scope="row" style="border-bottom: #333333 1px solid;"></th></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr><th align="left" scope="row" valign="top" width="3%"></th><td align="left" class="style5" valign="top" width="97%"><strong><br /></strong></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-44540579790042536612016-08-15T08:39:00.004-03:002016-08-15T08:39:57.127-03:00Apofisite do Calcaneo - Doença de SeverA <strong>doença de Sever</strong>, também conhecida como <strong>apofisite do calcâneo</strong>, trata-se de uma inflamação na apófise do calcâneo que acomete crianças e adolescentes, não existe uma relação direta com as crianças que praticam atividade física.<br />
<br />
O calcâneo (osso do calcanhar) desenvolve-se sem duas partes. Até que haja a completa calcificação óssea, ocorrida entre os 8 aos 16 anos de idade, ambas as partes são ligadas por uma cartilagem, também chamadas de placas de crescimento.<br />
<br />
Esta patologia é decorrente do uso exacerbado do osso e do tendão do calcanhar, o que causa microtraumas nas placas de crescimento do calcanhar ocorridos durante a prática de exercícios físicos, ou mesmo em atividades diárias regulares.<br />
<br />
Ocorre com maior frequência entre os 7 aos 12 anos de idade, sendo que a maioria dos casos concentram-se entre os 08 aos 10 anos.<br />
<br />
As manifestações clínicas desta doença incluem:<br />
<ul>
<li>Dor ou sensibilidade no calcanhar;</li>
<li>Desconforto no calcanhar ao acordar ou quando o mesmo é pressionado;</li>
<li>Mancar;</li>
<li>Presença de dor mais intensa após caminhada ou exercício físico, bem como maior dificuldade de permanecer em pé;</li>
<li>Dor durante corrida ou ao praticar esportes que tende a diminuir com o repouso.</li>
</ul>
O diagnóstico é feito com base no histórico e manifestações clínicas apresentadas pela criança. Embora exames radiográficos não possam evidenciar lesões na cartilagem, são úteis em casos de dúvidas, uma vez que podem excluir outras lesões como a causa da dor.<br />
<br />
O tratamento para a doença de Sever engloba:<br />
<ul>
<li>Uso de almofadas ortopédicas nos calcanhares, objetivando reduzir a pressão sobre os mesmos;</li>
<li>Alongamento dos muscuos das panturrilhas de 2 a 3 vezes ao dia;</li>
<li>Repouso, gelo, compressão e elevação dos calcanhares.</li>
</ul>
<div>
<br /></div>
<ul>
<li>Rx - Apofisite do Calcâneo</li>
</ul>
<div>
<br /></div>
<ul>
<li><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx4fQyuPe25gJ2to2FiU756-eSNqmbCP3_YCxAAdFWr4tYHFLpBcokYeTpZXM2ycUpGF9-HoGTqEHwrnxM_KlBnQPITT6F4rCu3udofRnR4ZpYw5SZ8U9GxhAkEl7tUDtGBKRLyMMP16E/s1600/rxsever2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx4fQyuPe25gJ2to2FiU756-eSNqmbCP3_YCxAAdFWr4tYHFLpBcokYeTpZXM2ycUpGF9-HoGTqEHwrnxM_KlBnQPITT6F4rCu3udofRnR4ZpYw5SZ8U9GxhAkEl7tUDtGBKRLyMMP16E/s320/rxsever2.png" width="320" /></a></div>
</li>
</ul>
Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-67561655234504080352016-06-10T08:54:00.001-03:002016-06-10T08:54:28.788-03:00A importância da vitamina D para os ossosNecessitamos de vitamina para absorver o cálcio de forma eficiente e manter os níveis sanguíneos de cálcio e fosfato normais. <br />
<span class="author">Dr. Maurício Brum, </span> <time class="date" datetime="2011-08-17 09:54:21">17 de agosto de 2011</time><br />
<div>
<time class="date" datetime="2011-08-17 09:54:21"><br /></time></div>
<div>
<time class="date" datetime="2011-08-17 09:54:21"><br /></time></div>
<div>
<time class="date" datetime="2011-08-17 09:54:21">Inúmeros fatores contribuem para a saúde dos ossos. Um dos mais importantes é a ingestão de vitamina D, que ajuda o corpo a absorver o cálcio ingerido e a depositá-lo, juntamente com fosfato, no seu esqueleto. A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, que aparece de duas formas diferentes, vitamina D2 (ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol). Enquanto a vitamina D2 pode ser encontrada em vegetais, a vitamina D3 é fabricada na pele através da luz solar.<br /><br />Necessitamos de vitamina D para absorver o cálcio de forma eficiente, bem como para manter os níveis sanguíneos de cálcio e fosfato normais, que são ambos necessários para a mineralização dos ossos.<br /><br />"O cálcio e a vitamina D são nutrientes muito importantes para evitar a osteoporose. Sem a Vitamina D, o corpo não absorve o cálcio, essencial para os ossos", explica o ortopedista Dr. Mauricio Brum, ressaltando que a baixa quantidade da vitamina no organismo gera o raquitismo, que impede o desenvolvimento ósseo da criança. Já em idosos, a deficiência ocasiona osteoporose e osteomalácia, que enfraquece e amolece os ossos e gera fraturas.<br /><br /><strong>Necessidade diária</strong><br /><br />As crianças de 1-3 anos de idade devem receber 700 miligramas (mg) de cálcio por dia.<br />Crianças 4-8 anos de idade devem receber 1.000 mg por dia.<br />Os adolescentes devem receber 1.300 mg de cálcio por dia.<br />Adultos até 70 anos de idade devem receber 1.000 mg por dia. Mulheres e mais 51 devem receber 1.200 mg / dia.<br />Mulheres e homens 71 e deve receber mais de 1.200 mg por dia.<br /><strong><br />Quais alimentos são ricos em vitamina D?</strong><br /><br />A vitamina D é encontrada em alguns alimentos de origem animal e em produtos industrializados que são enriquecidos com a substância, como leite e derivados, cereais e biscoitos. Conheça:<br /><br />Peixes gordos - anchova, arenque, atum, cavala, cherne, enguia, espadarte, lampreia, moréia, salmão, sarda e sardinha.<br /><br />Gema de ovo - valem os ovos de galinha, codorna, pata etc.<br /><br />Fígado - é uma importante fonte de vitamina D. Mas não é aconselhável comê-lo sempre, porque o fígado, no corpo do animal, é o órgão que metaboliza toxinas, medicamentos e hormônios.<br /><br />Óleo de fígado de bacalhau - pode ser encontrado à venda na forma de cápsulas. Mas é importante verificar a qualidade do produto antes de tomar.</time><b></b></div>
<br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-4931148789461838602016-05-10T17:36:00.001-03:002016-05-10T17:36:15.737-03:00Importância do sono para o desenvolvimento da criançaO sono é um processo fisiológico dinâmico e ativo, o qual possui grande impacto em vários aspectos da saúde, das funções corporais e do desenvolvimento. No transcorrer dos primeiros anos de vida, ocorrem um grande número de importantes mudanças no crescimento e no desenvolvimento neuromotor.<br />
<br />
Dessa forma, a boa saúde do sono é de extrema relevância para as crianças e adolescentes por várias razões, desde o descanso físico e restauração energética até a influência sobre o crescimento e desenvolvimento.<br />
<br />
Cuidar do sono de seu bebê, desde o princípio, é bom para ele e para você. Veja dicas de especialistas – pediatras, psicólogos e pais como você – para as noites tranquilas que todos merecem.<br />
<br />
A imagem de um anjinho dormindo no berço para muitas mães não dura tanto quanto deveria: descansar suficientemente. Para o recém-nascido, o sono é em geral picotado pelas mamadas, que se repetem a cada duas horas, vai lá, três horas. São exceções felizes as mães cujos filhos logo atravessam a madrugada sem acordar. Superar essa fase cansativa é algo que vem aos poucos, naturalmente em parte, mas com cuidado para que os intervalos da fome noturna comecem a se ampliar até que o bebê durma a madrugada toda – quer dizer, pelo menos as seis horas suficientes para que todos se recomponham e estejam bem para o próximo dia!<br />
<br />
Embora o sono seja em parte um instinto natural, para que ele aconteça de uma forma regrada (e dure a noite toda!) é preciso criar uma rotina que garanta ao bebê um sono tranquilo, atenção que será necessária durante toda a infância do seu filho.<br />
Fato: aos 6 meses, a maioria das crianças têm condições de dormir a noite toda – e, se isso não ocorrer, está mais do que na hora de você começar a atuar para que isso aconteça. Em algumas fases do desenvolvimento – como quando começa a andar ou ir à escola – a criança pode ter recaídas, com dificuldade em pegar no sono sozinha ou com acordadas frequentes durante a noite. Mas se os bons hábitos já estiverem implementados, a tendência é que rapidamente retome o padrão habitual.<br />
<br />
<strong>Entendendo o sono</strong><br />
O sono é dividido em ciclos. Para o bebê, cada ciclo dura 50 minutos (isso do nascimento aos 2 anos), contra os 90 minutos do ciclo do adulto. O que acontece é que, na transição de um ciclo a outro, há um breve despertar antes do ciclo seguinte. Sem saber que isso é natural e que nessa hora seu bebê pode dar uma resmungada e até uma choradinha, muitos pais supõem que ele esteja acordando. Ao serem muito rápidos em atender essa ameaça de choro, acabam fazendo com que a criança realmente desperte, e não consiga retomar o sono tranquilo. Mas, se os Pais se mantêm calmos, vai surgindo uma mútua confiança entre todos, que encoraja o crescimento do bebê e ajuda a construir uma autoestima forte.<br />
Outro aspecto a ser considerado é que a relação entre a mãe e o bebê, que é um grude no começo, deve gradativamente dar lugar a um processo de autonomia do filho. E pegar no sono é, justamente, uma das primeiras coisas que o bebê pode aprender a fazer sozinho. Do lado da mãe, mesmo sem ter consciência, ela pode reagir mal a isso, usando o peito ou mamadeira para a manutenção dessa simbiose por um período maior que o necessário. E, com isso, acabar prejudicando seu filho do ponto de vista psicológico. E a si mesma, com uma rotina que a desgasta demais.<br />
<br />
<strong>Insônia do bebê, estresse da mãe</strong><br />
A insônia do bebê – sim, pode-se falar em insônia, já que é um problema de falta ou inconstância do sono que se torna repetitivo – em geral é ligada a fatores externos e comportamentais, como não ter passado pelo ritual habitual para o início do sono ou estar excitado. O excesso de estimulação de uma casa movimentada demais ou de Pais que começam a agitar a criança em horário já de dormir também atrapalham. Mas, no polo oposto, a reação à falta de atenção dos Pais ou dos cuidadores pode também dar em noites em claro. Isso tudo costuma ser tratado pelos especialistas com o que eles chamam de higiene do sono – um conjunto de práticas que buscam trabalhar todos esses aspectos e que contribuem para o relaxamento e manutenção do sono. É também possível que uma criança tenha uma insônia que seja consequência de um problema ou doença física, e isso poderá ser investigado por um pediatra se as mudanças de hábitos não derem conta de provocar noites tranquilas na sua casa.<br />
<br />
<strong>Métodos de sono ideal</strong><br />
Entrevistamos o pediatra Claudio Len, pai de Francisco, Beatriz e Sílvia, a psicóloga Renata Soifer Kraiser, mãe de Nicole e Laura, e a neurofisiologista Ana Chrystina Crippa, filha de Ana Maria e José para enumerar essas dicas para ajudar seu filho a dormir bem. Junto, os depoimentos de pais que atestam que funcionam!<br />
<strong>1 – Diferenciar dia da noite –</strong> logo que nasce, um bebê pode passar longos períodos dormindo, o tempo quase todo. A intervalos, mais ou menos regulares, acorda para mamar, pouco se importando se é dia ou noite.<br />
Cabe à mãe colocar um ritmo aos poucos, diferenciando o dia da noite mantendo as janelas abertas, luz natura no quarto do bebê e o barulho cotidiano normal da casa durante o dia. Tudo isso se contrapondo ao escuro e silêncio da noite.<br />
<strong>2 – Administração das mamadas –</strong> deixar mais livres as mamadas do dia, de forma que o bebê ingira um volume de leite maior e, em contrapartida, diminuir aos poucos as mamadas durante a noite. Isso ajuda a dar uma organização no biorritmo natural. Aos 6 meses, com a introdução das papinhas no esquema de refeições e lanches usuais, isso se consolida e a criança começa a ter mais condições de gradativamente passar a dormir a noite inteira.<br />
A mãe que recomeça a trabalhar fora pode achar boa ideia amamentar durante a madrugada. Pode ser uma cilada, já que, mais do que nunca, ela precisa dormir bem com a jornada dupla! O jeito é buscar uma solução, talvez com uma mamada-ceia por volta da meia-noite e outra bem cedinho, garantindo seis horas de sono ininterruptas para os dois.<br />
Quando a criança completa 1 ano, uma rotina bacana seria jantar, mamar por volta das 20 horas e depois acordar apenas às 6 horas.<br />
<strong>3 – Ritual repetido –</strong> criar um ritual de atividades que sempre anteceda a hora de ir dormir faz a criança começar a associar esse momento ao sono. O banho, por exemplo, pode ser um marco que separa o dia da noite. É bom que seja seguido de uma massagem, que ajuda a criança a relaxar e a ficar satisfeita com o contato da mãe. Aí começa a terceira etapa, com uma atividade tranquila e que seja oportunidade de estreitar o vínculo entre os Pais e a criança… mas isso a gente explica melhor no próximo item.<br />
<strong>4 – A voz dos Pais é o melhor acalanto –</strong> a música de ninar, com seus sons repetitivos e simples, pode ser o último passo de uma noite tranquila. Ao perceber que uma canção tem efeito relaxante sobre a criança, não hesite em torna-la a música oficial de nanar – dessas coisas que vão fazer parte de memória afetiva do seu filho a vida toda.<br />
A leitura de livros é indicada a partir dos 2 anos de idade. As historinhas podem até, eventualmente, ajudar a falar um pouco sobre os medos noturnos e a mostrar uma opinião positiva e gostosa da hora de dormir, com um tipo de associação simples do tipo: “Se o meu personagem preferido gosta de dormir, eu também posso gostar”.<br />
Para a criança, ouvir a voz dos Pais – seja cantando ou contando uma história – é algo que transmite a segurança de tê-los por perto e uma confiança gostosa. O efeito pode ser obtido também com uma prece ou com um comentário sobre o dia.<br />
“Quando eram bebezinhos, eu os pegava e ficava passando meu rosto perto do deles, fazendo carinho e cantava baixinho. Depois de um tempo vinha aquele suspiro de alívio e dormiam. Até hoje, já com 4 anos, eles me pedem: mamãe, canta que eu estou com sono!” – Viviane Sasaki, mãe dos gêmeos Marcus Vinicius e João Gabriel.<br />
<strong>5 – Meia-luz –</strong> a luz pode não afetar o sono do recém-nascido, contudo, mais para frente, quando o bebê começa a ver melhor, pode ser uma fonte de estímulo e afetar a capacidade de adormecer da criança. Dessa forma, caso ela não apresente medos noturnos – quando pode se sentir mais protegida com um ponto de luz leve – deverá dormir num ambiente escuro.<br />
<strong>6 – Um travesseirinho ou mascote de pano –</strong> quando a criança ainda é pequena, é recomendável (e muito importante para o bom desenvolvimento emocional) que ela se apegue a um paninho, travesseiro ou bichinho. É o chamado objeto transicional. Ele cumpre a função de transição entre a realidade externa e a mente do bebê, fazendo com que, aos poucos, ele vá introjetando um sentimento de proteção e segurança que vem dos Pais e passa para esse objeto escolhido – que deve ser algo macio e seguro para o bebê.<br />
A chupeta, que também pode ser usada para auxiliar a adormecer, pode ter alguma função calmante por diminuir as excitações da fase oral da criança, mas não tem a mesma função do objeto transicional.<br />
“Quando ele não quer dormir imediatamente, pede leite para ganhar um tempo. Dou, então, a mamadeira. Depois, levo ele para a cama e o deixo com seus carrinhos. Em questão de minutos ele pega no sono.” – Thayssa Sarmento, mãe do Ricardo, de 2 anos.<br />
<strong>7 – Hora de dormir –</strong> o ambiente e a rotina familiar interferem muito no sono das crianças. Num ambiente mais calmo, temos crianças mais calmas, e o contrário também acontece: agitação gera agitação. Esqueça as brincadeiras ou programas excitantes antes de dormir (televisão ligada, inclusive), se quiser que seu filho tenha uma noite de sono reparadora. É preciso ter um horário para dormir. E tentar ao máximo não mudar a rotina, evitando diferenciar dias de semana e finais de semana.<br />
“Mudei logo o ritmo de casa, cortei até a televisão depois das 22 horas. Passei a ler mais à noite, e aproveitar para ficar com o André, meu marido. Faço questão de não ter nada no ambiente que desperte a atenção dela.” – Bruna Andrade, mãe da Alice, hoje com 5 anos.<br />
<strong>8 – Hora de dormir 2 –</strong> conforme as crianças vão crescendo, começam a pedir e insistir para ficar com os Pais, a se recusar a ir para cama. É hora da “função paterna” contra a relutância em dormir, que pode ser exercida por qualquer pessoa responsável pela criança com a colocação clara de limites. Regras são necessárias para o bem-estar da criança. Com segurança, mas sem a necessidade de gritos e brigas, que terminam por provocar mais.<br />
“Sabemos que a agitação não é ideal para uma boa noite de sono. Mas, quando chegamos do trabalho, bagunçamos com ele. Depois organizamos juntos tudo. Aí, vem banho e cama. Hoje, quando é hora de arrumar as coisas, ele já sabe: “ôpa, hora de baixar a bola.” – Alex Queiroz, pais de Nicolas, 3 anos.<br />
<br />
<strong>De 0 a 12</strong><br />
De acordo com um levantamento feito pelo Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência (SEPIA) da universidade de São Paulo, os distúrbios do sono são diferentes nas diversas fases da infância. A pediatra Sonia Maria Baldini, autora da pesquisa, enumerou para a Pais e Filhos os distúrbios mais comuns em cada faixa etária:<br />
<strong>– Bebês de 0 a 3 anos – </strong>doenças infantis são causas frequentes de inúmeros distúrbios do sono, como dormir demais, falta de sono, sonolência diurna, sono agitado, apneias, despertares muito frequentes. É que nariz entupido, tosse, febre, coceiras podem ocasionar uma noite mal dormida. As causas alimentares – a falta ou excesso de apetite – também influem no sono. O pediatra costuma checar tudo isso para tratar e orientar a família.<br />
<strong>– De 3 a 6 anos –</strong> nesta faixa etária ainda são comuns os medos do escuro, de fantasmas, de monstros e, às vezes, de ladrão. Isso porque as crianças ainda têm dificuldade de diferenciar as suas fantasias da realidade. E, nesta idade, é comum que as crianças despertem por causa de sonhos e pesadelos.<br />
<strong>– De 5 a 12 anos –</strong> nesta fase, pode aparecer o sonambulismo, o terror noturno (quando a criança acorda assustada, mas sem ter pesadelo), sonilóquio (falar dormindo), bruxismo (ranger os dentes), enurese noturna (xixi na cama) e os pesadelos. Essas manifestações não costumam despertar maiores preocupações, se forem leves e esporádicas. Seu pediatra poderá encaminhar para um especialista para esclarecimento diagnóstico, se as manifestações estiverem prejudicando o sono.<br />
<strong>Deixar chorando, pode?</strong><br />
Quando os Pais já estão desesperados e exaustos, às vezes experimentam o método de “choro controlado”, muito usado em outras gerações, e que significa deixar o bebê chorar até que durma. Embora já tenha sido bastante usado, muita gente, como a psicóloga especialista em ritmos de sono do bebê e da criança, Teresa Sousa, consideram hoje que esse método afeta a confiança que o bebê desenvolve com os Pais e compromete a sua noção de segurança.<br />
<br />
Teresa lembra que é importante considerar as razões do choro – que pode ser fralda molhada, cólicas, sede, roupa apertando, frio ou calor. É necessário que os Pais saibam entender o choro, traduzindo essa linguagem dos bebês, que é um pedido de algo. Outra coisa é quando se trata de um chorinho tipo “reza”, que vai passando até o bebê adormecer – e que nem chega a ser exatamente “chorar”.<br />
Todo esse cuidado e atenção é fundamental para o desenvolvimento da relação de confiança entre a criança e os Pais. “Ou seja, ao deixar o bebê chorando sozinho estamos indo contra a base de um sono saudável – que é sentimento de conforto e segurança”, completa a especialista.<br />
A alternativa é deixar o bebê no berço e manter um contato físico com ele até que se acalme. Aos poucos, você pode passar a se manter no quarto, mais distanciado, e progressivamente, mais e mais, até que ele passe a dar conta de dormir sozinho.<br />
Este é mais um artigo cujo objetivo é orientar e ajudar os <strong>Srs. Pais</strong> no pleno desenvolvimento dos pequenos.<br /><span style="font-size: xx-small;">Fontes:<br /> A importância do sono para o crescimento<br /><a href="http://www.clinicamonpetit.com.br/blog/a-importancia-do-sono-para-o-crescimento/" target="_blank">http://www.clinicamonpetit.com.br/blog/a-importancia-do-sono-para-o-crescimento/</a></span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-9180436475656835172016-04-07T10:33:00.001-03:002016-04-07T10:33:19.154-03:00Impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e puberdade de crianças e adolescentes <br />
Crésio Alves1, Renata Villas Boas Lima2<br />
<br />
Instituição: Serviço de Endocrinologia Pediátrica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Upes) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil<br />
<br />
1Doutor, professor de Pediatria, coordenador da Residência Médica em Endocrinologia Pediátrica do Hospital Upes da Faculdade de Medicina da UFBA, Salvador, Bahia, Brasil 2Médica residente em Endocrinologia Pediátrica no Hospital Upes da Faculdade de Medicina da UFBA, Salvador, Bahia, Brasil<br />
<br />
Objetivo: Apresentar revisão atualizada e crítica sobre o impacto do esporte e da atividade física no crescimento, desenvolvimento puberal e mineralização óssea de crianças e adolescentes. <br />
<br />
Vários estudos com crianças e adolescentes têm demonstrado o benefício da atividade física no estímulo ao crescimento e desenvolvimento, prevenção da obesidade, incremento da massa óssea, aumento da sensibilidade à insulina, melhora do perfil lipídico, diminuição da pressão arterial, desenvolvimento da socialização e da capacidade de trabalhar em equipe. Também é conhecido o fato de que a atividade física realizada de forma imprópria, em desacordo com a idade, com o desenvolvimento motor e com o estado de saúde, apresenta riscos de lesões como: trauma, osteocondrose, fratura e disfunção menstrual. <br />
<br />Os mecanismos de carga impostos pelos exercícios aumentam a densidade mineral óssea independentemente do sexo e da idade de quem os pratica(9). Porém, o exercício físico realizado próximo ao pico máximo da velocidade de crescimento, ou seja, no início da puberdade, é mais efetivo para potencializar o ganho de massa óssea(1,9). Os efeitos osteogênicos dos exercícios dependem ainda da magnitude da carga e da freqüência de aplicação que, quando repetidas, resultam em hipertrofia óssea(9). Dessa forma, atividade física regular durante a infância e adolescência pode atuar na prevenção de distúrbios ósseos, como a osteoporose. O treinamento de força com impacto (por exemplo, corrida, ginástica, dança, basquetebol, atletismo) proporciona maior incremento da densidade mineral óssea comparado ao de resistência aeróbica, como ocorre na natação e no pólo aquático. Ambos os tipos de treinamento promovem aumento da densidade mineral óssea em comparação à não realização de qualquer uma dessas atividades. <br />
<br />
Enquanto a atividade física moderada estimula o desenvolvimento ósseo, o atraso puberal resultante do treinamento físico vigoroso pode comprometer a aquisição da massa óssea ideal. Em adolescentes do sexo feminino, o excesso de exercício pode causar hipoestrogenismo, com redução do ganho de massa óssea, o que pode ser, em casos graves, irreversível a despeito do retorno da menstruação, da reposição estrogênica e da suplementação com cálcio. A redução da densidade mineral óssea também pode ser observada em adolescentes do sexo masculino submetidos à atividade física extenuante. A menor densidade mineral óssea aumenta o risco de fraturas de estresse e de instabilidade da coluna vertebral, com desenvolvimento de escoliose. <br />
<br />
Os efeitos benéficos da atividade física são evidenciados nos mais variados órgãos e sistemas: cardiovascular (aumento do consumo de oxigênio, manutenção de boa freqüência cardíaca e volume de ejeção), respiratório (aumento dos parâmetros ventilatórios funcionais), muscular (aumento de massa, força e resistência), esquelético (aumento do conteúdo de cálcio e mineralização óssea), cartilaginoso (aumento da espessura da cartilagem, com maior proteção articular) e endócrino (aumento da sensibilidade insulínica, melhora do perfil lipídico).<br />
<br />
<b><u>Recomendações para a prática esportiva saudável de crianças e adolescentes</u></b><br />
Encorajar crianças a participar de esportes consistentes com suas habilidades e interesses<br />
Orientar atividade física apropriada para crianças e adolescentes com necessidades especiais ou limitações <br />
Acompanhar crescimento (peso, altura) e evolução do desenvolvimento puberal <br />
Assegurar dieta balanceada com aporte calórico, de cálcio e de ferro adequados Prover condições de exercício seguras Ficar atento para complicações físicas (tendinites, apofisites) e emocionais (transtornos alimentares, distúrbios do sono, ansiedade) <br />
Aumentar o tempo de recuperação quando realizar atividades físicas de carga elevada Priorizar as atividades aeróbicas em lugar das anaeróbicas<br />
Evitar situações nas quais sejam necessárias apnéias prolongadas (mergulho, halterofilismo) No treinamento de força, evitar cargas elevadas sobre a coluna <br />
Nas atividades que exijam alta coordenação motora, ter em mente o desenvolvimento psicomotor da criança <br />
Priorizar movimentos e habilidades naturais no lugar de exercícios elaborados<br />
<br />
<b><u>Considerações finais</u></b><br />A atividade física leve a moderada tem efeito benéfico sobre o crescimento estatural e o desenvolvimento ósseo, enquanto a atividade física intensa atenua o crescimento, podendo causar atraso puberal e diminuição da mineralização esquelética. Diferentes modalidades esportivas não têm efeitos específicos no sentido de aumentar ou diminuir a altura final. O que ocorre é um viés de seleção no qual crianças com baixa estatura são recrutadas para alguns esportes (ginástica olímpica) e as de alta estatura para outros (basquete) em função do um possível melhor desempenho na atividade. Embora seja um tema controverso, a prática de musculação por crianças pré-púberes não é recomendada, a não ser sob supervisão especializada. Como não é possível saber se pais, técnicos e professores podem supervisioná-los, a musculação, embora permitida, deve ser recomendada com cautela para pré-adolescentes. As demais atividades físicas aeróbicas serão indicadas a depender da idade, sexo, estágio puberal e estado de saúde da criança.<br />
<br />
trabalho na integra em - http://www.scielo.br/pdf/rpp/v26n4/a13v26n4.pdf<br />
<br />
<br />Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-3619916848053562402016-03-07T09:34:00.003-03:002016-03-07T09:36:01.083-03:00Abordagem à Criança Vítima de Trauma <b><u><span style="font-size: large;"></span></u></b><br />
<i>Sulim Abramovici *, Renata Waksman ** * Supervisor do Projeto Socorro Pediátrico do Hospital Santa Marcelina ** Pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein ** Membro do Departamento Cientifico de Segurança da Criança e do Adolescente da SBP</i><br />
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<br />
I - INTRODUÇÃO <br />
Trauma e a doenca do seculo XX e pode ser classificada corretamente como uma epidemia que, se não forem tomadas medidas eficazes para um programa nacional de prevenção, devera se transformar em uma tragédia mais intensa no inicio do novo milênio. As causas externas (acidentes e violências) representam em nosso pais, a principal causa de morte nas crianças e adolescentes na faixa etária de 5 a 19 anos. Contribuem com 57% do total de mortalidade na faixa de O a 19 anos, segundo dados do Ministério da Saúde de 1995, publicados em 1998, sendo que os acidentes de transporte representaram 30% deste total. A região sudeste do pais contribui com o maior numero de mortos devidos a estas causa, seguida da região nordeste. Os principais traumas que levam a morte em nosso pais são os atropelamentos, quedas, afogamentos etc., mas as violências (homicidios, suicidio) na faixa da adolescência assumem importante papel, sobrepondo-se as demais causas. Infelizmente muitas dessas crianças apresentam traumatismo craniano, a despeito de leis recentes que tomam obrigatorio o uso de cintos de seguranca nos automoveis e das campanhas de prevenção de acidentes. As quedas são outra causa comum de traumatismo na infancia e, em geral, ocorrem em criancas menores. A vitimização e outro problema significative que exige atenção dos pediatras que atendem criancas acidentadas no ambiente domestico. O impressionante aumento de crimes violentos nas grandes cidades resultou em um aumento do numero de traumatismos penetrantes em criancas. Atualmente sete em cada dez adolescentes, morrem por causas extemas. A morte por trauma apresenta uma distribuição trimodal: quando o indice de mortalidade e plotado em função do tempo apos lesão, aparecem tres picos: <br />
Primeiro pico - Mortes imediatas que ocorrem na primeira hora e invariavelmente são causadas por lacerações do cerebro, tronco cerebral, medula espinal, coração e grandes vasos. <br />
Segundo pico - Mortes precoces que ocorrem nas primeiras 4 horas e são geralmente causadas por hemorragia intensa resultante das lesões no sistema respiratorio, orgãos abdominais e sistema nervoso central. Quase todas as lesões deste grupo são consideradas trataveis pelos procedimentos medicos disponiveis atualmente. O intervalo entre a lesão e o terapeutico definitive e critico para a recuperação. <br />
Terceiro pico - Mortes tardias representam as pessoas que morrem dias ou semanas apos o trauma. Em quase 80% dos casos, a morte e causada por infecção ou falencia de multiples orgãos. <br />
A regionalização e hierarquização do atendimento medico, associadas a criação de Centros de Trauma são de importancia vital para a redução da morbidade e mortalidade, representando a melhor forma de oferecer tratamento continuo desde o evento ate a reabilitação. No Brasil, com frequencia os principals procedimentos que deveriam ser prestados nos hospitals encaminhadores não foram realizados, como por exempio, intubaâo, venoclise, expansão de volume, drenagem de torax, imobilização de fraturas, tratamento de ferimento e acompanhamento medico. As criancas que morrem logo apos o acidente, tern como principais mecanismos de morte: comprometimento das vias aereas, cheque hipovolemico e lesão do sistema nervoso central. A abordagem das vias aereas e o componente mats critico da reanimação inicial de uma crianca traumatizada. Para o trauma craniencefalico e de suma importancia a ventilação e oxigenação adequadas para minimizar lesões cerebrais. Os coeficientes indicam a existencia de um numero muito alto de acidentes fatais, cujas caracteristicas evidenciam a necessidade de medidas que evitem que as criancas e adolescentes permanecam tão vulneraveis e tambem deixam patente a necessidade de se tentar melhorar a assistencia as vitimas de trauma. <br />
<br />
II - SUPORTE AVANÇADO DE VIDA <br />
O atendimento inicial da crianca politraumatizada obedece a sequencia "ABCDE", segundo rotina do curso Suporte Avancado de Vida em Pediatria, da American Heart Association. <br />
A = "airway" = vias aéreas <br />
B = "breathing" = respiração <br />
C = "circulation" = circulação <br />
D = "disability" = avaliação neurológica <br />
E = "exposure" = exposição <br />
A - VIAS AEREAS <br />
A crianca apresenta diferencas anatomicas quando comparadas ao adulto, que tomam mais dificeis a manutenção das vias aereas permeaveis e a intubação traqueal. <br />
O estabelecimento de via aerea permeavel com proteção simultanea da coluna cervical e muito dificil na crianca vitima de politraumatismo. As vias aereas são <br />
facilmente obstruidas por corpos estranhos como sangue, muco e fragmentos de dente, e devem ser limpas e aspiradas com cuidado, eventualmente com pincas adequadas. Lesão de coluna cervical e menos comum em crianca, comparandose com os acidentes de adultos, porque a coluna e mais elastica e movel do que a do adulto e as vertebras, menos rigidas, são menos predispostas a fraturas. Apesar disso, o risco e grande, porque as criancas estão sujeitas a maiores forcas inerciais aplicadas ao pescoco durante o processo de aceleração-desaceleração, que ocorre principalmente em acidentes automobilisticos e quedas de altura. O risco aumenta, porque a cabeca da crianca e proporcionalmente maior do que a cabeca do adulto e tern efeito de impulsionar a crianca. Podem ocorrer, então, traumatismo craniano e lesão medular simultaneo. <br />
A intubação endotraqueal na crianca vftima de politraumatismo pode ser dificil, porque o pescoco deve permanecer em posição neutra e não pode ser hiperestendido durante o procedimento. <br />
Se a crianca esta adequadamente imobilizada e com colar cervical, a intubação endotraqueal pode ser feita por uma pessoa. Se isso não ocorre, a crianca esta agitada ou se existem duvidas da efetividade da imobilização cervical, uma pessoa deve estabilizar o pescoco e outra deve proceder a intubação. <br />
Intubação deve sempre ser precedida por ventilação com bolsa-mascara e oxigenação. Se a crianca esta consciente, a administração de bloqueador neuromuscular de ação curta com sedação ou anestesia pode ser necessária, para evitar concomitante aumento de pressão intracraniana. <br />
Em criancas vitimas de traumatismo, a cricotireoidotomia pode ser necessária na presenca de traumatismo facial grave ou em pacientes com lesão mstavel de coluna cervical. A via aerea deve ser mantida totalmente permeavel, enquanto a coluna cervical e imobilizada em posição neutra. Tração e movimento do pescoco devem ser evitados apos manutenção da via aerea e estabilização da coluna cervical. Um colar semi-rigido deve ser aplicado. As indicacões para intubação endotraqueal da crianca vitima de politraumatismo são: <br />
- Parada respiratoria - - Falência respiratoria (hipoventilação, hipoxemia arterial apesar da suplementação de oxigênio e acidose respiratoria) - Obstrução de vias aereas - Escala de coma de Glasgow menor ou igual a 8 <br />
Necessidade de suporte ventilatorio prolongado (lesões torácicas ou necessidade de exames diagnósticos). <br />
B - RESPIRAÇÃO <br />
A efetividade da ventilação e oxigenação deve ser continuamente avaliada, observando-se expansibilidade simetrica e ausencia de cianose. <br />
A crianca traumatizada deve receber oxigenação suplementar na maior concentração possivel por meio de mascara. Se a respiração não for eficaz instituir ventilação assistida com bolsa-mascara com reservatorio para oferecer oxigênio a 100%. Essa assistencia deve eventualmente ser seguida por intubação endotraqueal. A ventilação da crianca pode estar comprometida por distensão gastrica, diminuindo a mobilidade do diafragma e aumentando o risco de vomitos e aspiração. Uma sonda naso ou orogastrica deve ser introduzida tão logo seja controlada a ventilação. <br />
C - CIRCULAÇÃO <br />
A manutenção da circulação em criancas vitimas de trauma requer: controle de hemorragias extemas, suporte da função cardiovascular e perfusão sistemica, restauração e manutenção de volume sanguineo adequado. <br />
Intervenção cirurgica pode ser necessária para resolução de hemorragias intemas, o controle de hemorragias extemas pode ser feito com aplicação de compressas sob pressão diretamente sobre os ferimentos. <br />
A falta de diagnostico e tratamento de sangramentos mtemos e a principal causa da morte passivel de ser evitada em crianca politraumatizada. <br />
Sinais de cheque podem ser observados imediatamente ou podem evoluir lentamente seguindo ao traumatismo. Se a hemorragia aguda excede a 15% do volume sanguineo, sinais de falencia circulatoria (taquicardia, diminuição dos pulsos perifericos, aumento do tempo de enchimento capilar e extremidades frias) serão observados. <br />
Hipotensão não ocorre antes da perda aguda de 25 a 30% ou mais do volume sanguineo. Portanto, observação cuidadosa da perfusão e necessária continuamente e reanimação deve ser iniciada se houver comprometimento na perfusão sistemica. <br />
Acesso vascular deve ser providenciado rápidamente na crianca politraumatizada. Dots cateteres de grosso calibre devem ser colocados preferencialmente em membros superiores. <br />
A via intra-ossea e uma forma de acesso vascular em criancas menores de 6 anos, se uma via venosa não pode ser obtida rápidamente. <br />
Se essas tentativas não forem conseguidas com sucesso, a passagem percutanea de cateteres atraves de veia femoral, subclavia ou jugular, ou a dissecção, devem ser realizadas de acordo com a experiencia da equipe no atendimento. <br />
Se a perfusão sistemica e inadequada, mas a pressão sangiiinea e normal (cheque compensado), esta ocorrendo hipovolemia leve a moderada. A conduta e <br />
reposição de volume com bolus de 20ml/kg de solução cristaloide (soro fisiologico ou Ringer lactato). Repetição de bolus de 20ml/kg pode ser necessária, se não houver melhora da perfusão. <br />
Se sinais de cheque persistem apos infusão de dois bolus de solução cristaloide, deve-se indicar transfusão de sangue. <br />
A presenca de hipotensão (cheque descompensado) indica a perda de 25 a 30% ou mats de volume, com necessidade de reposição de sangue. <br />
Transfusão urgente tambem e necessária se a crianca não responde a administração de 50ml/kg de solução cristaloide isotonica, podendo ser indicada intervenção cirurgica. <br />
Sangue deve ser administrado em bolus de lOml/kg de concentrado de hemacias altemados com solução fisiologica a temperatura do corpo. Tambem podem ser administrados bolus de 20ml/kg de sangue total, ate melhora da perfusão sistemica. Se o cheque persiste, apesar do controle de hemorragias extemas e da reposição de volume, e provavel a existencia de hemorragias intemas. <br />
D - AVALIAÇÃO NEUROLOGICA <br />
Deve-se fazer um exame sumario das pupilas quanto ao tamanho, simetria e resposta a luz. O nivel de consciencia e avaliado atraves da correlação com a escala de coma de Glasgow. Indices iguais ou menores que 8 estão relacionados com mortalidade de 40% e sequelas neurologicas graves. <br />
E - EXPOSIÇÃO <br />
A retirada da roupa e essencial para permitir um exame completo de todos os segmentos corporeos e facilitar a realização dos procedimentos. <br />
A crianca, principalmente o lactente, sofre rápida perda de calor por ter uma maior superficie corporea em relação ao peso, exigindo a monitorização da temperatura. A queda da temperatura leva ao aumento do consume do oxigênio e vasoconstrição periferica. Temperatura ambiente adequada e utilização de calor radiante ou cobertores eletricos são importantes durante o atendimento.<br />
<br />
III - TRANSPORTE DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA <br />
O objetivo basico do service de transporte e fomecer atendimento medico adequado, dentro do menor tempo possivel, respeitando as condicões de seguranca, assegurar a permeabilidade das vias aereas, acesso venoso apropriado, monitorizar parametros vitais e evitar deterioração clinica do paciente. Portanto deve estar capacitado a reanimar, estabilizar, transportar e preparar o paciente para o tratamento defmitivo. <br />
Iniciar o atendimento no local do acidente e colocar a vitima em condicões de receber o tratamento definitive e a premissa para reduzir a morbidade e mortalidade dos politraumatizados. Nas criancas, cerca de 40% das mortes que ocorrem no periodo entre o acidente e sua chegada ao hospital, apresentam causas trataveis. Estas mortes seriam evitadas com uma atuação em tempo habil e com particular enfase ãos cuidados com as vias aereas e controle da hemorragia em nivel pre-hospitalar. <br />
O transporte de pacientes de emergencia e classificado em resgate e remoção inter-hospitalar. O resgate refere-se ao atendimento no local do acidente e o encaminhamento para o hospital, A remoção destina-se as criancas atendidas em hospitals primaries e apos sua avaliação inicial se faz necessária sua transferencia para um hospital terciario, a fim de receber o tratamento definitivo. <br />
<br />
BIBLIOGRAFIA <br />
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2. Birolini, D. Trauma: uma epidemia esquecida ou o Brasil nos tempos do trauma. Rev Ass Med Bras, 1991;37(2):53-54. <br />
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4. Cramer, CK; Kingma, J et al. The pediatric polytrauma patient. Clin Orthop Relat Res 1995:318: 125-129 <br />
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8. Mello Jorge, MHP. Como morrem os nossos jovens. In: CNPD, jovens acontecendo na trilha das politicas publicas. Brasilia, 1998. <br />
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13. Waksman, RD. Caracteristicas epidemiologicas dos acidentes fatais de transporte em menores de quinze anos. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1995 [tese de doutorado]. <br />
<br />
<span style="font-size: large;">Documento Científico do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente</span> <b></b>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-88507529662567569522016-02-01T07:02:00.000-02:002016-02-01T07:02:13.904-02:00Microcefalia: conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenções, possíveis complicações<strong>O que é <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>?</strong><br />
A <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> (do grego: <i>mikrós</i>=pequeno;<i> kephalé</i>=<span class="postTip word_cnt_2986437_21" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">cabeça</span><sup class="tip">2</sup>) é uma condição neurológica rara na qual a <span class="postTip word_cnt_2986437_21" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">cabeça</span><sup class="tip">2</sup> do <span class="postTip word_cnt_2986437_22" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">feto</span><sup class="tip">3</sup> ou da criança é significativamente menor do que a de outros fetos ou crianças do mesmo estágio de desenvolvimento ou do mesmo sexo e idade.<br />
<strong>Quais são as causas da <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>?</strong><br />
A <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> pode ser causada por vários fatores genéticos e adquiridos. É o resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento. Em geral, a <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> só é detectada no momento do nascimento, mas usualmente resulta de uma anormalidade do desenvolvimento do cérebro ainda no <span class="postTip word_cnt_2986437_6" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">útero</span><sup class="tip">4</sup> ou é precocemente adquirida na infância. Outras causas podem incluir a fusão prematura das <span class="postTip word_cnt_2986437_18" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">suturas</span><sup class="tip">5</sup> entre os ossos do <span class="postTip word_cnt_2986437_5" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">crânio</span><sup class="tip">6</sup> da criança, anormalidades cromossômicas, como a <span class="postTip word_cnt_2986437_3" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">síndrome de Down</span><sup class="tip">7</sup> por exemplo, <span class="postTip word_cnt_2986437_19" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">anóxia</span><sup class="tip">8</sup> cerebral (decréscimo do oxigênio no cérebro fetal), <span class="postTip word_cnt_2986437_12" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">infecções</span><sup class="tip">9</sup> do <span class="postTip word_cnt_2986437_22" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">feto</span><sup class="tip">3</sup> durante a gestação, exposição a substâncias prejudiciais durante o desenvolvimento fetal, <span class="postTip word_cnt_2986437_9" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">desnutrição</span><sup class="tip">10</sup> severa e <span class="postTip word_cnt_2986437_4" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">fenilcetonúria</span><sup class="tip">11</sup> não controlada.<br />
<strong>Quais são os principais <span class="postTip word_cnt_2986437_20" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">sinais</span><sup class="tip">12</sup> e <span class="postTip word_cnt_2986437_16" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">sintomas</span><sup class="tip">13</sup> da <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>?</strong><br />
O <span class="postTip word_cnt_2986437_17" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">sintoma</span><sup class="tip">14</sup> mais típico da <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> é o tamanho da <span class="postTip word_cnt_2986437_21" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">cabeça</span><sup class="tip">2</sup> significantemente menor que o da <span class="postTip word_cnt_2986437_21" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">cabeça</span><sup class="tip">2</sup> de crianças do mesmo sexo e idade. A <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> primária provoca <span class="postTip word_cnt_2986437_11" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">hipertonia</span><sup class="tip">15</sup> muscular generalizada, <span class="postTip word_cnt_2986437_13" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">paralisia</span><sup class="tip">16</sup>, <a href="http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/250945/convulsoes+o+que+sao+e+quais+os+primeiros+socorros+a+serem+prestados.htm" target="_blank">crises convulsivas</a> e <a href="http://www.abc.med.br/p/319850/retardo+mental+o+que+e+tem+como+ser+prevenido.htm" target="_blank">atraso mental</a>.<br />
As manifestações sintomáticas da <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> secundária dependem do tipo e da gravidade da <span class="postTip word_cnt_2986437_8" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">malformação</span><sup class="tip">17</sup>. Como as funções cerebrais estão, na grande maioria dos casos, pouco desenvolvidas, esta situação provoca um <a href="http://www.abc.med.br/p/319850/retardo+mental+o+que+e+tem+como+ser+prevenido.htm" target="_blank">atraso mental profundo</a>. Caso seja afetado apenas o desenvolvimento de um dos hemisférios cerebrais, ela provoca igualmente um <a href="http://www.abc.med.br/p/319850/retardo+mental+o+que+e+tem+como+ser+prevenido.htm" target="_blank">atraso mental</a>, apesar de as perturbações motoras serem unilaterais.<br />
<strong>Como o <a href="http://pediatria.catalogo.med.br/" target="_blank">médico</a> diagnostica a <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>?</strong><br />
O tamanho da <span class="postTip word_cnt_2986437_21" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">cabeça</span><sup class="tip">2</sup> é medido pela circunferência em torno do seu topo na região mais larga, o chamado perímetro cefálico. Usando padrões bem estabelecidos de crescimento, essas medidas são comparadas ao percentil apurado de crianças normais. Em condições normais, o <span class="postTip word_cnt_2986437_5" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">crânio</span><sup class="tip">6</sup>, no momento do nascimento, tem um perímetro de aproximadamente 33 a 36 centímetros, aumentando de tamanho ao longo dos primeiros anos de vida eacompanhando o crescimento do <span class="postTip word_cnt_2986437_15" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">encéfalo</span><sup class="tip">18</sup>. Este crescimento é bastante pronunciado nos primeiros seis meses após o nascimento, entre 7 a 8 centímetros, até alcançar os 46 a 48 centímetros no final do primeiro ano de vida. Nas crianças com <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>, o tamanho ou o crescimento da <span class="postTip word_cnt_2986437_21" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">cabeça</span><sup class="tip">2</sup> é significantemente abaixo da média. O médico que atender um paciente com <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> tomará uma completa história do pré-natal, nascimento e desenvolvimento da criança e deverá fazer um exame físico detalhado que inclua um exame neurológico. Uma história familiar deverá ser conhecida, especialmente a medida da <span class="postTip word_cnt_2986437_21" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">cabeça</span><sup class="tip">2</sup> dos pais, para determinar se há histórico de <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> na família. Exames de <a href="http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/344744/tomografia+computadorizada+como+e+o+exame.htm" target="_blank"><span class="postTip word_cnt_2986437_1" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">tomografia computadorizada</span><sup class="tip">19</sup></a>, <a href="http://www.abc.med.br/p/327625/ressonancia+magnetica+o+que+e+como+realizar+o+exame+quais+sao+os+inconvenientes.htm" target="_blank"><span class="postTip word_cnt_2986437_2" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">ressonância magnética</span><sup class="tip">20</sup></a> e testes sanguíneos podem ajudar a determinar as causas subjacentes do problema.<br />
<strong>Como o <a href="http://pediatria.catalogo.med.br/" target="_blank">médico</a> trata a <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>?</strong><br />
Como não existe tratamento para a <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>, a ação <span class="postTip word_cnt_2986437_10" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">terapêutica</span><sup class="tip">21</sup> se limita aos casos em que a fusão dos ossos cranianos é precocemente detectada, devendo-se realizar uma intervenção cirúrgica, nos primeiros meses de vida, para separar os ossos do <span class="postTip word_cnt_2986437_5" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">crânio</span><sup class="tip">6</sup>, cortar as extremidades unidas e separar as lâminas ósseas, podendo reduzir as <span class="postTip word_cnt_2986437_14" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">sequelas</span><sup class="tip">22</sup>.<br />
Exceto pela cirurgia para corrigir essa craniosinostose (fusão das <span class="postTip word_cnt_2986437_18" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">suturas</span><sup class="tip">5</sup> entre os ossos do <span class="postTip word_cnt_2986437_5" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">crânio</span><sup class="tip">6</sup>), não há tratamento que alargue o <span class="postTip word_cnt_2986437_5" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">crânio</span><sup class="tip">6</sup>, nem que reverta as consequências da <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>. A intervenção precoce pode ajudar a criança a melhorar seu desenvolvimento e sua qualidade de vida, com programas que incluam terapias para a fala e outras terapias físicas e ocupacionais que melhoram as habilidades da criança. Algumas complicações da <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>, como as <a href="http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/250945/convulsoes+o+que+sao+e+quais+os+primeiros+socorros+a+serem+prestados.htm" target="_blank">convulsões</a> ou a <a href="http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/380474/transtorno+de+deficit+de+atencao+e+hiperatividade+tdah+o+que+e+quais+as+causas+e+os+sintomas+como+sao+o+diagnostico+o+tratamento+e+a+evolucao.htm" target="_blank">hiperatividade</a>, por exemplo, podem ser tratadas com medicações.<br />
<strong>Como prevenir a <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>?</strong><br />
Se o casal tiver um filho com <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> de causa genética, deve consultar um geneticista sobre os riscos de que o problema se repita em futuras gestações.<br />
<strong>Quais são as complicações possíveis da <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup>?</strong><br />
Algumas crianças com <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> têm inteligência normal, embora suas cabeças permaneçam pequenas para seu sexo e idade. Mas na dependência da sua causa e severidade, a <span class="postTip word_cnt_2986437_7" style="font-family: inherit; font-size: inherit;" tip="" tipwidth="450">microcefalia</span><sup class="tip">1</sup> pode gerar, entre outras, as seguintes complicações: retardo de alguns aspectos do desenvolvimento, tais como fala e movimentos, dificuldades de coordenação e equilíbrio, pequena estatura, distorções faciais, <a href="http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/380474/transtorno+de+deficit+de+atencao+e+hiperatividade+tdah+o+que+e+quais+as+causas+e+os+sintomas+como+sao+o+diagnostico+o+tratamento+e+a+evolucao.htm" target="_blank">hiperatividade</a>, <a href="http://www.abc.med.br/p/319850/retardo+mental+o+que+e+tem+como+ser+prevenido.htm" target="_blank">retardo mental</a> e <a href="http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/250945/convulsoes+o+que+sao+e+quais+os+primeiros+socorros+a+serem+prestados.htm" target="_blank">convulsões</a>.<br />
<br />
<div class="pQuote">
ABC.MED.BR, 2015. <strong>Microcefalia: conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenções, possíveis complicações</strong>. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/747342/microcefalia-conceito-causas-sintomas-diagnostico-tratamento-prevencoes-possiveis-complicacoes.htm>. Acesso em: 1 fev. 2016.<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6197145504410931065.post-67783128821295358422015-11-08T18:53:00.000-02:002015-11-08T18:53:58.538-02:00Inicio da Marcha na Doença Neurológica na Infancia<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Não é incomum os pais procurarem
o ortopedista para avaliar uma deformidade nos membros inferiores em uma
criança com lesão neurológica. O mais importante é que os pais correlacionam
esta deformidade secundaria ao impedimento da marcha na criança.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "calibri";">A primeira medida do médico deve
ser orientar a esses pais, que na maioria das vezes essas deformidades são
secundárias a lesão neurológica e que a deformidade pode atrapalhar mais não
impedir. </span><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: "calibri";"> </span></span><span style="font-family: "calibri";">Por isso muitas cirurgias são
indicadas de forma desnecessária e não trazem nenhum beneficio a criança.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Como assim, perguntam os pais.
Nas chamadas Paralisias Cerebrais, onde a lesão ocorre no primeiro neuronio
motor, </span><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: "calibri";"> </span></span><span style="font-family: "calibri";">no cérebro, os encurtamentos
tendinosos e as contraturas articulares são secundárias e não adianta
simplesmente a correção cirurgica do alongamento, porque a criança necessita também
de coordenação, equilibrio e movimentação ativa destes musculos. </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Independente da patologia, a
criança só vai atingir uma marcha independente quando ocorrer o conjunto de
fundamentos citados. Além disso, ainda existem crianças que não se intereessam
pela marcha. É importante salientar, que quadris luxados, pés tortos, joelhos
flexionados não são indicações primárias de cirurgia e a avaliação global da
criança e multidisciplinar se torna fundamental.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Outro grupo frequente nos
consultórios são os menores portadores de uma sequela de Mielomeningocele. Essa
lesão ocorre no segundo neuronio motor, funciona semelhante a uma lesão traumatica
da medula espinhal. Por isso é importante sempre saber o nível de lesão, e
dessa forma saber qual grupo muscular funciona, e assim ter um prognóstico
futuro da marcha, podendo assim indicar ou não as correções que possam ser
necessárias.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 8pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "calibri";">O objetivo é uma avaliação inicial
cuidadosa e criteriosa da criança, e ter um objetivo real que não fruste os
pais. Nem sempre isso é possivel em uma primeira avaliação e muitas vezes o
acompanhamento se torna fundamental.</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Celso B. Rizzi Jr.http://www.blogger.com/profile/00054476972425736365noreply@blogger.com