O raquitismo é definido como distúrbio metabólico dos ossos em crescimento, devido à diminuição da deposição de cálcio no osso, levando a seu enfraquecimento e com deformidades angulares. Há formação normal de colágeno e tecido osteóide, com mineralização deficiente causada pelo déficit de vitamina D.
Radiologicamente, no raquitismo em atividade observam-se alargamento das extremidades distais dos ossos longos (metáfises em cálice), osteopenia difusa, irregularidade e fragmentação metafisárias (borramento) e aumento da distância entre as superfícies articulares. Na fase de cura surge uma linha de calcificação preparatória na zona de calcificação provisória e no tecido osteóide.
Laboratorialmente, devem-se dosar cálcio e fósforo séricos e urinários, fosfatase alcalina, paratormônio e osteocalcina.
Ainda na consulta inicial o paciente é orientado quanto à necessidade de exposição diária aos raios U-V . Após análise dos exames laboratoriais, inicia-se terapia medicamentosa com 2.000 a 5.000UI de vitamina D por via oral por dia durante 60 a 90 dias; em alguns pacientes, devido à dificuldade dos responsáveis em administrar a medicação diariamente, prefere-se a dosagem única de 600.000UI por via oral, em jejum, repetida de 21 em 21 dias, também por período de 60 a 90 dias.
Nos casos de raquitismo nutricional deve-se optar primeiramente pelo tratamento com órteses para corrigir as deformidades angulares patológicas dos membros inferiores, deixando as osteotomias para as seqüelas da doença.