Factors predicting brace noncompliance among idiopathic clubfoot patiens treated with the Ponseti method.
Journal of Taibah University Medical Sciences
O método de Ponseti é hoje o mais popular método de tratamento de pé torto congênito. O uso da órtese após a correção inicial é fundamental para evitar uma recidiva. Inicialmente deve ser utilizada por 23 hs dia nos primeiros 3 meses seguido de uso noturno por 3 a 4 anos. Isso requer um significante cuidado familiar.
Vários autores sugerem que baixo nível socio econômico poderia estar relacionado a não utilização correta da órtese, dentre ele Dobbs. Entretanto isso não foi conclusivo nesse estudo. Outro fator poderia ser o numero de filhos na família, mas durante o estudo isso também não se mostrou significante.
Um fator interessante é o choro, entre todas as crianças que não aderiram ao uso da órtese, o percentual de abandono chega a 25%. Por isso os autores acreditam que o ensinamento apropriado do uso da órtese e seu manejo seja fundamental. Além disso a correção completa do pé e o entendimento completo da família são fundamentais para a manutenção correto do uso da órtese.
Nos casos unilaterais a estatística demonstra uma maior incidência de recidivas pelo não uso correto da órtese. São quase o dobro de numero casos quando comparados aos bilaterais. Apesar de não haver uma explicação clara, o pé não afetado tem um papel fundamental na retirada da órtese durante o período de uso.
A dificuldade para apenas um dos pais em vestir a órtese é outro fator fundamental para a permanência do uso da órtese. Durante a revisão clinica foi percebida que 66% dos que não mantiveram o uso da órtese tinham a colocação isolada da órtese por apenas um dos pais.
Alguns autores acreditam que o uso de órteses dinâmicas ( tipo Dobbs ) favorecem e aumentam a persistência do uso dessas órteses quando comparadas a de Dennis Brown , entretanto isso não é compartilhado por outros. Além disso, não há uma evidência cientifica neste aspecto.
O que se sabe é que as órteses unilaterais tem uma maior chance de recidiva quando comparadas as órteses em dupla abdução.