Princípios gerais no tratamento de crianças amputadas cirurgicamente devem ser seguidos para um ótimo resultado funcional. São eles: 1- preservar comprimento, 2- preservar placas de crescimento, 3- preferência a desarticulação, 4- manter o joelho quando possível, 5- estabilização do segmento proximal do membro acometido.
Crianças amputadas diferem em muito de adultos em suas deficiências. Na população adulta a principal causa é a disfunção vascular, na criança as doenças congênitas são a principal causa. A infecção, o trauma e os tumores também são causas comuns na infância.
fig 1: sobrecrescimento distal da Tibia
Na criança, o membro amputado continua crescendo e isso deve ser levado em consideração quando planeja-se a cirurgia, placas de crescimento com grande potencial devem se possível serem mantidas.
Um fenômeno comum na infância é o sobrecrescimento do coto amputado (fig 1), e de forma não incomum ferindo a extremidade distal do coto. Procedimentos cirúrgicos corretivos são realizados inúmeras vezes para a sua correção, de acordo com a idade que foi realizada a amputação.
O resultado funcional e mecânico assim como o nível de atividade física são diferentes entre o adulto e a criança. A aceitação psicológica da criança também é muito mais fácil.
A sensação de membro fantasma é relativamente comum no adulto, mas é virtualmente inexistente na ciança e muito raramente ocorre no adolescente.
Tomar a decisão correta e precoce leva a um impacto fundamental na vida futura da criança. A integração da criança amputada com crianças na sua faixa etária é de fundamental importância no sucesso final.